Do movimento em contraponto à estática
Ser um estranho numa terra estranha traz diferentes sensações. Há um ar de novidade que se combina com a constante possibilidade de errar. Sim, porque diante do desconhcido o erro é possível e perdoável.
Ser um estranho numa terra estranha traz diferentes sensações. Há um ar de novidade que se combina com a constante possibilidade de errar. Sim, porque diante do desconhcido o erro é possível e perdoável.
Mas o que faz com que não tenhamos essa mesma atitude quando nos vemos frente aos desafios ditos comuns, de nosso cotidiano? Por que não podemos errar livremente?
Bem, antes de responder a essa pergunta, é necessário pensar onde está essa resposta: no sujeito ou no objeto. Ou seja, em nós mesmos ou nos outros e, por consequência, naquilo que nos é imposto. Ou ainda, voltando ao sujeito, naquilo que acreditamos que irão pensar de nós.
É direito inapelável do Homem tentar constantemente expandir seu conhecimento e, para isso, buscar caminhos não trilhados anteriormente, errando ou mudando a direção quantas vezes considerar necessário.
Mais: deveria ser uma obrigação de todos expandir os horizontes, abrindo a cabeça como uma esponja que recebe mais e mais água da fonte inesgotável do conhecimento.
Mas este não é um, hoje tão tradicional na web, post pago de companhias aéreas ou agências de turismo. Não. Pois há um intenso universo pronto a ser descoberto com um simples abrir de janelas. Porém, a rotina faz com que nos esqueçamos que existem, muitas vezes, mistérios deliciosos ao alcance de nossas mãos.
Trata-se da vontade, de ajustar o olhar e de saber que não é preciso cruzar o oceano para que a vida tenha cores e sabores diferentes. Basta seguir o mesmo instinto humano que nos fez descobrir o fogo, a roda e mesmo a gravidade! O impulso de conhecer e assim, evoluir. E, como já foi dito, com o avanço da civilização, nos tornando ainda mais humanos.
Toronto, numa bela tarde de Setembro/2010
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