terça-feira, dezembro 30, 2003

Resoluções

Ano Novo é tempo de resoluções. A minha primeira é não deixar que um filho da puta qualquer me ponha pra baixo e faça com que eu me sinta um lixo.

Por isso, mais um post antes do ano acabar.

Segue minha lista de desejos. Não, melhor dizendo, de metas a serem cumpridas em 2004.
Vamos lá, são dez:

1 - Arrumar um novo emprego
2 - Ganhar bastante dinheiro no emprego novo
3 - Voltar a estudar
4 - Arrumar uma namorada (que seja gata e legal)
5 - Ficar em forma e jogar mais um JUCA!! (Hand rules!!)
6 - Continuar com pique de fazer baladas monstro com a galera
7 - Fazer mais um filme
8 - Não me afastar de ninguém que eu goste
9 - Ser menos anti-social
10 - Continuar tendo grandes amigos

HATE

Eu ia fazer um balanço de final de ano. Um post longo, contando como foi difícil passar por 2003. Como pessoas muito queridas deixaram minha vida sem possibilidade de volta. Como percebi que eu não era tão forte quanto eu gosto de dizer. Como meus amigos me ajudaram a sair do buraco, como eu tive que crescer e ficar mais responsável ainda.

Ia ser legal, o texto (eu acredito) seria bonito, tocante.

Mas não escreverei mais.

Pois toda minha inspiração acabou no momento em que adentrei neste maldito escritório e o indivíduo que se acha meu chefe veio me achincalhar, humilhar, ameaçar, discutir sem a menor razão.

Só há espaço agora aqui para o ódio e a raiva.

Eu não guardo rancores. De tudo que eu passei na vida (e não foi pouco, acreditem), de uma ou duas pessoas no máximo eu de fato não gosto até hoje.
Quem me conhece sabe que sou sério, mas que sempre levo tudo numa boa. Sou agregador e pacífico por natureza. Cresci num colégio franciscano. Sabe aquela história do "onde houver ódio, que eu leve o amor"? Esse sou eu.

Mas tudo tem limites. A irritação que sinto agora é exacerbada. Não consigo nem descrever.

O cara me provoca, esperando que eu estoure. tudo para que eu saia daqui com uma mão na frente e outra atrás.

Só que não vai acontecer. Me segurei. Me seguraram também. O idiota erra e joga a culpa em mim. Quem pode aguentar isso??? Eu não.

Hoje, 30 de dezembro, é o último dia que trabalho neste local que hoje considero infecto. Maculado com a presença de um homem pequeno e negativo.

Vou embora sim, mas de cabeça erguida. Não mais o meu currículo será manchado por ter trabalhado com alguém tão baixo e vil.

Adeus.

Até 2004. E que lá as coisas sejam melhores.

terça-feira, dezembro 23, 2003

Feliz Natal

Então é isso, meu povo.
Lembrem-se todos do que significa o Natal. Bem mais que dar presentes. Significa estar junto, compartilhar, viver e gostar. Amor acima de tudo.

Façam portanto um favor ao mundo: vão lá fora e amem.
Isso é tudo de que qualquer um precisa.

segunda-feira, dezembro 22, 2003

"Out of the silent planet"

É estranho que tanto tempo já se passou. Que algumas coisas mudaram, mas outras permaneceram. E assim serão sempre. Que mesmo com a mordida dura da vida, existem coisas que estão além da barbárie e da falta de sentimentos. Há forças que conseguem quebrar as barreiras e suplantar a mesquinhez do mundo moderno.

Cada pessoa vive como se fosse um planeta. Dentro dela, populações inteiras se juntam, guerreiam e se desenvolvem. Mas um planeta tem satélites e faz parte de um sistema. Aí entram as outras pessoas-planeta, e juntos dão existência aos sistemas, galáxias e ao universo todo. Ao multiverso todo.

Uma simples escolha mudou tudo. Um momento, que desviou toda a realidade – fazendo com que vários planetas passassem a orbitar a mesma estrela que eu. Então o universo continuou se expandindo, com não poderia deixar de ser. No seu crescimento incontrolável arrebatou vários, destruiu inúmeros. Mas numa galáxia distante e quieta – que dizem atender pelo nome de Piracicaba – a expansão deixou apenas a luz e a prosperidade para aqueles meninos-planeta.

quinta-feira, dezembro 18, 2003

"Bye bye tristeza, não precisa voltar"

Então eu tava todo depressivo, mal, caindo pelas tabelas mesmo.

Só que decidi ligar fortemente o botão do "Foda-se" e deixar rolar.

Uma coisa boa já aconteceu: balada garantida no final de semana. E nada melhor do que velhos amigos, cerveja gelada e muita mulher bonita para alegrar a vida de qquer um. De graça então, nem se fala.
Puta merda, eu AMO meus amigos. Mesmo sem saber, os caras sempre me salvam...

São Carlos, me aguarde. É hora de mais uma formatura.






quarta-feira, dezembro 17, 2003

Anger Management

Um questão me intriga: estou controlando a raiva ou apenas armazenando-a?

Pq se ela estiver sendo estocada, meus caros, quando eu explodir a coisa vai ser feia. BEM feia.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Missing

Contato. Sinto falta de contato com as pessoas. Um ano depois de ter deixado a universidade, além de me arrepender de não ter engrenado a pós logo na seqüência (pq agora, sem emprego, sabe-se-lá-deus se eu vou conseguir estudar), sinto muita falta das pessoas. De ver gente diferente transitando todos os dias. De olhar para quem andava pelos corredores cinzentos da PUC e pensar que diabos aquele ser fazia ali.

Sou, essencialmente, anti-social. Tenho uma dificuldade tremenda em conhecer gente nova. Travo, não vou adiante na conversa. Muitos dos que me conhecem apenas por aqui podem dizer que isso é balela, mas não é. Escrever é bem mais fácil do que falar (pelo menos pra mim) e então, via MSN, ICQ, e-mail e coisas do tipo, tudo fica simplificado.

Sem a universidade, perdi meu referencial para novos contatos. Não conheço mais outras pessoas. Apesar da minha proximidade com o pessoal da Atlética, fica faltando aquela movimentação diária, aqueles olhares perdidos que acabam culminando em risadas soltas depois.

O problema é que eu não vejo saída pra isso. Pelo menos não no momento.



And justice for whom?

O mundo é realmente um lugar estranho. Eu sempre acreditei que quem fosse justo, correto e fizesse sua parte para que as coisas dessem certo – tanto em termos menores, do dia-a-dia, como nos maiores, da existência no mundo – se daria bem na vida. Eu sempre acreditei na justiça. Nessa coisa simples de que, se você faz o bem, o bem acontece com você.

Mas a vida não é necessariamente assim. Todos temos anseios, desejos e ambições. Isto é fato. Não ter nenhum desses sentimentos acaba fazendo de você um pária na sociedade competitiva em que vivemos. Nem saudável é, pois atravessar a vida sem querer mais dela te transforma num peso morto. Porém, o problema está na forma de execução das ações. A maneira pela qual as pessoas agem para alcançar seus objetivos.

Passo por uma situação que nunca imaginei viver. Estou sendo punido por fazer meu trabalho bem. É, exatamente. Você não leu errado não, é isso mesmo. Eu fiz meu trabalho bem demais, ganhei destaque, notoriedade e respeito. Por isso estou sendo demitido de uma empresa pela qual me dedico há três longos anos.

Ser um jovem promissor, que tem potencial e vontade fez de mim alvo de quem tem frustrações diversas na vida e que não suportaria passar por mais uma provação: a de ser substituído por um moleque.

Só que é preciso lembrar: esse moleque nunca quis substituir ninguém. Ele até acredita que, se eventualmente isso acontecesse hoje, não estaria preparado. Evolução é a palavra chave. Dentro de uma organização, você vai evoluindo, conquistando seu espaço. A não ser em casos em que se contrata um executivo de renome no mercado, com vários anos de experiência, ninguém chega e já vai impondo seu modo de operar, assim sem mais nem menos.

O meu bom desempenho acabou incomodando e, antes que o crescimento fosse maior, me passaram a perna. E eu caí ridiculamente no chão. Isso porque sou ingênuo e acredito nas pessoas. Jamais imaginei que sofreria sanções em função da minha competência.

Agora, tenho de correr atrás. Buscar novas iniciativas, me reinventar. Uma volta às origens talvez. Afinal de contas eu nunca fui e nem nunca quis ser um jornalista econômico. Minha paixão está em outras coisas, outros pensamentos. Eu só fazia, pura e simplesmente, o meu trabalho.

Por isso aprendam crianças: o melhor nem sempre vence. O mocinho pode acabar morrendo no final. E a justiça não é nada além de uma velha cega que foi passada pra trás por sua prima distante, a realidade.


segunda-feira, dezembro 15, 2003

Admitindo

Quero gostar de alguém a ponto de passar a noite acordado ao lado dela, apenas admirando suas linhas e contornos e pensando em quanto tenho sorte dela estar ali.
Quero me preocupar, me importar. Não quero ser frio, egoísta e fechado.
Quero ter alguém para me lembrar, uma pessoa em quem eu pense nas horas difíceis.

Não quero mais viver de sombras do passado, de feridas já cicatrizadas. Não quero mais migalhas vindas de banquetes ocorridos em tempos imemoriais. Basta de restos, de devaneios pobres e pensamentos perdidos.

Quero alguém para acompanhar meus passos. Alguém que seja minha âncora. Alguém que nuble meus olhos com os véus da felicidade quando a realidade só me trouxer tristeza. Alguém que cuide de mim e que também queira ser cuidada. E que o cuidado de um se funda com o do outro e ambos se satisfaçam com um mero tocar de mãos e um olhar sincero.
Quero me perder em jogos de luzes que entram e saem por recônditos de um corpo que, mesmo conhecendo bem sempre me trará uma nova surpresa. E que mesmo a repetição será como a novidade, pois o sentimento será tão forte que seu fogo nunca acabará.

Sim, sou um romântico incorrigível. Quero ser o cavaleiro na armadura brilhante, montado no cavalo branco. Sim, quero mesmo e não nego. Chega de pose e de falsidade. Procuro uma princesa, para que ela habite o castelo que construirei com minhas próprias mãos.



quinta-feira, dezembro 11, 2003

Awake

Tudo que tem um começo, realmente tem um fim.
As possibilidades se desdobram, a realidade se deflagra.

Como em toda família, chega a hora de deixar o ninho.

Houve derrotas, mas muito mais vitórias.
Aprendizado, crescimento, desejos satisfeitos e planos a seguir.

É hora de aprender com o que passou, fincar a bandeira para que se necessário haja volta e seguir, para o infinito e além.

terça-feira, dezembro 09, 2003

Soundtrack

Faz tempo que não ponho uma musica aqui. Lá vai então, a trilha sonora do dia.
Você só percebe que a vida, de fato, vale a pena, quando teus amigos te embreagam em plena segundona.
Aperta o botão do "Foda-se" e vai!!!

Agora só falta você
Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto à você
E em tudo o que eu faço
Existe um porquê
Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci pra saber
Pra saber o quê

E fui andando sem pensar em voltar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu
No ar que eu respiro
Eu sinto prazer
De ser quem eu sou
De estar onde estou

Agora só falta você
Agora só falta você
Agora só falta...

segunda-feira, dezembro 08, 2003

Zero

A solidão às vezes é tão dura, fria e escura que dói. E é uma dor aguda, sem precedentes, que surge do nada e vai para lugar nenhum. Embrulha o estômago, deixa tudo rodando e sai depois, como se nada tivesse acontecido.
Estar completamente sozinho, sem ter ninguém nem para pensar, é das coisas mais complicadas dessa vida. E mesmo aqueles que prezam tanto a individualidade e a solidão, sentem vez por outra que lhes falta algo.
O problema está em como superar as barreiras do um, para que este se torne dois.


quinta-feira, dezembro 04, 2003

Sobre mocinhos e bandidos

Uma história para ser boa precisa de um vilão. Daqueles bem ruins, a maldade encarnada mesmo.
Acho que nunca escrevi uma boa história justamente por isso. Não consigo compreender a maldade. Sou até ingênuo nesse sentido. Aquela ingenuidade básica de personagens com Capitão América e Superman, por exemplo. O pensamento simplista de que todos, em essência, são bons.

Além de atrapalhar minha ficção, essa idéia romântica do Bem acaba atrapalhando minha vida pessoal também. Acabo não estando preparado para pessoas que me puxam o tapete, entram de carrinho por trás e passam o rodo sem dó, nem piedade.

Aí acontece o quê? Tenho de correr atrás, me virar depois que o picadeiro já está montado e eu virei a atração principal: ninguém menos que o palhaço.

Mas não há de ser nada. Se existe uma constante na equação da minha vida, é a de que todos que me fazem algum tipo de mal acabam sofrendo as conseqüências depois. Devem ser as bruxarias, crendices, rezas e adjacências das mulheres da minha família, que fecham meu corpo e rebatem naqueles que, de fato, merecem sofrer.
Assim sendo, eles que se preparem, porque a vingança é a espada afiada e cortante dos justos.

“E se eles querem meu sangue, verão meu sangue só no fim”
- Cidade Negra


terça-feira, dezembro 02, 2003

In the darkest hour

Encalhado numa praia deserta no meio do oceano. O que deveria ser o paraíso transfigura-se em inferno, dada as condições do clima. Uma tempestade sem precedentes assola o local. O céu confunde-se com o mar, numa mistura negra, rubra e azul, cortada insistentemente pelos relâmpagos mais fortes jamais vistos.
Deitado na areia, o jovem náufrago desespera-se. Seu navio está quase que totalmente submerso neste momento. Para onde quer que olhe, só vê a escuridão, que ameaça tomar-lhe a própria existência.
Então ele grita, o grito mais forte que já deu. Recusa-se a compartilhar daquela realidade. E a tempestade subitamente cessa. As forças da natureza se dobram ele. E isto acontece pelo simples fato que aquele náufrago decidiu, num momento de vida ou morte, que não aceitaria nenhum destino que não fosse a grandiosidade.



quinta-feira, novembro 27, 2003

Parabéns pra mim

Viva eu, viva tudo.
Viva o Chico Barrigudo!

É meu aniversário. 24 anos.

O lance é festejar, fazer o quê??

:-P

quarta-feira, novembro 26, 2003

"Se você construir, eles virão"

O que significa, de fato, ficar mais velho? Além das mudanças físicas, outras tantas psicológicas tendem a nos acompanhar. O crescimento, o amadurecimento. O acúmulo de conhecimentos que acaba por determinar os caminhos que serão seguidos frente às diversas situações que a vida nos traz.

Amanhã completo mais um ano de vida. Lá se vão vinte e quatro deles. Nesse tempo todo consegui aprender muita coisa, mas ainda tenho um universo e meio pela minha frente a ser descoberto. É até estranho pensar. Eu nunca havia imaginado minha vida depois dos 18 e cá estou eu, com quase 24. Mas me vejo e me sinto tão moleque que nem parece.

Se eu fosse pensar na obra da minha vida até aqui, acredito que destacaria os amigos que fiz e o que representei para eles - seja um referencial para o que eles gostariam ou para o que eles detestariam ser. Valeu a pena também minha postura com meu irmão, ajudar a criá-lo e a transformá-lo numa pessoa de bem - uma luta que ainda nem está em sua metade. Minha passagem pela universidade, onde descobri que a vida poderia ser bem mais do que eu imaginava, que havia pessoas muito melhores (em todos os sentidos) do que eu conseguia conceber, também é digna de nota.

Até agora, acredito que a vida foi apenas e tão somente agregar. Combinações e uniões. Daqui pra frente, a hora vai ser de construir.

segunda-feira, novembro 24, 2003

"eu tomo pinga..."

Ah, e preciso me lembrar de não escrever mais posts quando estiver num estado avançado de embriaguez


Party on!

Pô, eu não gosto de fazer diarinho no blog, mas ultimamente isso que tá rolando, né?
tsc! A vida não tá me dando tempo para criar. Preciso de férias... Mas pelo menos não estou no estado de nervos deplorável em que me encontrava no mesmo período do ano passado.

Naquela época eu me enganava, acreditando em algo que não passava de poeira jogada no vento. Um sentimento movido pela pura inexistência de algo para substituí-lo.

Mas enfim, o final de semana foi bem bom. Baladas de quinta a domingo. E muita alegria... felicidade que transbordava.
Às vezes me pergunto se não estaria velho demais para alguns tipos de balada. Para as zoeiras da galera universitária, para me meter, mesmo depois de formado, com coisas da Atlética.

Só que tenho tempo e disposição. Então, pq não? Hoje vejo o quanto as coisas cresceram. De um bando de gente com idéias e vontade, a Atlética virou uma entidade real, com diversas pessoas envolvidas e que só tem a tendência de evoluir mais. É bom me sentir pai daquilo. E ser um dos "Conselheiros" como sou atualmente.



domingo, novembro 23, 2003

spirit of things

Nada se compara a ser o espírito de uma entidade.
E eu sou. Como muitos de vcs leitores sabem, o pequeno boca aqui é o PUCÃO, o idiota que veste a fantasia de cachorro e dança como um alucinado nos torneios que a AAA Comunicação PUC-SP joga.

Eu sinto as pessoas esperando alegria, vontade e raça de mim. O sentimento é bom demais. Viver essa emoção é bom demais.... tenho certeza que na história da minha vida, tudo isso que passei e estou passando será um capítulo extremamente importante e extenso.

Neste final de semana fomos campeões da Copa Paulo Freire e nos classificamos para a final da Liga universitária de basquete. Bom demais da conta.

Só falta uma Pucadela. Aí, o espetáculo tá completo.

sexta-feira, novembro 21, 2003

Felicidade gratuita

Nada como uma notícia boa, assim, do nada, para melhorar o humor.

Mamãe liga e diz que o meu moleque foi escolhido para ser o orador da turma na formatura da quarta série.

PUTA QUE PARIU, QUE ORGULHO!!!

Desculpa aí, mas não estou cabendo dentro de mim de tanto orgulho da minha criança. Pô, ele ainda tá na quarta série!! Meu moleque ainda vai fazer muita coisa boa por aí.

Mundo, prepare-se!


terça-feira, novembro 18, 2003

Married with children

Nos últimos tempos fiquei sabendo que dois amigos estão noivos e devem se casar no ano que vem. Muito louco pensar que aquele cara com quem você encheu a cara e fez tantas bobagens, subtamente, vai dar esse passo tão grande.
Pelo menos para mim o passo é grande, uma decisão forte e que deve ser pensada com calma.

Porém, esse não é o fator que me fez tocar nesse assunto. O lance é ver que não tem volta mesmo. A gente cresceu, a vida arrebentou nossa porta e daqui pra fente, ou surfamos a onda até a praia, ou nos arrebentamos no fundo do mar.

Mas para mim, eu acho, essas responsabiliddes familiares todas ainda demoram para chegar. Tenho muitos outros objetivos a serem alcançados antes disso.
E, como saudosista e escapista convicto, deixo a letra dessa música, que tem tudo a ver com o momento.
Recomendo que baixem na net também, pq o som é bom demais.

No One to Run With
The Allman Brothers

Everybody wants to know where Jimmy has gone
He left town, I doubt if he's coming back home

Well Tony got a job, three kids and a lovely wife
Working at the commerce bank for the rest of his life

Nobody left to run with anymore
Nobody left to do the crazy things we used to do before
Nobody left to run with anymore

I'm gonna hit the road, adios my friend
Go someplace and start all over again

Don't know where I'm going, like a gypsy out on the road
I'll go someplace and join a traveling show

Nobody left to run with anymore
Nobody wants to do the crazy things we used to do before
Nobody left to run with anymore

Nobody left to run with anymore
Nobody left to run with anymore

I think Jimmy must have had the right idea
Packed his stuff and he got right out of here

I don't know where he's at but I'm sure that he's ok
Now I realize what Jimmy was trying to say

Nobody left to run with anymore
Nobody wants to do the crazy things we used to do before
Nobody left to run with anymore

Nobody left to run with anymore
Nobody left to run with anymore

segunda-feira, novembro 17, 2003

Pensamento e ação

Enquanto o que estiver dado for isto, a necessidade de mudanças tem de continuar. Não dá para aceitar a vida como ela é. As reflexões são poucas, as idéias novas são escassas e nada parece sair do lugar.

Há que se ter movimento, paixão, vitórias e derrotas. Emoção pura, desmedida. Arrebatamento completo. Não dá mais para continuar fingindo que tudo está bem, porque não está. O monstro tem garras e dentes afiados, que cada vez mais se aproximam, preparando o bote.

Quanto mais o tempo passa, mais longe os objetivos ficam. O conformismo, a preguiça e o sentimento de um pseudo bem-estar enganam, são traiçoeiras. A hora é essa: parar, pensar e (por que não?) jogar tudo pro alto e sair por aí. Com a lua como mãe e o vento como pai. Liberdade, ainda que tardia.

quinta-feira, novembro 13, 2003

Burning season

Um clima praiano permeia a cidade. O verão chega trazendo pouca roupa e muita gente para as ruas. A brisa é leve, as conversas alegres. Foi só o calor bater para que todos saíssem de suas tocas e buscassem o contato com o outro. Cerveja gelada, botequim de esquina. Nesta, mais do que nas outras estações, os amores nascem e morrem freneticamente, como se fossem obrigados a seguirem o ritmo do resto da vida.
O dia foi o mais quente do ano. A lua brilha no alto, pronta para virar a cabeça dos menos afortunados. As crianças têm seus sonos invadidos pelo incômodo dos lençóis molhados do suor de sonhos forrados de brincadeiras intensas.
Isto é São Paulo, 12 de novembro e 34,5 graus Celsius.

segunda-feira, novembro 10, 2003

Do final. O da semana e de todo resto

Viagem, festa, amigos. Alegria incontida. E alguma tristeza escondida.
Foi um final de semana especial, sem dúvida alguma. Ribeirão Preto é longe demais. E quente como o inferno. Porém, o calor foi devidamente amenizado por muita (mas MUITA mesmo) cerveja gelada.

Era uma dessas situações-chave que a realidade, vez por outra, nos traz. Formatura. De uma das pessoas de que eu mais gosto nessa vida. Um irmão, amigo pra vida toda. Além dele, toda a turma estava presente. Pessoas que escolheram os caminhos mais diversos entre si (engenheiros, médicos, administradores, jornalistas...), mas que ainda mantém em comum aquela amizade que já transcendeu o simples grupo de amigos e os transformou numa família.

Ali pude perceber a minha sorte. Existem pessoas que não têm amigos. Outros têm um ou outro apenas. Eu não. Tenho um grupo. Um belo grupo. Obviamente sou mais próximo de uns do que de outros, mas com qualquer um deles me sinto em casa. Me senti em casa em Ribeirão.

Nesta viagem pude perceber também que se já sou retardado assim, sem eles teria me perdido completamente. Mais do que uma simples companhia, meus amigos me deram um norte, foram um farol na escuridão da minha ignorância e inaptidão social. Com seus padrões altos em todos os sentidos, eles acabaram me forçando a me dedicar mais em tudo, para continuar sendo um deles. Tenho muito orgulho em fazer parte de um grupo tão especial.

E eu pude dizer isso a algumas das pessoas ali reunidas. Agradecimentos que eu havia deixado passar por muito tempo. Dizer da alegria que é poder partilhar da minha vida com todos eles. Ninguém (ou muito poucos) imaginam que no fundo eu sou esse cara triste, fechado e depressivo. Pq ao lado deles é impossível ser assim. Eu sempre me animo. O bem que me fazem é incrível.

Foi muito bom também encontrar pessoas do passado, de uma época muito mais simples, pura e feliz. E ver que elas não me esqueceram, assim como eu nunca as esqueci. Dizer a elas como foi importante conviver com elas naqueles tempos, de como eles fazem parte da história da minha vida. E ouvir em troca que eu também faço parte da história da vida delas.

Porém, no meio de tanta alegria, a tristeza também apareceu. Mesmo com tantas pessoas queridas, em alguns momentos tudo pareceu perdido. A solidão bateu mais forte do que nunca. Aquela idéia recorrente de estar sozinho num salão cheio de gente se concretizou de forma plena. Eu precisava de alguém para compartilhar tudo aquilo. Mas essa pessoa não existe. E isso dói.

Parece que todos os finais de ano trazem alguma forma de decisão. Em 2003, pelo jeito, vai ser a de me livrar completamente de certos paradigmas pelo quais me coloquei como indivíduo. Se houve evolução, ela ainda foi pequena. Há muitos demônios para serem destruídos aqui dentro. O bom é saber, ter a certeza, de que não terei que passar por isso sozinho.

quarta-feira, novembro 05, 2003

Choices

Escolhas erradas na hora errada. Eu não aprendo mesmo... não posso fazer nada na hora do impulso, da raiva, quando meus olhos nublam e a consciência voa.

Mas faço, continuo fazendo e errando. Talvez um pouco menos do que no passado. Mas erros são erros, não dá para negá-los. Você os comete e o pior é aquele microsegundo depois, em que todo o processo que será desencadeado por sua ação torta vem à sua mente e é possível enxergar claramente todas as ramificações do ato.

Dói, não é?
Sim, dói. E de dor eu entendo bem mais do que gostaria.

segunda-feira, novembro 03, 2003

Um e apenas um

Apesar do desejo forte, da vontade indescritível, algo cria uma certa estática no fundo da minha mente.
Não acredito que eu esteja hoje mais disposto a compartilhar da minha vida do que estava no passado. Vejo amigos que namoram, que vivem uma vida integrada com seus respectivos parceiros. E isso me incomoda.
Por um lado, isto é um sintoma da realização pela qual passo atualmente. De não dar satisfação a ninguém, de ter minha vida, minha casa, de não ser ligado intimamente nada. Não me sentir preso de forma alguma.
Este era um objetivo que persegui por muito tempo. E demorou muito para que eu alcançasse este estágio. Dessa forma, não vou perdê-lo facilmente.

Outro fator é que, como diz aquele velho ditado, "Cachorro mordido de cobra tem medo de lingüiça". Ou seja, depois de me jogar no meio do furacão, me seguro fortemente antes de tentar qualquer outra coisa. É um elemento de defesa natural.
O último fator que me afasta de qualquer aprofundamento é, principalmente, meu isolamento natural das coisas e das pessoas. Sou solitário por natureza. Vivo no meu mundinho e não gosto de dividi-lo e nem de deixar ninguém entrar nele.

Assim sendo, esses fatores me fazem pisar no freio antes de tomar qualquer decisão. Antes de me jogar sem olhar para trás.

Eu penso demais nas possibilidades. Deveria ir e pronto. Só pra ver o que acontece.

Talvez eu vá.

sábado, novembro 01, 2003

Soundtrack

Trilha sonora do final de semana. Olha, eu sempre só coloco as letras das músicas. Mas hoje, além disso, recomendo que vocês baixem essa maravilha e ouçam por vocês mesmos. Essa é demais.

Drift Away
Uncle Cracker

Day after day I'm more confused
But I look for the light through the pourin' rain
You know, that's a game, that I hate to loose
I'm feelin' the strain, ain't it a shame

[CHORUS:]
Give me the beat boys and free my soul
I wanna get lost in your rock and roll and drift away
Give me the beat boys and free my soul
I wanna get lost in your rock and roll and drift away

Won't you take me away

Beginin' to think, that I'm wastin' time
And I don't understand the things I do
The world outside looks so unkind
I'm countin' on you, you can carry me through

Give me the beat boys and free my soul
I wanna get lost in your rock and roll and drift away
Give me the beat boys and free my soul
I wanna get lost in your rock and roll and drift away

Won't you take me away

And when my mind is free
You know your melody can move me
And when I'm feelin' blue
The guitars come through to soothe me

Thanks for the joy you've given me
I want you to know I believe in your song
And rhythm, and rhyme, and harmony
You helped me along, you're makin' me strong

Give me the beat boys and free my soul
I wanna get lost in your rock and roll and drift away
Give me the beat boys and free my soul
I wanna get lost in your rock and roll and drift away

Won't you take me away

Give me the beat boys and free my soul
I wanna get lost in your rock and roll and drift away
Give me the beat boys and free my soul
I wanna get lost in your rock and roll and drift away

Won't you take me away


O que é e o que pode ser

Não consigo definir o que sinto hoje. Um misto de desejo, saudade e tristeza. Um amor por alguém que nem conheço mais. Será que isso vai me atormentar pelo resto da vida? Claro que atualmente eu me divirto, me lanço frente ao mundo. Mas não me envolvo. Mantenho sempre uma distância segura.
Qual é o problema comigo? Por que não esqueço? Por que não deixo ir? Por que deixei ir?
Tenho total consciência de que a escolha que fiz foi correta naquele momento (ou naqueles momentos). Eu precisava me livrar de tudo e todos. Sair do ninho, crescer. E isso teve conseqüências bastante positivas. Cá estou, recém-formado e trabalhando. Levando minha vida de forma firme e correta. Ajudando quem precisa de mim, assumindo minhas responsabilidades e sendo dono do meu nariz (o que para mim é o mais importante de tudo). Tudo isso é resultado de mandar o mundinho às favas e encarar o monstro.
O problema é que como em toda luta, houve casualidades. Baixas nas linhas aliadas. No caso específico, as perdas foram duras, doídas. As feridas não fecharam nunca, mesmo com o tempo e diversos remédios para que houvesse cicatrização, não aconteceu. A dor amainava às vezes, mas nunca deixava de doer.
Mas que direito eu tenho de querer voltar, depois de tudo, depois de todas? Com que cara posso pedir para que tudo seja perdoado, que o presente e o passado se fundam para gerar o futuro? Apesar do desejo ser forte, o medo ainda o supera. Como invadir uma realidade aparentemente harmônica e destruí-la por completo, tentando convence-la no caminho de que essa é a melhor opção? Não há como. Quer dizer... até existe maneira de fazer. Mas eu ainda não reúno habilidades técnicas e morais para tanto.
Fora que apesar de todo esse discurso, não tenho – de fato – total certeza do que motiva tudo isso. Se um sentimento puro, de amor mesmo; ou apenas carência, solidão. Cada dia a balança pende para um lado. Mas eu acredito (ou quero muito acreditar) que a primeira opção é que está no comando por aqui. Eu me levo em boa conta.
Mas prometo que um hora dessas estouro. E talvez, mais uma vez, o que parece ser não seja e tudo mude – tão rápido quanto o bater de asas de uma mosca tailandesa.

terça-feira, outubro 28, 2003

Das referências e além

Algo em que sempre penso é na questão das referências, naquilo que compõe o universo intelectual e sensível de cada pessoa. Tenho muito patente em minha cabeça os elementos que me formaram. Sou um filho da TV dos anos 80. Quando era criança, passei mais tempo na frente da telinha do que com meus pais – e certamente – muito mais tempo com aquela caixa mágica do que com outras crianças.

Diferente da maior parte das pessoas da minha idade (faço 23 e 12 meses logo mais em novembro), só entrei na escola quando não tinha alternativa mesmo. Ou seja, no pré-primario. Não fiz escolinha nem nada. E como eu não tinha irmãos, digamos que minha sociabilização não foi das mais pacíficas. Então a TV tornou-se ainda mais presente em minha vida. Some isso ao fato de eu ser meio retardado e ter aprendido a ler muito cedo (com 3 aninhos o pequeno Boca já era a alegria das festas de família, lendo o jornal pras tias aplaudirem), e tem-se um quadro de um pequeno monstro.

Mas já estou viajando demais, então deixa eu tentar voltar pro foco que havia iniciado: a televisão (e, claro, os quadrinhos), formaram os padrões estéticos que possuo. Seja em música, literatura, cinema – tudo que envolve o aspecto cultural e que eu gosto – possui claramente um pé naquele modo de pensamento.

Dessa forma, não tenho problema algum em dizer que sou completamente influenciado pela cultura norte-americana. Casos como os da música podem exemplificar melhor o que quero dizer.
Não tenho nem como gostar de MPB. Não conheço. E não tenho interesse muito grande em conhecer também. Meu negócio é rock! Heavy farofa, de preferência. Tudo que é naquele estilo oitentão – da NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), com Iron, Judas, entre outros – a coisas mais leves, como Poison, Bom Jovi, Skid Row etc. Gosto mesmo! Daquelas músicas empolgantes, com refrões bem marcados. Se querem um exemplo forte do que estou dizendo baixem a música “Dare“, da trilha sonora de “Transformers – O Filme”. Quem canta é a banda Stan Bush.

Talvez eu seja generalista demais no que vou dizer agora, mas é a minha maneira de ver as coisas. Não há como negar que a maior parte dos jovens entre 20 e 25 anos, de classe média pra cima, vivendo do sudeste pra baixo do Brasil, tiveram infâncias e adolescências parecidas com as minhas. Alguns com mais ou menos contato e interesse com essa cultura pop que trato aqui, mas todos com alguns elementos em comum. Viveram todas na mesma época, compartilharam daquele zeitgeist.

Por que digo isso? Porque vez por outra surge algum surto de “brasilidade”. Algo mais falso do que nota de três reais a passar por aí. Eu achei que a modinha do tal do “forró universitário” havia passado, mas semanas atrás vi uma notícia dizendo que alguém dessas bandinha havia sido espancado num show intitulado “O Grande Encontro do Forró Universitário” e que o mesmo estava lotado.

Falem sério... quem desses universitários endinheirados de São Paulo tem “raízes forrozeiras”? Quantos deles ouviam forró em casa, em festinhas de família quando eram crianças? Mas são eles mesmos que adoram dizer que os metaleiros (será que alguém ainda usa esse termo?) ou roqueiros são vendidos, só gostam do que vem de fora, etc etc.
É aí que entra a questão da referência. Pois me digam: como posso gostar de algo que não faz parte, em absoluto, daquilo que formou meu gosto musical, minha forma de ser, pensar e agir? Notem, não há aqui nenhum juízo de valor a respeito da música em si. O que me incomoda profundamente é gente que segue a modinha, fala como se fosse dona da razão e que na verdade é tão alienada de dado assunto, que não consegue fazer outro argumento que não o tal da brasilidade x ser vendido.

É quase que a mesma coisa que acontece com aqueles menininhos riquinhos, que moram em belas casas dos Jardins e que ao entrar em cursos como Jornalismo, Ciências Sociais, História, entres outros das Humanas começam a gritar “Fora Alca”, “Fora FMI” e outras bobagens do gênero – uma vez que eles próprios não passam de filhos bem nutridos do cruel (sim, eu concordo que é cruel. Mas qual é a outra opção?) sistema capitalista.
Devo retomar o assunto em breve, mas em resumo é isso: os gostos de todos nós mudam com o passar do tempo, se aprimoram na maior parte das vezes. Não há motivo que impeça um cara que curtia Sepultura passar a gostar, subitamente, de Luis Gonzaga. O ponto é que temos de ser sinceros e verdadeiros. Goste daquilo que você gosta mesmo. Não daquilo que tentam lhe vender como “the next big thing”. Não é simples, mas pelo menos é sincero.

segunda-feira, outubro 27, 2003

Perto

Acabei de perceber que daqui a exatamente um mês completarei 23 anos e doze meses de vida. Que fase!

A escrita da vida

Para mim é muito claro que num dado momento da minha vida eu parei de vivê-la simplesmente e passei a acreditar que eu estava escrevendo o roteiro de um filme.
Parece confuso? Mas não é. É até simples, de certa forma. Deu-se que a necessidade de negar tudo e todos se tornou mais forte do que o resto. E eu comecei a agir como se fosse um dos personagens das histórias que eu escrevo. O problema é que eu acabei me esquecendo de algo fundamental. Eu escrevia as minhas falas. E as das outras pessoas, ficavam a cargo de quem? Não de mim, com certeza.
Demorou para cair a ficha de que eu sou bem mais simples do que eu gosto de dizer que sou.


sexta-feira, outubro 24, 2003

Newspaper boy

Talvez o texto que coloco logo abaixo explique um pouco do meu desânimo, comentado no último post. É o release de um debate que vai rolar na ECA (pra vocês de fora de Sampa, ECA significa "Escola de Comunicação e Artes". É onde rola o curso de jornalismo da USP). Acredito que as informações esclarecem muito sobre a minha vida. Confiram e, quem se interessar, compareça ao debate:

PESQUISADOR ANALISA VIDA DE JORNALISTA E PARTICIPA DE DEBATE NA ECA-USP

A vida pessoal dos jornalistas é precária, com falta de relacionamento familiar por conta das excessivas jornadas de trabalho e vínculos afetivos que se desfazem rapidamente. Eles trabalham em quase todos os finais de semana, mas em compensação resistem bem ao estresse, inclusive se dedicando com paixão à profissão, e nutrindo por ela uma relação de amor e ódio. Nas redações, o ritmo de trabalho a que se submetem é estafante, com jornadas de 12 horas e às vezes, até mais, e estão expostos ao assédio moral e ao rígido controle social.

Ganham muito pouco, se for considerado o grau de exigência que é imposto pelas chefias, o ambiente competitivo em que trabalham, a precariedade das condições de trabalho em muitas redações e a falta de tempo para estudo. Apesar de tudo, têm pouca consciência da importância social de seu trabalho, são muito individualistas e influenciados pela imagem glamourosa que a sociedade possui da profissão, e não acreditam na sua capacidade de organização enquanto categoria profissional.

Estas são as principais constatações de um estudo feito pelo pesquisador Roberto Heloani, advogado, psicólogo, mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e doutor em Psicologia, pela PUC-SP, em 1991, cujo resumo de tese foi publicado pela editora Cortez, em 94 – Organização do trabalho e administração: uma visão multidisciplinar.

Desta vez, sua pesquisa para o Pós-Doutorado na Escola de Comunicações e Artes da USP, em 2003, levou o título Mudanças no mundo do trabalho e impactos na qualidade de vida do jornalista. “Eu sabia que a rotina desses profissionais era bem complicada, mas não achava que era tanto: foi surpreendente. A deterioração da qualidade de vida do jornalista naturalizou-se, banalizou-se, e isso é grave, pois se trata de formadores de opinião”, diz Heloani.

Entrevistas e análise profunda
No estudo, uma realização apoiada por duas instituições - o Núcleo de Pesquisa e Publicações da FGV e a ECA-USP, ele entrevistou a fundo 44 jornalistas, aplicando testes concernentes ao estresse e à saúde do trabalho, além de fazer discussões em grupos focais. Deste total, o pesquisador escolheu 22 para análise em profundidade, com levantamento de história de vida e entrevistas nos locais de trabalho em várias mídias. Somente as fitas gravadas tomaram mais de mil páginas de transcrições.

Heloani é um pesquisador preocupado com as relações de trabalho depois da reestruturação produtiva empreendida pelas empresas, no mundo todo, há duas décadas. No dia 8 de outubro, lançou o livro Gestão e organização no capitalismo globalizado: história da manipulação psicológica no mundo do trabalho, resultado de sua tese de livre-docência na Unicamp.

O Núcleo de Jornalismo e Cidadania da ECA-USP promoverá no dia 5 de novembro, quarta-feira, às 19h00, um debate com Roberto Heloani e o jornalista e pesquisador Jorge Cláudio Ribeiro, autor de cinco livros, entre eles Sempre Alerta: condições e contradições do trabalho do jornalista, resumo de seu Doutorado pela PUC/SP em 1994. Será no Auditório Freitas Nobre (CJE - Departamento de Jornalismo e Editoração), Escola de Comunicações e Artes, av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443/Bloco A,Cidade Universitária, São Paulo-Capital.

Mais informações:
Jô Azevedo
joazevedo27@uol.com.br
Fone: (11) 9964-3727


quinta-feira, outubro 23, 2003

Silent ballroom

A vontade anda pouca. De falar, de escrever. De ser, simplesmente ser. Não consegui definir ainda se é uma fuga ou se simplesmente não há motivos para correr atrás da vida.
É como um imenso salão, numa bela festa. Alguns entram, outros saem. Alguns dançam, outros apenas olham à distância, se perguntando quando chegará a sua vez de dançar. Porém, há um terceiro tipo de pessoas. São os que estão ali sem querer estar. Mas que percebem que pode ser bom se integrar ao movimento. O receio ainda dominava. Só que não era nada que um belo sorriso não pudesse quebrar. Isso é o limiar da noite, trazendo o limbo para freqüentar à noite nem um pouco serena.

segunda-feira, outubro 20, 2003

"Crescei-vos e mutiplicai-vos"

Este final de semana assisti ao filme “Aos Treze”. Um filme independente que conta a história de Tracy, uma garota americana normal de treze anos de idade que, para se tornar uma das garotas “cool” da escola, se envolve num turbilhão de drogas, sexo e crime.
O filme me perturbou. Pesado demais. Nem tanto pelo que acontece, mas especialmente pela idade das protagonistas. Treze anos é muito pouco!!!
Percebo claramente que a fita me perturbou mais pq tenho uma criança de dez em casa, que não é meu filho, mas é como se fosse. E ser pai é algo bem difícil. Sempre foi, mas nos dias de hoje é ainda mais.

Acredito que a combinação de disciplina, atenção e carinho é a melhor. Tem de ser duro na maioria das vezes (aquela velha história de que “você vai me agradecer depois por eu ter te dito não”), tem de estar ali pra quando ele cair. Acho até que a maior parte dos pais faz isso. O problema é lidar com o mundo e seus perigos.

Se por um lado você não pode isolá-lo e fazer com que viva numa bolha de felicidade, largar pela vida é pior ainda. Esse equilíbrio é complicadíssimo. Pq a tendência natural (pelo menos a MINHA tendência natural) é querer separar totalmente do mundo e dar tudo na mão e deixar feliz sempre. Mas eu sei que isso é ruim – pq ele precisa quebrar a cara pra ver que o mundo não é um lugar legal. Só assim vai ficar forte o suficiente para agüentar o tranco.

E tem mais uma coisa: dói ver o crescimento. Não é fácil ver o seu bebê largar da sua mão e começar a andar sozinho. Complicado. No fim, o que podemos fazer é ficar ali, estar ali. Sempre, em todas as horas. Ajudando ele a levantar quando cair, mostrando o caminho que achamos melhor. E dando o melhor de nós, aguardando apenas que o resultado final seja positivo. Este é o único jogo que nunca termina.

sexta-feira, outubro 17, 2003

As melhores coisas da vida

Sexo
Amigos
Cerveja gelada
Sexo
Conversa de bar
Mulheres
Sexo
Filme de adolescente da década de 80
Heavy e Hard Rock dos anos 80
Sexo
Beijo na boca
Cheiro de carro novo
Gibi novo
Livro novo
Sexo
Mulher gostosa
Centro de São Paulo aos domingos
Galeria do Rock
Sexo
Sofá e filme trash na TV
Viagem com os amigos
Sexo
Festa de formatura
Dormir
Comida boa
Mulheres
Churrascão
Loja de brinquedos
E, para finalizar, não menos importante:
SEXO

Vozes da cidade

São Paulo é uma cidade estranha. No começo é difícil de se situar por aqui. Eu morei aqui quando era muito pequeno, mas toda minha vida foi construída em Piracicaba, interior do estado. Voltei pra cá seis anos atrás e, logo que cheguei, chamava isso aqui de “filial do inferno”. Era assim que eu via. Aos poucos me deixei levar pelo charme sutil do contraste entre luz e trevas, entre limpeza e lixo.

Os becos do centro da cidade, os botecos das faculdades, a noite underground – cada coisa com sua maneira única de representar a vida da metrópole. Galeria do Rock, Avenida Paulista, Rua Augusta, Vila Olímpia. Forças antagônicas e ao mesmo tempo companheiras na evolução do monstro de concreto.

Dentro de mim, movimentos complexos também. Iniciando tudo o desejo de sair do marasmo e mesmice das cercanias interioranas. Depois veio a repulsa, a solidão que batia forte, o sentimento de impossibilidade. Então chegaram a empolgação, o deslumbramento, as idéias de loucura e perdição. Era a negação do passado em sua forma plena.

Hoje restou um pouco de tudo aquilo. É a hora do início da maturidade, da calma e da normalidade. Normal no sentido de aceitação e não de ser estático. Aceitando os lados bons e ruins.

Se por uma forma sinto-me preso e isolado por entre as entranhas dessa entidade de metal e vidro, por outro me alimento da fumaça que corre por ele. Muito de qualquer coisa sempre é demais. Então nem tanto o céu, nem tanto o mar. Um pé cá e outro lá. Seguindo como deve ser, sem negar nada nem ninguém. Apenas sendo. E vivendo. E sentindo.

quarta-feira, outubro 15, 2003

I'm just a little boy

Ainda me espanto com o quão ingênuo eu sou. Olhares, intenções, desejos... tudo passa tão desapercebido por mim, que agora – percebendo mais as coisas – vejo que devo ter deixado muita coisa legal passar por mim.
Sim, algumas eu tenho consciência. Foi franguice mesmo. Amarelei. “You’re a chicken, McFly!!”.
Mas muito mais deve ter acontecido por detrás das sombras e eu nem reparei.
O dito mundo “adulto” é um lugar estranho demais... não sei se estou preparado. Mas, por outro lado, quem de nós está?



segunda-feira, outubro 13, 2003

Soundtrack

Trilha sonora do dia e recado para mim mesmo.

Tente Outra Vez
Raul Seixas

Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez

Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não

Tente
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar, não não não não
Há uma voz que canta, uma voz que dança, uma voz que gira
Bailando no ar

Queira
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez

Tente
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez


domingo, outubro 12, 2003

É nóis!!




A realidade não anda freqüentando este espaço com tanta freqüência mais, porém não resisto a falar sobre a vitória do São Paulo sobre o Corinthians neste domingo, no Morumbi.

De uma partida ridiculamente fraca, já que ambos os times não possuem mais elenco ou habilidade para empolgar suas respectivas torcidas, o clássico se transformou em um jogo inesquecível, que deve marcar a arrancada tricolor rumo à classificação para a Taça Libertadores da América.

O primeiro tempo foi insosso. Nada vezes nada. Começa a segunda metade e logo ali, antes dos 20 minutos, Luis Fabiano – a maior estrela do São Paulo nos dias de hoje – é expulso. E o jogo muda.

O técnico Júnior, em sua segunda partida no comando do Corinthians, havia conseguido animar sua equipe na volta para a etapa final e com esta expulsão até pensou que poderia vencer. Mas do outro lado havia duas figuras que mudaram completamente a partida: Rogério Ceni e Fábio Simplício.

Numa arrancada, o meio-campo tricolor sofreu falta, que cobrada pelo capitão são-paulino resultou em gol do atacante-revelação Diego Tardelli. A vibração de Rogério após o gol parecia ter contaminado a equipe, que se manteve sólida na defesa e partiu para os contra-ataques – já que o Corinthians foi para o tudo ou nada.

Aí, em três minutos, o São Paulo matou o jogo. Carlos Alberto tabelou com Fábio
Simplício, que chegou ao fundo e cruzou. O próprio Carlos Alberto cabeceou para o gol vazio. 2 a zero tricolor. Porém, o melhor estava porvir. Mais uma vez Fábio Simplício partiu no contra-ataque, tocou para Diego Tardelli que esperou a passagem de Ricardinho, que dividiu com Fabinho e Rubinho, venceu e tocou de pé direito. Fábio Simplício coroou sua excelente partida com um gol de calcanhar.

Assim, o São Paulo voltou para a quarta posição no campeonato e vai com muita vontade para o jogo contra o The Stongest da Bolívia na quarta-feira, pela Copa Sul-Americana e também no sábado, contra o Goiás – pela próxima rodada do Brasileirão.

Força Tricolor!! Ano que vem estaremos de volta ao nosso lugar no panteão dos melhores da América – de onde jamais deveríamos ter saído.


quinta-feira, outubro 09, 2003

"Hey baby, take a walk on the wild side"

Ei você... é, você mesmo. Pensa que eu não estou vendo? Sim, eu estou. E não sou só eu. Todos sabem que você tem um lado diferente. Você não é sempre essa pessoa boa e íntegra que gosta de propagar.

E sabe como eles sabem? Porque todos eles também têm seu lado negro. Sim, é verdade. Ninguém é totalmente bom ou totalmente mal. Há um momento do dia que uma nuvem negra passa por sobre sua cabeça, nubla seus pensamentos e você pensa coisas feias, duras, amargas.

Não, nem tente negar. Eu e você sabemos que é assim que as coisas são.
Então não é melhor abrirmos o jogo logo de uma vez? Comecemos já com as cartas na mesa, com o olhar direto nos olhos do outro.

Verdade e mentira, por cima ou por baixo, branco e negro.

Nada é aquilo que parece ser.

Pare e perceba. Tudo vai ser mais fácil.



quarta-feira, outubro 08, 2003

"Quem fica parado é poste"

Então o esquema é o seguinte: vai e não olha pra trás. Pois o ontem já passou e não volta. Tentar recuperar momentos perdidos é o mesmo que apostar num jogo em que já foi dado o apito final. Não dá, não dá MESMO!

O tempo é contínuo e, mesmo que seja cíclico, as voltas são muito maiores do que se imagina. Capacidade, todos têm. Então não pára. Segue e acredita. Porque uma hora a hora chega. O lance é estar preparado – para qualquer coisa.


terça-feira, outubro 07, 2003

The boys are back in town

I'm so fucking tired of this shit!!!

Pronto... gritei, botei pra fora e é isso.

Chega de frescuras choraminguentas. Ah, vai morder seu pai na bunda, Dona Tristeza.
E você também, ô Melancolia. Suma daqui e não se preocupe em voltar.

Para alegrar o dia, um teste daqueles que já fiz várias vezes por aqui. Fiquei até feliz com o resultado... eu juro que achei que ia dar Ross...





I'm Joey Tribbiani from Friends!

Take the Friends Quiz here.

created by stomps.





segunda-feira, outubro 06, 2003

Soundtrack

Let It Be
The Beatles

When I find myself in times of trouble
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom, let it be.
And in my hour of darkness
She is standing right in front of me
Speaking words of wisdom, let it be.
And when the broken hearted people
Living in the world agree,
There will be an answer, let it be.
For though they may be parted there is
Still a chance that they will see
There will be an answer, let it be.
Let it be, let it be. Yeah
There will be an answer, let it be.
And when the night is cloudy,
There is a light that shines on me,
Shine until tomorrow, let it be.
I wake up to the sound of music,
Mother Mary comes to me,
Speaking words of wisdom, let it be.
Let it be, let it be.
There will be an answer, let it be.
Let it be, let it be,
Whisper words of wisdom, let it be.

Perguntas

Que somos nós além de meros peões no jogo entre Razão e Sensibilidade?
Passaremos de algo mais que joguetes na disputa travada pela Lógica e o Desejo?
Conseguimos, em alguma medida, sermos de fato donos de nosso destino?



quinta-feira, outubro 02, 2003

Tempo, famigerado tempo

Um dia o menino levantou e se olhou no espelho. Percebeu que não era mais menino. Era homem, e como tal tinha muito a fazer.
Os dias perdidos atrás da bola, o olhar sem razão no horizonte, a inquietude e a pressa não poderiam mais fazer parte de sua vida.
Agora tinha de ter paciência, deveria pensar mais antes de agir, visto que suas ações tinham mais peso – afinal, havia crescido e por isso as conseqüências o acompanhavam onde quer que fosse.
Não era só internamente que a mudança ocorreu: por fora também ao era mais o mesmo. Reconhecia-se apenas pela freqüência com que se via refletido por aí, fosse em espelhos ou em vitrines ao andar pela cidade. Porém, ao ver retratos seus do passado, via apenas uma criança feliz. E com uma felicidade da qual ele não lembrava a razão. Era porque era. E fim, não havia explicação.
Notou então o maior problema de crescer. Não eram as responsabilidades e muito menos os cabelos brancos. Era a dificuldade de conseguir, por um instante que fosse, aquela alegria incontida e sem motivos. A felicidade simples de ser quem você é.

segunda-feira, setembro 29, 2003

Soundtrack

Trilha sonora do dia: Queensrÿche, do disco "Operation: Mindcrime" de 1988.
Este disco é considerado o melhor da carreira desta banda, conhecida pela maior parte do público pela balada "Silent Lucidity". "Operation: Mindcrime" é um disco conceitual, que conta uma história ao longo de suas quinze faixas, que terminam com a excelente canção cuja letra coloco aqui hoje: "Eyes of a Stranger".

As músicas que tenho colocado aqui, agora com uma frequência maior, representam as idéias, sentimentos e tudo mais do momento. Infelizmente (ou até feliz, se formos olhar por outro lado), não estou tendo tanto tempo de escrever, pois as coisas andam intensas.

Segue então a música:

EYES OF A STRANGER
Music and Lyrics by Chris DeGarmo & Geoff Tate

All alone now
Except for the memories
Of what we had and what we knew
Everytime I try to leave it behind me
I see something that reminds me of you
Every night the dreams return to haunt me
Your rosary wrapped around your throat
I lie awake and sweat, afraid to fall asleep
I see your face looking back at me

And I raise my head and stare
Into the eyes of a stranger
I've always known that the mirror never lies
People always turn away
From the eyes of a stranger
Afraid to know what
Lies behind the stare

Is this all that's left
Of my life before me
Straight jacket memories, sedative highs
No happy ending like they've always promised
There's got to be something left for me
And I raise my head and stare
Into the eyes of a stranger
I've always known that the mirror never lies
People always turn away
From the eyes of a stranger
Afraid to know what
Lies behind the stare [Lies behind my stare]

How many times must I live this tragedy
How many more lies will they tell me
All I want is the same as everyone
Why am I here, and for how long

And I raise my head and stare
Into the eyes of a stranger
I've always known that the mirror never lies
People always turn away
From the eyes of a stranger
Afraid to know what
Lies behind the stare


Dream Warrior

Às vezes pensava que se não sonhasse tanto, sua vida seria mais tranqüila. Pois desde que se lembrava de existir sonhou. E planejou e quis mais do que lhe estava dado. Conseguiu assim tudo que tinha. Não era muito, mas dadas às condições estava excelente. Porém, a dor da conquista era intensa. Nada era simples com ele, as situações sempre exigiam cuidados redobrados. Só não sabia se as dificuldades surgiam em função do tamanho do desafio ou se era só a sua mente, que tentava colocar obstáculos, fazendo com que o resultado final parecesse mais nobre.
A pergunta continuava: se tivesse os dois pés no chão e os olhos voltados pra frente e não para as estrelas, não teria cometido os mesmos erros? Acreditava que não. Os erros seriam apenas diferentes.


quinta-feira, setembro 25, 2003

Soundtrack

Música do dia:

Always on My Mind
(words & music by wayne thompson - mark james - johnny christopher)
Na voz de Elvis Presley

Maybe I didn’t treat you
Quite as good as I should have
Maybe I didn’t love you
Quite as often as I could have
Little things I should have said and done
I just never took the time

You were always on my mind
You were always on my mind

Tell me, tell me that your sweet love hasn’t died
Give me, give me one more chance
To keep you satisfied, satisfied

Maybe I didn’t hold you
All those lonely, lonely times
And I guess I never told you
I’m so happy that you’re mine
If I make you feel second best
Girl, I’m sorry I was blind

You were always on my mind
You were always on my mind

Tell me, tell me that your sweet love hasn’t died
Give me, give me one more chance
To keep you satisfied, satisfied

Little things I should have said and done
I just never took the time
You were always on my mind
You are always on my mind
You are always on my mind

The road never ends

Ao que parece, o caminho chegou a seu final. E terminou num precipício. As opções agora são: desistir de tudo e pular de cabeça, ou olhar para os lados e seguir, tentando circundar aquele vale profundo.
Mas no momento, não possuía forças para nada além de contemplar o vazio, caído de joelhos no limiar entre a terra e o nada. O fim foi mais leve do que imaginava, mas tão sentido quanto pensou que ia ser. Talvez até pior – afinal, desta vez a estrada não se dividiu em duas ou três, como das outras vezes. Ela acabou. Ponto final.

Ele se lembrava de palavras que ouviu há tempos: “Se não encontro o caminho, eu mesmo o faço”. Com esse pensamento na cabeça, limpou sua mente e se concentrou, tentando aliviar sua alma daquela pressão incomensurável.

Meditou por um tempo que não foi tempo. Foi eternidade. Purificou-se de corpo e espírito.
Foi então que se levantou renovado e decidiu caminhar rumo ao desconhecido, decidido a chegar do outro lado do abismo e conquistar tudo que estivesse lá.

quarta-feira, setembro 24, 2003

Alone in the dark

I’m trying, baby... but it’s so hard sometimes. Life just isn’t what it used to be. And I don’t know what to do anymore. In which road should I put my truck? I’m moving in circles… Running away from the best friend I’ve ever had: the truth.


segunda-feira, setembro 22, 2003

The sorrowland

Por mais que ainda exista esperança, lá no fundo, naquele local escuro de sua alma, ele sabe que tudo – definitivamente – acabou.

Não há como reparar os erros do passado. A evolução bateu à sua porta e entrou sem pedir licença. A dor era incomensurável. Não havia nada que se comparasse àquele sentimento amargo que se instalou no fundo de seu ser.

As palavras, que foram sempre suas maiores aliadas, não tinham capacidade de municiá-lo na guerra sangrenta que travou. Foram apenas sons jogados no vento forte da danação.

Viver com a marca do fracasso não ia ser fácil. Com a solidão (por mais fria e tenebrosa que ela fosse), ele já estava acostumando. Porém, com a falha, ele jamais se acostumaria.

Ele olhava para todos os lados e nada brilhava, nenhum caminho surgia. Então ajoelhou-se, reuniu o que restava de suas forças e saiu noite adentro. Depois daquele momento nunca mais foi visto.



Legião

Cheguei empolgado do final de semana e tô postando críticas das revistas que li lá na Legião do Mal. A primeira é de Teen Titans #1 e #2. Depois virão outras (Green Arrow, Formemely Know as the Justice League, Dark Victory, Thing: Freakshow e Superman: Judgement Day)
Quem sabe eu também fale de Promethea, mas acho que não pq essas revistas me fizeram pensar em muito mais coisas que eu ainda não consegui digerir direito. Alan Moore é um doente.

sexta-feira, setembro 19, 2003

Trilha sonora do final de semana

She
- na voz de Elvis Costello...

She may be the face I can't forget
The trace of pleasure or regret
Maybe my treasure or the prize I have to pay
She may be the song that summer sings
Maybe the children autumn brings
Maybe a hundred different things
Within the measure of a day

She may be the beauty or the beast
Maybe the famine or the feast
May turn each day into a Heaven or a Hell
She may be the mirror of my dreams
A smile reflected in a stream
She may not be what she may seem
Inside her shell....

She, who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She maybe the love that cannot hope to last
May come to leap from shadows in the past
That I remember 'till the day I die

She maybe the reason I survive
The why and wherefore kind of life
The one I care for through the rough and ready years

Me, I'll take the laughter and your tears
And make them all my souvenirs
And when she goes I've got to be
The meaning of my life is
She....She
Oh, she....

See'ya folks!

Definition

Não é o medo de errar que impede o avanço. É a culpa passada que trava o desenvolvimento.


quinta-feira, setembro 18, 2003

The Last Enemy

Mais uma vez o mundo parecia se fechar ao redor dele. As grande árvores daquele bosque que não tinha fim bloqueavam quase que totalmente a luz. O pior de tudo é que ele estava se acostumando com aquela situação sombria. Seus olhos doíam quando um fiapo de luz ultrapassava a barreira.

O que mais o incomodava não era a dificuldade praticamente física que estava vivenciando. As marcas em sua alma é que ardiam mais. Seu medo, sua fraqueza.
Sabia que o momento era de arriscar. Afinal de contas não tinha nada. O máximo que poderia acontecer é que do outro lado da escuridão, onde sol brilhava forte, é que tudo continuasse da mesma forma.

Mas mesmo assim, vinha aquela dor enorme, lancinante, em seu peito toda vez que tentava atravessar a barreira. Não se conformava com tanta fraqueza. Seu pior inimigo era ele mesmo.


quarta-feira, setembro 17, 2003

Soundtrack

Trilha sonora do dia:

Eight Days a Week
The Beatles

Ooh I need your love babe, guess you know it’s true,
Hope you need my love babe just like I need you,
Hold me, love me,
Hold me, love,

Ain’t got nothin’ but love babe,
Eight days a week.
Love you ev’ry day girl, always on my mind,
One thing I can say girl, love you all the time,
Hold me, love me,
Hold me, love me,

Ain’t got nothin’ but love babe,
Eight days a week.
Eight days a week I love you,
Eight days a week is not enough to show I care.

Ooh I need your love babe, guess you know it’s true,
Hope you need my love babe just like I need you,
Hold me, love me,
Hold me, love me,

Ain’t got nothin’ but love babe,
Eight days a week.
Eight days a week I love you,
Eight days a week is not enough to show I care.

Love you ev’ry day girl, always on my mind,
One thing I can say girl, love you all the time,
Hold me, love me,
Hold me, love me,

Ain’t got nothin’ but love babe,
Eight days a week.
Eight days a week. Eight days a week.



Going down

Whenever I want you
all I have to do is dream

- Roy Orbison, in "All I have to do is dream"

Lembra daqueles dias em que eu dizia que aquilo tudo era pequeno demais pra mim? Quando eu falava que o mundo tinha muito mais para oferecer e eu não podia ficar parado ali... Sabe tudo que me incomodava: a calma, a tranquilidade e o tempo passando em outro ritmo?

Pois então... era balela. Aquele sonho da casa com cerquinha branca, cachorros e a molecada correndo era meu também. Mas eu nunca quis admitir.
Só que no final, todos querem as mesmas coisas.

terça-feira, setembro 16, 2003

Perdido

Não sei o que fazer... os caminhos não estão limpos. Parece haver uma abertura, mas a névoa preenche todo o espaço...

Acredito ter conseguido definir o foco, a direção e o objetivo. É ali. É para lá que eu vou. Mas o medo dos desvios passados corrói o coração e queima a alma.

Sei que tudo volta, que para cada ação há uma reação. Mas será que existem erros que são tão fortes que você pagará por eles pelo resto da vida?


More Today than Yesterday
Goldfinger

I don't remember what day it was
I didn't notice what time it was
All I know is that I fell in love with you
And if all my dreams come true, I'll be spending time with you

Everyday's a new day, in love with you
With each day comes a new way, of loving you
Everytime I kiss your lips my mind starts to wonder
And if all my dreams come true, I'll be spending time with you

I loved you more today than yesterday
But not as much as tomorrow
Ohhh, I loved you more today than yesterday
But darlin' not as much as tomorrow

Tomorrow makes each spring time just a day away
Cupid we don't need you now be on your way
Thank the lord for love like hours that grows ever stronger
And if all my dreams come true I'll be spending time with you

Ohhh I loved you more today than yesterday
But not as much as tomorrow
Ohhh, I loved you more today than yesterday
But darlin' not as much as tomorrow

Everyday's a new day
Everytime I love you
Everyday's a new way
Everytime I love ya
Everyday's a new day
Everytime I love ya
Everyway's a new way
Everytime I love ya
Everytime I love ya
Everytime I love ya
Everytime I love ya

The ladder of life

Enquanto andava pela rua naquela noite fria e escura começou a entrar naquele mundo diferente do seu. Uma realidade que existe e ao mesmo tempo não. Ele sabia disso mas não se importava, pois aquilo que poderia ser considerado mentira por uns era o que havia de mais real para ele.

Naquele mundo brilhante, ele era rei. Não havia como não se sentir confortável no meio de tanta alegria. Sim, se muitos não sabiam o que era felicidade, ele sabia. Ele a sentia todos os dias ao fechar os olhos.

No começo precisava se concentrar para deixar seu plano de existência. Atualmente, nada mais era necessário a não ser querer. Não importava mais nem o local onde estivesse. Percebeu muito naturalmente que estava se tornando o senhor de sua existência. Porém, algo ainda o perturbava.

A dissociação entre o ser e o pensar o acompanhava em tudo. A matéria e o pensamento estavam separadas demais. Enquanto em um momento ele era Deus, em outro não passava de um simples macaco esperando a evolução chegar. Essa contradição o incomodava cada vez mais quando ia para sua outra casa.
Não conseguia entender as forças que atuavam no afastamento entre o real e o imaginário. Por que não podia ficar simples e alegremente sempre? Não havia motivo para o lá e o aqui não serem um só.

Parecia que a dúvida o acompanharia para sempre. Até que notou que a diferença estava apenas nele. A energia que fazia o ideal tornar-se tátil era única, algo primordial. A mesma que moldou o Universo, surgida com o início de tudo. Um e nenhum, completo e vazio.

Não havia diferença, a não ser na sua forma de enxergar o mundo.

segunda-feira, setembro 15, 2003

Crítica

Fiz uma crítica bem meia boca de "The League of Extraordinary Gentelmen" e coloquei lá na Legião do Mal.

E pq está lá? Ora bolas, o filme é baseado em gibi!! E se tem ligação com quadrinhos, vai lá pra Legião.

Dêem uma olhada.

sexta-feira, setembro 12, 2003

Comentem!!

Sabe a história do Thomas?

Pois então! Agora ela também tem comentários. No fim do post clique em "Shout Out" e se comunique conosco!

Vai lá!

quarta-feira, setembro 10, 2003

The thin line

Life is changing before my eyes
All those things
I’ve just left behind

The past and the future
Started to bond together
And again we could be as one

The feeling is strong
And I can’t deny
There is no reason to be shy

It’s more than I can say
Words can’t describe
All this energy I have inside

So little we know
About what will come
Only one light shines

It’s Love
Larger than everything
Unforgettable

A force of nature
A fire that never extinguishes
A rock that can’t be broken

But life is more than that
There is a line
And we follow it

Even when we decide
To be apart
Fate is there

It reminds you
About what you are
And about whom you are

More important
Fate reminds you
Where you are

Knowing that
The time is to think:
Where you should be?


A onda boa

Tenho uma amiga que me disse uma vez que quando a nuvem negra passase, seria difícil de nos segurar... pq ia ser tanta coisa boa junta, que não ia ter como... o topo seria nosso de qualquer maneira.

Acho que ela está certa. Com um tropeçozinho aqui ou outro ali, tudo está se encaixando. Até coisas que estavam apenas na esfera onírica começam a surgir. Difícil de acreditar. Ainda não é nada... mas a simples possibilidade de algo vir a acontecer já é tão diferente daquela escuridão e falta de perspectivas.

Sabe o destino? É, aquele que eu tô sempre tentando driblar, fazer de conta que não conheço... então... ele mesmo. Bateu em minha porta fortemente. Quase arrombou, pra falar a verdade. E me jogou na cara o que eu sei, mas tenho um puta medo de adimitir.

E mais que isso. Me disse que do outro lado do espelho (para meu total espanto) as coisas acontecem exatamente da mesma forma.

Então lá vou eu, mais uma vez. Escalar aquela montanha que conheço por quase todos os lados. Seguir por aquele caminho tantas vezes caminhado. O fim só chega quando o que há de bom estiver lá.

segunda-feira, setembro 08, 2003

Sale!

Gosta de revistas em quadrinhos?
Tá afim de incrementar ou complementar sua coleção?

Então vai ver a "listinha" de coisas legais que tá aqui
Quem freqüenta este blog já conhece o hábil Cury. Quem está vendendo as revistas é ele. E "eu agarantio". Podem comprar sossegados, ele não vai dar o cano em ninguém e todas as HQs estão num estado excelente de conservação.

Vão e comprem!!


R.I.P

É estranho como a vida é frágil e irreparável. Quando ela acaba, quem fica por aqui não tem outra coisa a fazer senão buscar saídas pelos enigmas sucessivos que o destino traz. Até que chegue sua própria hora e o ciclo recomece. No frigir dos ovos, pouca coisa realmente importa. A não ser os bons momentos dos quais se participou.

E ao fundo, uma música não pára de tocar...

London Calling
(Strummer/Jones)

London calling to the faraway towns
Now that war is declared-and battle come down
London calling to the underworld
Come out of the cupboard, all you boys and girls
London calling, now don't look at us
All that phoney Beatlemania has bitten the dust
London calling, see we ain't got no swing
'Cept for the ring of that truncheon thing

CHORUS
The ice age is coming, the sun is zooming in
Engines stop running and the wheat is growing thin
A nuclear error, but I have no fear
London is drowning-and I live by the river

London calling to the imitation zone
Forget it, brother, an' go it alone
London calling upon the zombies of death
Quit holding out-and draw another breath
London calling-and I don't wanna shout
But when we were talking-I saw you nodding out
London calling, see we ain't got no highs
Except for that one with the yellowy eyes

CHORUS

Now get this
London calling, yeah, I was there, too
An' you know what they said? Well, some of it was true!
London calling at the top of the dial
After all this, won't you give me a smile?

I never felt so much a' like

quinta-feira, setembro 04, 2003

Into the realm of the lost souls

Preso numa jaula de vidro, observando tudo que se passa no mundo exterior, mas sem poder se livrar daquela prisão. Sua mente, como sempre fazia em momentos de desespero, refugiava-se na idéia daquela chama clara e morna na qual se aqueceu tantas e tantas vezes.

Aquilo era tão familiar, tudo se encaixava tão perfeitamente, que era difícil - praticamente impossível - resistir ao chamado daquele fogo bruxuleante. As forças que o conduziam para lá eram estranhas a ele. Não conseguia compreender. Estava além da razão, era puro sentimento. Só que um sentimento alienígena em sua estrutura tão ordeira e controlada.

Ele não sabia mais o que fazer. Estava tudo fugindo do padrão que havia estabelecido para si próprio. Sim, era um homem de padrões, mesmo que não gostasse de adimitir isso com frequência. Seqüências o agradavam, ordenação o agradava. E aquela chama o interrompia em seu caminho de ordem e retidão.

Havia achado um culpado para aquilo. Ele mesmo e sua falta de vontade em encarar o novo. Ele gostava mesmo era daquilo que conhecia e conseguia controlar. Fora isso, mais nada o agradava. Sentia-se profundamente incomodado.

Decidiu então tentar uma nova alternativa. Fechou os olhos e afundou-se em si mesmo. No vácuo profundo e interminável de sua existência.
Acabou se perdendo na escuridão. E nunca mais achou a saída do imenso labirinto de sua própria alma.

Frase

Ela não pára!!

Mais uma frase memorável:

"A diferença entre a mulher e o homem é que a mulher está sempre pronta para o que der e vier e o homem está sempre pronto para quem vier e der".


quarta-feira, setembro 03, 2003

"Just a little patience..."

Falta paciência para conhecer
para gostar
para amar

Falta paciência para entender
para se identificar
para compartilhar

Falta paciência para sentir
para saber
para ouvir

Falta muita paciência
mas está sobrando vontade


Why Chocolate Is Better Than SEX

Recebi isso de uma amiga

Muito bom

1. You can GET chocolate.
2. Chocolate satisfies even when it has gone soft.
3. You can safely have chocolate while you are driving.
4. You can make chocolate last as long as you want it to.
5. You can have chocolate even in front of your mother.
6. If you bite the nuts too hard the chocolate won't mind.
7. Two people of the same sex can have chocolate without being
called nasty names.
8. The word "commitment" doesn't scare off chocolate.
9. You can have chocolate on top of your workbench/desk
during working hours without upsetting your co-workers.
10. You can ask a stranger for chocolate without getting your
face slapped.
11. With chocolate there's no need to fake it.
12. Chocolate doesn't make you pregnant.
13. You can have chocolate at any time of the month.
14. Good chocolate is easy to find.
15. You can have as many kinds of chocolate as you can handle.
16. You are never too young or too old for chocolate.
17. When you have chocolate it does not keep your neighbors awake.
18. With chocolate size doesn't matter.

segunda-feira, setembro 01, 2003

Hail to the King

Are You Lonesome Tonight?
(words & music by roy turk and lou handman)

Are you lonesome tonight,
Do you miss me tonight?
Are you sorry we drifted apart?
Does your memory stray to a brighter sunny day
When I kissed you and called you sweetheart?
Do the chairs in your parlor seem empty and bare?
Do you gaze at your doorstep and picture me there?
Is your heart filled with pain, shall I come back again?
Tell me dear, are you lonesome tonight?

I wonder if you’re lonesome tonight
You know someone said that the world’s a stage
And each must play a part.
Fate had me playing in love you as my sweet heart.
Act one was when we met, I loved you at first glance
You read your line so cleverly and never missed a cue
Then came act two, you seemed to change and you acted strange
And why I’ll never know.
Honey, you lied when you said you loved me
And I had no cause to doubt you.
But I’d rather go on hearing your lies
Than go on living without you.
Now the stage is bare and I’m standing there
With emptiness all around
And if you won’t come back to me
Then make them bring the curtain down.

Is your heart filled with pain, shall I come back again?
Tell me dear, are you lonesome tonight?

Yes, I am...

Pra comemorar

Sim, o momento merece comemoração. Por isso tem capítulo novo lá no Turn Up, um dos filhos disso aqui.
Cliquem aqui e vejam mais um passo na conturbada trajetória de Thomas.

Vai! Cliquem

"Happy Birthday, mr. President..."

Há um ano atrás este espaço virtual era criado para dar vazão às loucuras provenientes da minha mente problemática. Fui inspirado a iniciar este negócio por minhas duas grandes amigas Biba e Djones, que já estavam nessa brincadeira e me mostraram que poderia ser bom cair nesse jogo também.
De lá pr cá muita coisa rolou. Eu mudei, cresci... e o blog me ajudou a colocar a cabeça no lugar várias vezes, além de ser a válvula de escape mais precisa que encontrei. Por meio dele conheci pessoas que se tornaram minhas amigas e que considero muito importantes em minha vida hoje.
Por outro lado, algumas pessoas se ofenderam pelo meu modo de ver as situações e relatá-las por aqui. O foco mudou, o que antes era um “diarinho” acabou sendo transformado num espaço de discussão e divulgação de novas idéias, de bobagens em geral, de exercícios literários e de sentimentos intensos, na maioria das vezes.
Como já disse o Rei, “se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”.
Então é isso.

Longa vida ao “It’s all about insanity”!


terça-feira, agosto 26, 2003

Stratovarius




No último sabádo eu conferi de perto a apresentação do Stratovarius aqui na cidade de São Paulo. A banda está em turnê divulgando o disco "Elements pt.1".
A apresentação começou com a bela e empolgante "Eagleheart", deste disco mesmo e seguiu com o clássico "Kiss of Judas". Nada melhor para botar fogo na platéia.

O que chamou atenção em todo o concerto foi a vontade demonstrada pelos membros da banda, em especial o vocalista Timo Kotipelto. O cara cantava com uma vontade impressionante e mandava aqueles agudos de deixar as velhas com todos os cabelos do corpo em pé, como na excelente "Distant Skies".
Seu xará, Timo Tolkki, arrebentou na guitarra, levando as músicas com uma perfeição invejável e ainda fazendo um backing vocal de respeito.

Aliás, todos estavam muito bem, formando um conjunto impecável. A batera de Jörg Michael estava impressionante, bem como os teclados de Jens Johansson e o baixo de Jari Kainulainen.

Juntos eles deixaram inesquecível a versão de "Forever" cantada em coro pelas quase 4 mil pessoas que se abarrotavam no Olympia. Ficam pra História também "Twilight Symphony", "Father Time" e, obviamente, "Hunting High and Low" - esta última fazendo tremer as estruturas da já decadente casa de shows da zona oeste paulistana.

Como não poderia deixar de ser, os caras fecharam essa bela noite com o clássico "Black Diamond", demonstrando um carinho enorme pela platéia brasileira. Valeu especialmente por isso: ver artistas que se preocupam com seus fãs, em atendê-los e em se divertir fazendo isso, o que sem dúvida alguma é o mais importante.

Fiquem com a letra de Black Diamond, só pra ter um gostinho (bem pequeno, é claro) do que foi aquilo.

BLACK DIAMOND
(Music: Tolkki / Lyrics: Tolkki-Kotipelto)

Again I see you standing there watching me. Your gaze, those eyes are tantalizing openly.

Inviting me to get close to you, can't help myself. There's fascination in the air.

I try to fight this strong sensation but there's no chance to escape from this temptation.

Feels like I've known you before, repeating phrases, but I yearn for something more.

I know I can't stay by your side forever, but I know I won't forget your beauty,
my Black Diamond.


segunda-feira, agosto 25, 2003

Balada

Bom, hoje ainda é segunda então dá tempo de vocês programarem uma balada muito boa pro final de semana.

Um grupo de amigos meus decidiu expandir uma experiência antes restrita aos muros de nossas casas e compartilhar alegria e bons momentos com o mundo. e, claro, abrir uma nova possibilidade de negócios com isso.

Então cliquem aqui e saibam mais sobre o que é o Kitsch e sobre a festona que rola no próximo sábado, na pitoresca cidade de Limeira - uma das agregadas da Grande Piracicaba.

Tem até flyer virtual. Olhem só:


"It' a strange world. Let's keep it that way"
Warren Ellis, in Planetary

Tinha um cara querendo pular de cima do Conjunto Nacional, aqui na Av. Paulista. Uma hora atrás, mais ou menos.
Imaginem o tumulto: Av. Paulista, um dos centros nervosos da cidade, que dirá até do País. Hora do almoço duma segunda-feira chuvosa, com trânsito explodindo em congestionamentos.
Bom, pensando assim vc até pode vislumbrar uma meia dúzia de motivos para querer pular.

Mas não deu em nada. Um policial agarrou o mano antes dele executar sua "obra".

Louco, né?

E tava ali. Poucos metros de mim, atravessando a rua. E todos em volta gritavam como num jogo de futebol. "Pula, pula..."

Vibraram quando o policial agarrou. Pelo menos a maioria vibrou. Outros só ficaram chateados de nao ver os miolos espalhados pela calçada.

Como desgraça atrái, não?

Bizarro...

Jeito louco de começar a semana.
Vamos ver o que mais vem daqui pra frente.

quinta-feira, agosto 21, 2003

Reflexões acerca da realidade daqueles que escrevem

As ações do cotidiano não são realizadas ao mero acaso. Há uma intenção permeando as decisões de quem as pratica.

No meio jornalístico, todos estão (muitas vezes sem saber) atentos na hora de escolher (e fabricar) esta ou aquela imagem. O jornalista (ou, em certo sentido, o escritor) impõe um sentido às suas imagens. Faz isso para evitar dualidades, ambigüidades.

A força empregada para que a imagem não se abra a interpretações dúbias é muito grande. Ela atribui ao fabricante um poder de dominação incrível - uma vez que lhe confere a possibilidade de moldar a realidade de acordo com sua vontade, ou da vontade daqueles que representa.

Aqueles que contemplam o que foi criado pelo jornalista/escritor devem ter apenas um entendimento do que lhes é apresentado. Cria-se assim um discurso hegemônico, dominante e único.


terça-feira, agosto 19, 2003

Teste

Fazia tempo que eu não topava com um desses testes... sei lá, não gostei do resultado.
Vejam:

Pyro
Pyro! You are young and stupid, yet powerful. But
that's not good enough, no. You want more, you
wnat to be able to create fire rather than just
manipulate it. You want power!
Show off.


What X Men 2 Movie Character Are You?
brought to you by Quizilla

segunda-feira, agosto 18, 2003

The end

Se tudo já foi feito, se não há mais missão a ser completada, então o que ainda prende sua esssência aqui?

O término é inevitável, mas e o sofrimento, este não poderia ser evitado?

Em momentos assim, o questionamento sobre a existência ou não de algo metafísico bate mais forte. Se há uma força exterior superior, que supostamente rege tudo que nos cerca, pq então situações tão trágicas acontecem?

Até entendo a questão do livre arbítrio, mas e doenças? E as injustiças? E quem sofre e nem poder de escolher teve?

Cada dia mais o que não pode ser visto se afasta, e apenas resta a realidade dura e cruel - a qual evidencia que apenas nós temos força nesse universo. E mais nada nem ninguém.




domingo, agosto 17, 2003

Everything can be changed

Numa batida do coração o mundo que trazia em seus ombros tornou-se fumaça e ele começou a acreditar novamente. Se pelo menos um dos espectros que o atormentavam noite e dia parecia (pelo menos momentaneamente) tê-lo abandonado, era mais que possível que os outros também morressem sem mais nem menos.

O que mais o espantava era que não houve um esforço tão grande assim. Ele apenas foi natural, agiu tranquilamente, seguindo somente sua consciência e seus desejos. E tudo se encaixou, foi tranquilo, perfeito como ele gosta que seja, como deveria ser.


sexta-feira, agosto 15, 2003

I’m on a rollercoaster ride!

Já dizia o grande Tim Maia que “Tudo é tudo e nada é nada”. Subitamente, aparecem alternativas diversas à mesmice e ao nada, que ameaçava fortemente tomar conta da minha realidade. Mas não sou só eu que preciso de movimentação… A onda boa tem de chegar a todos!

Ninguém é só um. Eu não sou só eu. Há inúmeras relações ligando uma coisa à outra, um ser a outro. E, dessa forma, a reação boa tem que ser em cadeia… sem deixar nada nem ninguém para trás.

Que sejam destravados todos os entraves dessa vida louca. Que se afastem de mim e de todos os meus a maldade, a corrupção, a inveja e o que mais de mal houver no mundo.

Que a força daqueles que vieram antes de nós se some às nossas nesse momento de escuridão profunda.

Que o sol brilhe e o fogo queime como nunca queimou antes – e assim acabe com o céu negro que tomou conta de nossa terra.

Hey, ho! Let’s go!



O blog é pop

Olhem só como o mundo é louco. Estava eu lendo os comentários desse blog, quando percebo um monte de gente diferente e tal. Decido então efetuar uma buscazinha básica pelo google. Eis que surge uma coisa assim pra eu ver:

Eu, aparecendo na coluna do Gravatá

Pop ou o quê, hein?

Bom, meio que me senti no Oscar, então agradeço aqui a todo mundo que lê, pq na maioria das vezes me inspiro em vocês para falar das coisas.

Ok, ok... é mentira isso. Acabo buscando inspiração nas coisas que vejo por aí no dia-a-dia. Eventualmente vocês também são inspiração.

Mas valeu todo mundo que tem a paciência de ler o que coloco aqui, quase que diariamente. Essa pindonga vai fazer um ano no fim do mês. Tô querendo chamar as pessoas pra tomar umas num dos botecos da vida. Que acham?

quinta-feira, agosto 14, 2003

Frase do dia

Diretamente dela


"Quem acha tudo gozado é camareira de motel"

Too much

Você sabe que está trabalhando demais quando clica em "Novo Documento em branco" no Word e abre o "Documento27" na sua tela.

Que fase!

terça-feira, agosto 12, 2003

"Time after time"

Temos de saber que até no que parece ser a mesmice, as coisas estão mudando. Tudo muda sempre.
Na maior parte das vezes, quem não aceita a mudança somos nós. Não queremos ver. A morosidade, num nível praticamente subconsciente, toma conta de nós vez por outra. E aí, meus amigos, nos perdemos no meio do nada, sem nenhum local para nos escorarmos.

Aceitemos a mudança. Vamos cair nos braços dela e seguir o rumo dessa vida louca.
O tempo, na sua imensa e interminável seqüência, vai abrindo e fechando portas em nossa frente.
E só nos resta seguir, pois a realidade simplesmente é. Dela, não há como fugir.



sábado, agosto 09, 2003

O inferno são os outros e o céu somos todos nós

Caríssimos,

Há que se pensar que a felicidade é um estado apenas momentâneo. Não pense que sempre será tudo bom. No máximo será normal.
A felicidade, essa lenda, está escondida em coisas mínimas. Andar pela rua tomando sorvete, por exemplo. Sentar na varanda e ver o sol nascer. Ver crianças brincando sem se preocupar com o amanhã numa pracinha...

Vejam o que há de bom para ser visto. Não é nada além do que a simplicidade. Mas ela é muito mais do que a mediocridade.

Bom final de semana!
Carpe Diem!!

quinta-feira, agosto 07, 2003

"It's the end of the world as we know it..."

Sabe aquele mundo em que você acreditava? Pois então... ele acabou.
Nada mais do que você pensa ser verdade continua sendo. Aquelas suas crenças estão todas furadas.
Sinto lhe informar, criança, mas papai noel não existe, o coelho da páscoa menos ainda e o amor, a justiça e a felicidade são conceitos tão abstratos que nem vale pena comentar sobre eles.
E não adianta chorar e espernear. As coisas não serão mais daquele jeito que você pensou que seriam. E é isso. Ou você trabalha com o que tem na mão, ou a vida vai passar tão rápido por você, que quando prceber vão te faltar forças até para levantar da cama de manhã.
E todos sabemos que há dias que falta mesmo vontade pra sair e encarar o mundo. Mas você tem de ir. Pois ninguém irá pra você. Então joga todas as suas falsas crenças pro alto mesmo. A única coisa que importa é o seu trabalho, a sua força. O que existe na vida é aquilo que está aí pra ser visto e feito. Nada cairá do céu, por mais que você implore. Então vai. Tá tudo uma merda, mas amanhã é outro dia de luta, sangue e sofrimento. Mas você vai sobreviver, como sempre fez.
Vontade e determinação. Só isso move as coisas por entre o ar denso da perdição.

segunda-feira, agosto 04, 2003

Recado

Este texto é pra você. E não tente se esconder nem olhar pro lado, que é contigo mesmo que estou falando. Sim, você que está tão próximo, mas ao mesmo tempo tão longe de mim. Você que nunca conseguiu me entender de verdade, pq eu nunca fui como você esperava que eu fosse. Hoje, talvez, eu te deixe orgulhoso, mas nem sempre foi assim. Nem tente negar, pq você estará mentindo... e não é das suas mentir desse jeito.
Você errou e errou feio comigo. Sua sorte é que eu sou louco de nascença, que eu tinha a minha mente errática pra servir de escudo e tudo que você fez só serviu pra me deixar mais forte e resistente.
Será que você não percebe? Há duas pessoas aí dentro. Médico e o Monstro. Transformados por um líquido maldito. Sim, sim... quem sou eu pra falar, não é mesmo? Você até pode argumentar isso. Afinal eu também já “caí na vida”. Mas tô bem longe de ser algo tão insano como você está hoje: dois seres completamente distintos.

Ele não é como eu. Somos muito, muito diferentes. E ainda bem, pq eu sou um puta dum louco que sofre pra diabo. Com ele tudo é mais fácil, vai ser mais fácil. É como se fossemos dois tipos diferentes da mesma planta. Uma cresce com muita água, a outra morre afogada com poucos pingos. O fruto delas tem sabor parecido, mas não igual. O que funcionou pra mim, não vai funcionar pra ele.

Você deixou marcas em mim. Elas são profundas. Eu nunca vou esquecer coisas horríveis que você me disse, no alto de sua “razão”. Eu não quero e não vou deixar que isso aconteça com ele.
Dá pra você perceber que as pessoas ao seu redor dependem de você? E não, não é de grana que eu tô falando. É da sua presença, da sua vontade, da sua postura, do seu exemplo.

Só que sendo dois, não tem como. Pois o lado ruim anula qualquer coisa que o lado bom possa fazer. Mexa-se, reaja. Você tem toda a capacidade do mundo pra isso, mas parece que se esqueceu. Ele precisa de você... eu não tomei seu lugar, nem nunca vou tomar. Mas cada dia que passa, ele te acha um monstro maior. E não se esqueça que eu e ele somos diferentes. Eu não me importo. Preocupo-me, mas isso é muito diferente de me importar. Mas ele não é assim. Ele guarda tudo, muito mais do que eu. As marcas dele serão piores que as minhas.

Põe a mão na consciência e percebe que fugiu do teu controle. Virou doença já. Os indícios estão aí, é só você querer enxergar. Você é inteligente, pode retomar as rédeas a qualquer momento. Mas tem de ser logo. Pq daqui a pouco não vai ter volta.

Você poderia ser o melhor. Mas parece escolher sempre ficar por baixo, querer menos. Ainda há tempo. Mude, mas mude radicalmente. Pois só uma nova estrutura, que suplante a atual em toda sua forma, poderá trazer algum ganho real na vida de todos nós.