sexta-feira, março 14, 2003

Remember the kings

Meu problema é que me importo. Ou melhor dizendo, me importava. Hoje estou simplesmente seguindo com a minha vida, fazendo meu trabalho, pagando minhas contas e tentando me divertir um pouco no caminho.
Mas antes, em outros tempos, deixei de fazer muita coisa na vida por pensar sempre nos outros, colocá-los sempre à frente quando estava tomando alguma decisão.
Dediquei muito de meu tempo a fatos e situações que não visavam o meu bem pessoal, mas sim uma melhoria da situação de um grupo maior ou de uma comunidade.

Claro, meus interesses estavam ali também. Não seria hipócrita a ponto de dizer que não achava que com o que eu estava fazendo não iria me dar bem. É evidente que a maioria das minhas ações tinham um foco muito objetivo: arrumar mulher. Tudo bem, eu sou bomzinho, tranqüilo, mas sou uma pessoa como qualquer outra, com desejos e anseios.

Mas, voltando ao assunto principal, muitas vezes eu coloquei o outro antes de mim. Foi assim quando eu tinha apenas 14 anos e decidi que seria presidente do Centro Cívico do colégio. Era como chamavam o Grêmio Estudantil na minha escola. E não houve quem tirasse a idéia da minha cabeça. E não havia ninguém que pudesse me impedir de alcançar o meu objetivo.

Fiz muita coisa no período em que estive na presidência. Certamente a maior parte das pessoas que conviveram comigo naquela época nem se lembra. Mas eu sei o que fiz, como fiz e o que sofri para que todos pudessem aproveitar as festas, os jogos interclasses ,os campos remarcados, as amarelinhas repintadas etc.

Depois de um tempo, já na universidade, passei a acreditar que realmente podia mudar algo fazendo a minha parte ali, no meu pequeno espaço. E assim me integrei a um grupo espetacular de pessoas e me tornei membro da diretoria do Centro Acadêmico.

Foi, como eu disse alguns posts atrás no meu discurso de formatura, uma época mágica, uma era de ouro. Que acabou melancolicamente, mas que valeu muito à pena quando é pensada agora. Aí surgiu outro desafio: fundar a Atlética.

Reunido com outro grupo espetacular, conseguimos montar literalmente do nada uma entidade e levá-la para um grande torneio universitário. Nos Jogos Universitários de Comunicação e Artes (JUCA) do ano passado, acho que passei alguns dos dias mais estressantes da minha vida. Fiquei varado quase três noites. Até natação eu disputei para que a PUC não tomasse nenhum W.O.

Mas valeu a pena. Mesmo que esse ano a galera que ficou por lá não consiga repetir o mesmo desempenho, o evento todo foi único. Aprendi pra caramba com tudo que vi, senti e vivi.

Estou escrevendo tudo isso por dois motivos. O primeiro é a motivação por um post que vi lá no Henrique, onde ele fala um pouco sobre isso, de ser considerado tonto por se importar com um bem maior.

O segundo motivo é que agora estou vivendo um momento em que não tenho muito pra me importar do que comigo mesmo. Preocupo-me ainda (e bastante) com meu irmãozinho. Ligo todo dia para saber como meu avô doente está, pergunto pra minha mãe se tudo tá legal em casa e se posso ajudá-la de alguma maneira... mas efetivamente, o que eu preciso pensar é se continuarei com meu emprego e se a grana vai dar pra pagar o aluguel no final do mês. E só.

Isso traz uma certa liberdade de pensamento e de movimento. Aquela coisa do “é problema meu e só meu”. Mas tô me sentindo em certa parte vazio, um pouco sem propósito. Me falta uma bandeira para lutar. Mas não é só isso que me incomoda. Será que se tivesse uma bandeira, eu a levantaria e seguiria na frente do exército como no passado?


O blóguiu tá dando pau, lá, lá, lá...

eu ODEIO quando isso acontece...
lá, lá, lá...

mas ando zen e não me importando com nada
lá, lá, lá...

quinta-feira, março 13, 2003

Hidden Dragons
Dois dias atrás, um amigo entrou pela sala e entre papos sobre amenidades, me disse que havia visto um fantasma pelas redondezas de nossa casa. Eu que pensava que aquele fantasma estava morto e enterrado, me deparei com aquela idéia maldita me assombrando novamente.

Num esforço hercúleo, expulsei o demônio de minha mente. Agarrei-me em tudo que podia, no que existia e não existia. Mas consegui escapar. E, o melhor, sem me deixar levar pela tentação que aquele espírito teimava em me trazer.


terça-feira, março 11, 2003

de novo, a capital do País

Mais uma viagem para Brasília, mais encheção de saco.
Meu, o que faz funcionário público ser tão chato? E pessoal de banco somado a funcionário público então? Malditos ranços da administração feudal portuguesa que continuam entre nós!

A única coisa boa é andar de avião, ver as luzes da paulicéia desvairada lá de cima e sonhar com dias mais simples. E andar pra cima e pra baixo de táxi na conta da firma...
hehehe