sexta-feira, julho 11, 2008

Heróis ao vivo

Alguém mais aí jogou Marvel Ultimate Alliance? Sem dúvida alguma, este é o melhor jogo de super-heróis já feito!

Com uma história envolvente, uma imensidão de personagens e inimigos legais de serem combatidos, o jogo traz aquele tipo de diversão pura e simples que lembra os velhos e bons tempos do NES e depois do SuperNES e Mega Drive, com games como Ninja Gaiden, Final Fight e Castle of Illusion e até mesmo Capitain America and the Avengers.

A tendência atual de jogos complexos demais é deixada um pouco de lado e valoriza-se a jogabilidade e emoção de poder controlar personagens como Wolverine, Capitão América, Homem-Aranha e até os improváveis Deadpool, Luke Cage e Mulher-Aranha.

Vale muito investir! Ou, se preferir as vias cada vez mais ilegais, procure pelos downloads da vida.

Fica a dica!

quinta-feira, julho 10, 2008

Beleza frutífera

A mulher mais comentada pela mídia e, aparentemente, mais cobiçada pelos homens no Brasil atual não é outra que não a avantajada Mulher Melancia. Que tem seguidoras dos mais diversos tipos: Jaca, Melão, Moranguinho...

O que todas essas mulheres têm em comum, além do fato de não serem o padrão de beleza das passarelas e editorias de moda? Elas são a síntese das mulheres de verdade do Brasil. Das mulheres que estão nos pontos de ônibus, nas escolas, padarias e escritórios.

Mulheres que não seguem a estética famélica que o mundo da moda tenta impor. E que mesmo assim são capas de “Playboy” e “Sexy”. Com isso, democratizam a beleza, dão a todas a possibilidade de se sentirem desejadas.

Algo que, na verdade das ruas, sempre aconteceu. As mulheres mais “carnudas”, como diz o povo, sempre foram as mais desejadas. De um ponto de vista até mesmo biológico, os homens tendem a procurar mulheres cuja configuração corpórea passe a idéia de que pode ser uma boa reprodutora – e uma das marcas são exatamente as coxas e a cintura mais largas.

Por isso, que surjam cada vez mais mulheres, sejam elas jacas, melões ou mesmo pepino – como aquelas com quem o Ronaldo Fenômeno se envolveu. Mas que não se esqueçam das mulheres-folhas, as tão lindas magrinhas, pois há lugar no mundo para todas as belezas.

Mas que fique claro: aqui, o apoio é dado a uma nova visão estética, menos travada e contra as exigências diabólicas de um tempo no qual a imagem vale mais do que a essência. E não ao excesso gritante de vulgaridade envolvido nas danças (?) e músicas (?) produzidas por essa fruteira toda. Disso, não se faz nem uma limonada.

terça-feira, julho 08, 2008

Um herói de verdade

UAU! Somente assim, com uma imensa interjeição, é possível descrever Batman – O Cavaleiro das Trevas. O filme que Christopher Nolan criou, junto com excelente elenco formado, essencialmente, por Christian Bale, Heath Ledger, Gary Oldman e Aaron Eckhart, leva as adaptações de quadrinhos para um outro patamar: o da realidade.

Não estamos falando aqui de produções como “300” ou “Sin City”, que levaram as HQs para a tela, reproduzindo cores e cenas fielmente. Em O Cavaleiro das Trevas, o que ocorre é a transposição para o mundo real (ou pelo menos tão real quanto o cinema permite) de todo um universo que até hoje havia existido apenas nas páginas e nos desenhos animados.

Acreditar em Batman, da forma pela qual ele é mostrado nesta produção, é algo simples, natural. Diferente de “Quarteto Fantástico” ou “O Incrível Hulk”, que partem do pressuposto de que é algo incrível e necessariamente irreal que está se passando, neste filme a idéia primeira é de que tudo aquilo poderia estar acontecendo ali do lado, em nossa própria vizinhança.

A realidade apresentada pelo filme é cruel, sofrida e dura. Tal qual aquela que vemos todos os dias. Pode parecer estranho dizer isso de um filme cujo personagem principal é um homem que se veste de morcego. Mas é possível porque Nolan se leva a sério. E leva o filme que fez mais a sério ainda.

Aqui não há espaço para brincadeiras espirituosas, como as que Tony Stark fez em “Homem de Ferro”. Bruce Wayne é um homem que não tem tempo para futilidades. Ele tem a missão árdua de limpar uma cidade suja até a alma e afundada no caos trazido por inimigo novo e letal. Trata-se de uma tarefa que o dilacera emocional e fisicamente, mas que precisa ser cumprida. No máximo, Wayne se esforça para manter seu disfarce.

O inimigo não é ninguém menos do que o Coringa, numa atuação monumental de Heath Ledger. Seu “palhaço” é doentio, verdadeiramente aterrador. É até macabro dizer, mas depois de assistir ao filme e vê-lo ter feito tão bem um personagem com tamanha dose de insanidade, pode-se tentar compreender o que o levou a uma overdose de medicamentos.

O Coringa aqui não é o “Príncipe Palhaço do Crime”, atacando com um martelo verde gigante. Este é o psicopata de “Asilo Arkham”. É o demente que mata o Robin com um pé de cabra em “Morte em Família”. É, como ele mesmo diz em uma cena, “uma força incontrolável”.

O vilão cria um clima soturno, uma dor na boca do estômago que teima em não passar até o final do filme. E nessa cruzada pró-caos, ele não está sozinho. Sem estragar nada para quem ainda vai assistir, digamos que O Cavaleiro das Trevas demonstra que a justiça tem muitas faces.

Mas é preciso dizer que não é só Heath Ledger quem se supera. Todos estão muito bem. A atuação segura de Christian Bale, por exemplo, é fundamental para o alcance da dramaticidade e verossimilhança que permeiam toda a película. Morgan Freeman e Michael Caine, coadjuvantes nos papéis de Lucius Fox e Alfred, respectivamente, possuem poucas falas. Mas todas são ótimas e realizadas com intensidade e sentimento.

Para os fãs de quadrinhos, fica a certeza de que – definitivamente - o nosso Batman ganhou vida. O Cavaleiro das Trevas faz jus ao nome que emprestou da obra-prima de Frank Miller. Não, não há temas daquela HQ. Mas o impacto que o filme deve trazer para um mercado inundado de adaptações de gibis é semelhante ao que foi criado no já longínquo ano de 1986, quando aquela revista foi lançada.

O sentimento é de que Gotham (e todos nós, como se lá vivêssemos) finalmente tem o herói que merece e que precisa. Batman vive e eu acredito nele.

segunda-feira, julho 07, 2008

A tal Lei Seca

O advento de uma nova regulamentação a respeito da tolerância (ou ausência dela, melhor dizendo) à combinação álcool e direção vem movimentando o noticiário e é, inevitavelmente, assunto de mesas de bar por todo o País.

Quem teve a oportunidade de dirigir por São Paulo à noite, no final de semana, já pode perceber claramente os efeitos da nova lei.

Aonde antes havia jovens alterados, com latinhas de cerveja às mãos, gritando e dirigindo de forma imprudente, agora se vê apenas tranqüilidade e até um bocado de silêncio. Essa era a cena nas imediações da Vila Olímpia, por volta da 1 da manhã de sábado.

Os donos de bares e casas noturnas podem até estar chateados. Mas que a lei está fazendo bem à população, isso é inegável. A diminuição do nível de estresse das pessoas no trânsito noturno é nítida.

Conversava dia desses com uma amiga que é cantora e trabalha na noite. Ela contava das atrocidades que já viu ao voltar para casa depois do trabalho, lá pelas 4 ou 5 da matina. E ela dizia também de como notou que estava bem mais fácil chegar após a introdução da lei. “O medo que eu passo ao atravessar um cruzamento, pensando que um louco bêbado passaria no vermelho, diminuiu bastante”, comentou.

O que os antagonistas dessa regra precisam se acostumar é a pensar que existe diversão mesmo sem álcool. E quem precisa desse combustível para se soltar, que procure um bom terapeuta e exorcize seus próprios fantasmas.

A saúde pública agradece, como mostra a pesquisa.