quarta-feira, novembro 05, 2003

Choices

Escolhas erradas na hora errada. Eu não aprendo mesmo... não posso fazer nada na hora do impulso, da raiva, quando meus olhos nublam e a consciência voa.

Mas faço, continuo fazendo e errando. Talvez um pouco menos do que no passado. Mas erros são erros, não dá para negá-los. Você os comete e o pior é aquele microsegundo depois, em que todo o processo que será desencadeado por sua ação torta vem à sua mente e é possível enxergar claramente todas as ramificações do ato.

Dói, não é?
Sim, dói. E de dor eu entendo bem mais do que gostaria.

segunda-feira, novembro 03, 2003

Um e apenas um

Apesar do desejo forte, da vontade indescritível, algo cria uma certa estática no fundo da minha mente.
Não acredito que eu esteja hoje mais disposto a compartilhar da minha vida do que estava no passado. Vejo amigos que namoram, que vivem uma vida integrada com seus respectivos parceiros. E isso me incomoda.
Por um lado, isto é um sintoma da realização pela qual passo atualmente. De não dar satisfação a ninguém, de ter minha vida, minha casa, de não ser ligado intimamente nada. Não me sentir preso de forma alguma.
Este era um objetivo que persegui por muito tempo. E demorou muito para que eu alcançasse este estágio. Dessa forma, não vou perdê-lo facilmente.

Outro fator é que, como diz aquele velho ditado, "Cachorro mordido de cobra tem medo de lingüiça". Ou seja, depois de me jogar no meio do furacão, me seguro fortemente antes de tentar qualquer outra coisa. É um elemento de defesa natural.
O último fator que me afasta de qualquer aprofundamento é, principalmente, meu isolamento natural das coisas e das pessoas. Sou solitário por natureza. Vivo no meu mundinho e não gosto de dividi-lo e nem de deixar ninguém entrar nele.

Assim sendo, esses fatores me fazem pisar no freio antes de tomar qualquer decisão. Antes de me jogar sem olhar para trás.

Eu penso demais nas possibilidades. Deveria ir e pronto. Só pra ver o que acontece.

Talvez eu vá.