quarta-feira, março 17, 2004

Mulheres e suas escolhas

É engraçado como na exposição da minha teoria sobre o desenvolvimento masculino (que pode ser conferida abaixo), acabaram vindo à tona pensamentos outros, sobre como mulheres (pelo menos muitas delas) procuram caras safados, sem-vergonha, toscos e afins.

De fato esta é uma tendência que percebo há tempos. Não tenho uma amiga que não tenha me dito pelo menos uma vez "ele não presta" ou "Acho que ele tá me sacaneando". Na grande maioria das vezes eu respondo que sim, realmente ele é um safado e esta sacaneando com ela. Pq eu também sou homem e sei como nossas mentes funcionam.

Este traço é tão marcante na personalidade feminina que pode ser encontrado em fatos dos mais inusitados. Outro dia, por exemplo, estava eu na aula e discutíamos o público-alvo de algumas histórias em quadrinhos (por ser essa a pauta da aula vcs vêm que não é exatamente algo, digamos assim, regular, que eu ando estudando).
Eis então que fico sabendo que quando era publicada pela editora Abril, a revista "A Espada Selvagem de Conan" tinha uma parcela considerável de sua audiência formada pelo público feminino.

Num primeiro momento poderia se pensar que isso ocorria pq o personagem principal é um cara bombadão que corre pra lá e pra cá de sunguinha. Mas não. Sabe pq a mulherada curte o bárbaro simério? Pq ele é um bad guy. ele xinga os próprios deuses, enche a cara, dá porrada em todo mundo. É o que se chamava antigamente de arruaceiro. E, além disso, trata mal tudo quanto é mulher.

É bizarro, mas a mulherada curtia essa história de ser pisada e tal. Como se isso expressasse algum tipo de virilidade por parte do homem.

Vamos reafirmar então, para que todas vocês não se esqueçam meninas: ISSO É RIDÍCULO!

Comportamentos como esse, de gostar de sofrer, de correr atrás de quem não presta, só demonstram falta de maturidade da parte de vocês. Entendam uma coisa: ninguém muda ninguém assim, do nada. Se o cara era um safado e, sem que você nem pedisse ele decidisse seguir por um caminho mais correto, tudo bem. Mas se você pensa que vai regenerar um cafajeste contumaz, sinceramente, você se ferrou.

Não sei que mecanismo interno faz com que as garotas ajam assim. Não sei se é uma revolta contra o pai, normalmente uma figura correta - então elas procuram um cara errado para chocar.
Ou talvez seja um algo no sentido materno... elas enxergam o cara como um menininho perdido que precisa de cuidados. Enfim... não importa o que seja, pq no final, quase que invariavelmente, elas acabam rodando.

Pensem e tentem evoluir desse esquema pequeno. Tem um monte de cara tranqüilo, legal e bonzinho por aí. Vocês não precisam sofrer. Procurem o entendimento, a calma e a harmonia. A felicidade está nas pequenas coisas: num dia bem vivido, sem traumas e discussões; num sorriso simples ou num abraço compreensivo.

Mas, acredito que vocês garotas só conseguem ver isso depois de um tempo e de uma certa maturidade. Só que isso já é assunto para um próximo texto.

A gente se fala...

segunda-feira, março 15, 2004

Do crescimento e desenvolvimento masculino

Em conversas com minhas amigas noto que uma das queixas mais freqüentes delas em relação aos homens é a falta de maturidade dos mesmos.

Ao pensar sobre o assunto e discutir diferenças entre o universo maculino e feminino com minha bela e sábia garota, cheguei a uma teoria: o que falta aos homens são momentos de definição.

Para as garotas existem inúmeros fatos que as definem enquanto mulheres. Que marcam a transição entre uma época ou outra. É o primeiro sutiã, a primeira menstruação...

Homem não tem disso. Você cresce e pronto. Se vira, negão!

Acho que vem daí essa dificuldade masculina em livrar-se de alguns resquícios infantis, de efetivamente encarar o mundo adulto, em especial no tocante a relacionamentos.
O crescimento acaba sendo lento e gradual demais.

Na minha visão, em termos gerais, só vamos abandonar em definitivo aquele sentimento pueril quando perdemos, de certa forma, a condição de filhos. Ou seja, quando passamos a ser nós os pais - ou, no mínimo, o marido.
O casamento (união de qualquer tipo, não precisa ser o casamento em sua forma mais tradicional) acaba sendo a marca definitiva de mudança.

É claro que trata-se de um explicação generalista, que a história de vida de cada pessoa pode gerar fatos definidores outros. Mas, na média, acredito que é assim que as coisas acontecem.

Que vocês acham, meninas? Concordam?
E vcs, marmanjos?