sexta-feira, outubro 17, 2003

As melhores coisas da vida

Sexo
Amigos
Cerveja gelada
Sexo
Conversa de bar
Mulheres
Sexo
Filme de adolescente da década de 80
Heavy e Hard Rock dos anos 80
Sexo
Beijo na boca
Cheiro de carro novo
Gibi novo
Livro novo
Sexo
Mulher gostosa
Centro de São Paulo aos domingos
Galeria do Rock
Sexo
Sofá e filme trash na TV
Viagem com os amigos
Sexo
Festa de formatura
Dormir
Comida boa
Mulheres
Churrascão
Loja de brinquedos
E, para finalizar, não menos importante:
SEXO

Vozes da cidade

São Paulo é uma cidade estranha. No começo é difícil de se situar por aqui. Eu morei aqui quando era muito pequeno, mas toda minha vida foi construída em Piracicaba, interior do estado. Voltei pra cá seis anos atrás e, logo que cheguei, chamava isso aqui de “filial do inferno”. Era assim que eu via. Aos poucos me deixei levar pelo charme sutil do contraste entre luz e trevas, entre limpeza e lixo.

Os becos do centro da cidade, os botecos das faculdades, a noite underground – cada coisa com sua maneira única de representar a vida da metrópole. Galeria do Rock, Avenida Paulista, Rua Augusta, Vila Olímpia. Forças antagônicas e ao mesmo tempo companheiras na evolução do monstro de concreto.

Dentro de mim, movimentos complexos também. Iniciando tudo o desejo de sair do marasmo e mesmice das cercanias interioranas. Depois veio a repulsa, a solidão que batia forte, o sentimento de impossibilidade. Então chegaram a empolgação, o deslumbramento, as idéias de loucura e perdição. Era a negação do passado em sua forma plena.

Hoje restou um pouco de tudo aquilo. É a hora do início da maturidade, da calma e da normalidade. Normal no sentido de aceitação e não de ser estático. Aceitando os lados bons e ruins.

Se por uma forma sinto-me preso e isolado por entre as entranhas dessa entidade de metal e vidro, por outro me alimento da fumaça que corre por ele. Muito de qualquer coisa sempre é demais. Então nem tanto o céu, nem tanto o mar. Um pé cá e outro lá. Seguindo como deve ser, sem negar nada nem ninguém. Apenas sendo. E vivendo. E sentindo.

quarta-feira, outubro 15, 2003

I'm just a little boy

Ainda me espanto com o quão ingênuo eu sou. Olhares, intenções, desejos... tudo passa tão desapercebido por mim, que agora – percebendo mais as coisas – vejo que devo ter deixado muita coisa legal passar por mim.
Sim, algumas eu tenho consciência. Foi franguice mesmo. Amarelei. “You’re a chicken, McFly!!”.
Mas muito mais deve ter acontecido por detrás das sombras e eu nem reparei.
O dito mundo “adulto” é um lugar estranho demais... não sei se estou preparado. Mas, por outro lado, quem de nós está?



segunda-feira, outubro 13, 2003

Soundtrack

Trilha sonora do dia e recado para mim mesmo.

Tente Outra Vez
Raul Seixas

Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez

Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não

Tente
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar, não não não não
Há uma voz que canta, uma voz que dança, uma voz que gira
Bailando no ar

Queira
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez

Tente
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez


domingo, outubro 12, 2003

É nóis!!




A realidade não anda freqüentando este espaço com tanta freqüência mais, porém não resisto a falar sobre a vitória do São Paulo sobre o Corinthians neste domingo, no Morumbi.

De uma partida ridiculamente fraca, já que ambos os times não possuem mais elenco ou habilidade para empolgar suas respectivas torcidas, o clássico se transformou em um jogo inesquecível, que deve marcar a arrancada tricolor rumo à classificação para a Taça Libertadores da América.

O primeiro tempo foi insosso. Nada vezes nada. Começa a segunda metade e logo ali, antes dos 20 minutos, Luis Fabiano – a maior estrela do São Paulo nos dias de hoje – é expulso. E o jogo muda.

O técnico Júnior, em sua segunda partida no comando do Corinthians, havia conseguido animar sua equipe na volta para a etapa final e com esta expulsão até pensou que poderia vencer. Mas do outro lado havia duas figuras que mudaram completamente a partida: Rogério Ceni e Fábio Simplício.

Numa arrancada, o meio-campo tricolor sofreu falta, que cobrada pelo capitão são-paulino resultou em gol do atacante-revelação Diego Tardelli. A vibração de Rogério após o gol parecia ter contaminado a equipe, que se manteve sólida na defesa e partiu para os contra-ataques – já que o Corinthians foi para o tudo ou nada.

Aí, em três minutos, o São Paulo matou o jogo. Carlos Alberto tabelou com Fábio
Simplício, que chegou ao fundo e cruzou. O próprio Carlos Alberto cabeceou para o gol vazio. 2 a zero tricolor. Porém, o melhor estava porvir. Mais uma vez Fábio Simplício partiu no contra-ataque, tocou para Diego Tardelli que esperou a passagem de Ricardinho, que dividiu com Fabinho e Rubinho, venceu e tocou de pé direito. Fábio Simplício coroou sua excelente partida com um gol de calcanhar.

Assim, o São Paulo voltou para a quarta posição no campeonato e vai com muita vontade para o jogo contra o The Stongest da Bolívia na quarta-feira, pela Copa Sul-Americana e também no sábado, contra o Goiás – pela próxima rodada do Brasileirão.

Força Tricolor!! Ano que vem estaremos de volta ao nosso lugar no panteão dos melhores da América – de onde jamais deveríamos ter saído.