It's a Bizarre World after all
Vejam que notícia exdrúxula (e até certo ponto triste) que vi na folha online. Pior que por aqui tem garota se vendendo por bem menos...
"Sandy", 21, peruana, quer vender virgindade para pagar estudos
da France Presse, em Santiago (Chile)
Uma universitária de 21 anos ofereceu publicamente na quarta-feira (14), através de um programa de rádio, perder sua virgindade com um homem que lhe dê dinheiro para financiar seus estudos em Santiago (Chile).
Hoje, "Sandy", que afirma ser peruana, declarou-se indecisa. "A idéia me assusta, tenho medo de encontrar uma oferta boa, se é que me atrevo, e estar com alguém que não conheço", disse a moça ao locutor Rumpy, da emissora "W "da capital chilena.
Na quarta-feira, "Sandy pediu que os interessados enviassem propostas ao email (sandy23303@hotmail.com).
As duas comunicações com a rádio foram por telefone e Rumpy as colocou no ar ao vivo em seu programa "El club del cangrejo" (O clube do caranguejo).
Necessidade
"Sandy" pede no mínimo 700 mil pesos chilenos (cerca de US$ 1.000) para vender sua virgindade.
Na segunda conversa, Rumpy comentou que essa soma poderia ser suficiente para acabar com suas dúvidas,e a estudante respondeu:
"Sim, mas mesmo assim dá medo ir até algo que não conheço. Óbvio que a pessoa sente terror. Mas quando há necessidade, há necessidade", disse ela.
"Preciso de dinheiro para ter minha casa e sustentar-me sozinha", disse a jovem, acrescentando que o eleito poderá comprovar sua virgindade "no dia da incursão".
"Sandy" disse ao locutor que poderia tomar a decisão na segunda-feira (19), após consultar as propostas no final de semana.
Rumpy animou no passado o programa "El chacotero sentimental" (o palhaço sentimental), que permitia que a audiência abordasse sem censura temas de sexo, tanto para consultas como para revelações.
Os relatos do programa inspiraram um filme homônimo, que tornou-se o maior sucesso de bilheteria chileno há alguns anos.
sexta-feira, maio 16, 2003
Não resisti
Tinha parado com os testes, mas esse que a supreendente Mo me mandou foi muito bom.
E aí, vcs acham isso de mim?

Você é "O sétimo selo" de Ingmar Bergman. Você é intelectual, preocupado com ocultismos. E além de tudo é um mistério!!
Faça você também Que
bom filme é você? Uma criação de
O
Mundo Insano da Abyssinia
Tinha parado com os testes, mas esse que a supreendente Mo me mandou foi muito bom.
E aí, vcs acham isso de mim?

Você é "O sétimo selo" de Ingmar Bergman. Você é intelectual, preocupado com ocultismos. E além de tudo é um mistério!!
Faça você também Que
bom filme é você? Uma criação de
Mundo Insano da Abyssinia
Preparando a mudança
Quando menos esperava, percebeu que algo havia mudado. Era como se o mundo que via estivesse em outro ritmo, outra sintonia. Um sentimento crescia dentro dele, mas não era possível de ser explicado, não ali onde ele estava.
O grande salão era escuro e frio. A solidão, tremenda. Mas mesmo assim ele conseguiu sentir a mudança. Estava integrando-se com o meio. Passou tanto tempo nas sombras que havia se tornado uma delas. Ao mesmo tempo em que isso lhe trazia paz, o preocupava. Será que se, subitamente, as portas lhe fossem abertas, teria coragem de sair. E mais, será que iria querer?
Por mais complicado que fosse estar ali, a solidão era de alguma forma aconchegante. Não havia ninguém, mas não havia problemas também. Era só quietude e alienação.
Ele tinha medo de não mais conseguir compartilhar das coisas e, mais ainda, tinha pavor de não mais conseguir compartilhar de si próprio.
Mas a mudança estava ali, no canto dos olhos, no limiar da existência. Ela estava chegando e não havia nada a fazer que não aguardá-la e, na hora exata, vivenciá-la em sua plenitude.
Quando menos esperava, percebeu que algo havia mudado. Era como se o mundo que via estivesse em outro ritmo, outra sintonia. Um sentimento crescia dentro dele, mas não era possível de ser explicado, não ali onde ele estava.
O grande salão era escuro e frio. A solidão, tremenda. Mas mesmo assim ele conseguiu sentir a mudança. Estava integrando-se com o meio. Passou tanto tempo nas sombras que havia se tornado uma delas. Ao mesmo tempo em que isso lhe trazia paz, o preocupava. Será que se, subitamente, as portas lhe fossem abertas, teria coragem de sair. E mais, será que iria querer?
Por mais complicado que fosse estar ali, a solidão era de alguma forma aconchegante. Não havia ninguém, mas não havia problemas também. Era só quietude e alienação.
Ele tinha medo de não mais conseguir compartilhar das coisas e, mais ainda, tinha pavor de não mais conseguir compartilhar de si próprio.
Mas a mudança estava ali, no canto dos olhos, no limiar da existência. Ela estava chegando e não havia nada a fazer que não aguardá-la e, na hora exata, vivenciá-la em sua plenitude.
quinta-feira, maio 15, 2003
"A Paz... invadiu o meu coração"
Vocês perceberam como o dia hoje amanheceu mais calmo, sereno, como tudo parecia mais claro e no seu devido lugar?
Foi como se a cidade, que sempre é tão cinzenta e taciturna, de repente abrisse seus braços e se dispusesse a abraçar seus filhos, terna e placidamente.
E havia motivo para tanta festa...
O CORINTHIANS SE FERROU!!!
huahuahuhuahuahuhuahua
Dá-le River!!! E com a presença soberana do tricolor Ameli na zaga!!
Cantem todos comigo: "puta que o pariu, Libertadores o Corinthians nunca viu"
Chorem mesmo, gambás... vocês nasceram pra sofrer!!!
Vocês perceberam como o dia hoje amanheceu mais calmo, sereno, como tudo parecia mais claro e no seu devido lugar?
Foi como se a cidade, que sempre é tão cinzenta e taciturna, de repente abrisse seus braços e se dispusesse a abraçar seus filhos, terna e placidamente.
E havia motivo para tanta festa...
O CORINTHIANS SE FERROU!!!
huahuahuhuahuahuhuahua
Dá-le River!!! E com a presença soberana do tricolor Ameli na zaga!!
Cantem todos comigo: "puta que o pariu, Libertadores o Corinthians nunca viu"
Chorem mesmo, gambás... vocês nasceram pra sofrer!!!
quarta-feira, maio 14, 2003
Horóscopo
Olha só... eu tava lendo o Epinion, da inteligentíssima Paula Foschia, um blog que cresceu e tornou-se praticamente uma revista (muito melhor do que a imensa maioria das revistas, isso é fato) e vi uma coluna falando de astrologia. Lá, a colunista Flávia Faustini dá dicas às meninas de como lidar com os homens de cada signo.
Achei bastante pertinente e copio o texto referente ao meu signo. É mais ou menos isso mesmo, meninas...
Sagitário: Sofisticadíssimo. Prepare-se para fins de semana prolongados no exterior e jantares caros. Uma libriana que conheço namorou um sagitariano que tirava onda, contando suas antigas conquistas amorosas(!). Parlapatão, vai prometer a Lua pra você. A boa notícia é que, geralmente, eles cumprem as promessas que fazem, nem que seja pelo prazer da aventura. A grande vantagem é que não tem problema se vocês moram longe um do outro: sagitarianos têm o melhor programa de milhagens do zodíaco. Mais um que deve ser conquistado pela cabeça: seja tão bravatosa quanto ele. Pra chamar a atenção, vista-se com roupas caras, não necessariamente bem vestida.
Personagem: Mr. Big, do Sex & the City; Hannibal Lecter, nos momentos de finesse (ei, nem todos são psicopatas!).
Olha só... eu tava lendo o Epinion, da inteligentíssima Paula Foschia, um blog que cresceu e tornou-se praticamente uma revista (muito melhor do que a imensa maioria das revistas, isso é fato) e vi uma coluna falando de astrologia. Lá, a colunista Flávia Faustini dá dicas às meninas de como lidar com os homens de cada signo.
Achei bastante pertinente e copio o texto referente ao meu signo. É mais ou menos isso mesmo, meninas...
Sagitário: Sofisticadíssimo. Prepare-se para fins de semana prolongados no exterior e jantares caros. Uma libriana que conheço namorou um sagitariano que tirava onda, contando suas antigas conquistas amorosas(!). Parlapatão, vai prometer a Lua pra você. A boa notícia é que, geralmente, eles cumprem as promessas que fazem, nem que seja pelo prazer da aventura. A grande vantagem é que não tem problema se vocês moram longe um do outro: sagitarianos têm o melhor programa de milhagens do zodíaco. Mais um que deve ser conquistado pela cabeça: seja tão bravatosa quanto ele. Pra chamar a atenção, vista-se com roupas caras, não necessariamente bem vestida.
Personagem: Mr. Big, do Sex & the City; Hannibal Lecter, nos momentos de finesse (ei, nem todos são psicopatas!).
terça-feira, maio 13, 2003
O último teste pq eu cansei
Cansei e não curti nem um pouco o resultado desse. Vi esse teste no blog da minha queridíssima Mila.
Porra, mas Vampira é foda, hein???!

You are Rogue!
You are sexy and strong willed, and able to take on
just about anyone. You long for a serious
relationship, but whenever you begin to get
close to someone things always seem to take
turns for the worse. But you have dealt with
this lack of closeness with an almost constant
flirtacious behavior.
Which X-Men character are you most like?
brought to you by Quizilla
Cansei e não curti nem um pouco o resultado desse. Vi esse teste no blog da minha queridíssima Mila.
Porra, mas Vampira é foda, hein???!

You are Rogue!
You are sexy and strong willed, and able to take on
just about anyone. You long for a serious
relationship, but whenever you begin to get
close to someone things always seem to take
turns for the worse. But you have dealt with
this lack of closeness with an almost constant
flirtacious behavior.
Which X-Men character are you most like?
brought to you by Quizilla
"Jerry!!!"
hahuahuahuahua
Esse foi o mlehor teste... acho que o que me definiu melhor (e acabou confirmando o teste aí debaixo). Vcs acham que tá certa essa resposta que me foi dada?
O teste é Qual personagem do Seinfeld você é?

Que personagem do Seinfeld é você?
Trazido a você por Blog do Idiota
hahuahuahuahua
Esse foi o mlehor teste... acho que o que me definiu melhor (e acabou confirmando o teste aí debaixo). Vcs acham que tá certa essa resposta que me foi dada?
O teste é Qual personagem do Seinfeld você é?

Que personagem do Seinfeld é você?
Trazido a você por Blog do Idiota
segunda-feira, maio 12, 2003
Mais um teste
Uma amiguinha nova e muito interessante que eu fiz por aí me mandou esse teste. Dêem uma olhada!
Você é louco? por Alito
Uma amiguinha nova e muito interessante que eu fiz por aí me mandou esse teste. Dêem uma olhada!

Você é louco? por Alito
Para não dizer que não falei de flores
Olá, caros amigos, leitores novos e eventuais. As coisas continuam complicadas aqui na torre de vidro, de onde vejo a corrente passar pela principal veia do dragão Paulistânio.
Como não estou podendo escrever muito, tô fazendo uns testes que vi no Jesus me chicoteia
Mando o resultado do primeiro... acho que o Cury (que anda sumido dos comentários e o pessoal até pergunta por ele...) vai gostar bastante. O teste mostra pra onde eu iria no Inferno de Dante. Vejam só:
The Dante's Inferno Test has banished you to the Second Level of Hell!
Here is how you matched up against all the levels:
Take the Dante's Divine Comedy Inferno Test
You have come to a place mute of all light, where the wind bellows as the sea does in a tempest. This is the realm where the lustful spend eternity. Here, sinners are blown around endlessly by the unforgiving winds of unquenchable desire as punishment for their transgressions. The infernal hurricane that never rests hurtles the spirits onward in its rapine, whirling them round, and smiting, it molests them. You have betrayed reason at the behest of your appetite for pleasure, and so here you are doomed to remain. Cleopatra and Helen of Troy are two that share in your fate.
ehhehe
engraçadinho, né? É... "I'm so full of lust.." huahuahuahuahuhua
Hasta!
Olá, caros amigos, leitores novos e eventuais. As coisas continuam complicadas aqui na torre de vidro, de onde vejo a corrente passar pela principal veia do dragão Paulistânio.
Como não estou podendo escrever muito, tô fazendo uns testes que vi no Jesus me chicoteia
Mando o resultado do primeiro... acho que o Cury (que anda sumido dos comentários e o pessoal até pergunta por ele...) vai gostar bastante. O teste mostra pra onde eu iria no Inferno de Dante. Vejam só:
The Dante's Inferno Test has banished you to the Second Level of Hell!
Here is how you matched up against all the levels:
Level | Score |
---|---|
Purgatory (Repenting Believers) | Very Low |
Level 1 - Limbo (Virtuous Non-Believers) | Very Low |
Level 2 (Lustful) | Very High |
Level 3 (Gluttonous) | High |
Level 4 (Prodigal and Avaricious) | High |
Level 5 (Wrathful and Gloomy) | High |
Level 6 - The City of Dis (Heretics) | Low |
Level 7 (Violent) | High |
Level 8- the Malebolge (Fraudulent, Malicious, Panderers) | Very High |
Level 9 - Cocytus (Treacherous) | High |
Take the Dante's Divine Comedy Inferno Test
You have come to a place mute of all light, where the wind bellows as the sea does in a tempest. This is the realm where the lustful spend eternity. Here, sinners are blown around endlessly by the unforgiving winds of unquenchable desire as punishment for their transgressions. The infernal hurricane that never rests hurtles the spirits onward in its rapine, whirling them round, and smiting, it molests them. You have betrayed reason at the behest of your appetite for pleasure, and so here you are doomed to remain. Cleopatra and Helen of Troy are two that share in your fate.
ehhehe
engraçadinho, né? É... "I'm so full of lust.." huahuahuahuahuhua
Hasta!
sexta-feira, maio 09, 2003
Tentativas
Uma coisa temos de ter em mente: sonhar sempre é bom... o sonho sim, é o motor da alma... é o que nos faz seguir em frente nesse mundo insano. Mas o perigo é perder o pé da realidade e não conseguir retomar a caminhada. Há sempre que se tentar colocar aquilo que desejamos mais internamente em prática.
Tentar, tentar sempre. Sempre que surgir a dúvida, encare... meta o pé! Pois aí, você terá ido e tentado... e se tiver competência e vontade, pode conseguir voltar. É muito mais fácil voltar (se você sai bem de uma situação) do que bater na porta de alguém na cara e na coragem.
Nada é pior do que conviver com a dúvida do "e se?".
Uma coisa temos de ter em mente: sonhar sempre é bom... o sonho sim, é o motor da alma... é o que nos faz seguir em frente nesse mundo insano. Mas o perigo é perder o pé da realidade e não conseguir retomar a caminhada. Há sempre que se tentar colocar aquilo que desejamos mais internamente em prática.
Tentar, tentar sempre. Sempre que surgir a dúvida, encare... meta o pé! Pois aí, você terá ido e tentado... e se tiver competência e vontade, pode conseguir voltar. É muito mais fácil voltar (se você sai bem de uma situação) do que bater na porta de alguém na cara e na coragem.
Nada é pior do que conviver com a dúvida do "e se?".
quarta-feira, maio 07, 2003
Amor à Camisa
Hoje tem São Paulo X Goiás, pela Copa do Brasil. O Tricolor ainda se recupera da perda de seu comandante, Oswaldo de Oliveira, que foi demitido na noite do último sábado. O comando da equipe está com Roberto Rojas, que é treinador de goleiros do clube há mais de 15 anos. Muitos estão receosos por um interino estar à frente do time. Porém, se os jogadores entrarem com o espírito do camisa 10 são-paulino, Ricardinho, o alviverde goiano que se prepare pois o chumbo vai ser grosso. Sintam só a declaração do homem para a Gazeta Esportiva.net
'Independente de quem vai estar no banco, quem vai jogar é o São Paulo', disse Ricardinho, enchendo a boca na hora de pronunciar o nome do time. 'Seja no futebol ou no pingue-pongue, o São Paulo é sempre o São Paulo', concluiu.
Hoje tem São Paulo X Goiás, pela Copa do Brasil. O Tricolor ainda se recupera da perda de seu comandante, Oswaldo de Oliveira, que foi demitido na noite do último sábado. O comando da equipe está com Roberto Rojas, que é treinador de goleiros do clube há mais de 15 anos. Muitos estão receosos por um interino estar à frente do time. Porém, se os jogadores entrarem com o espírito do camisa 10 são-paulino, Ricardinho, o alviverde goiano que se prepare pois o chumbo vai ser grosso. Sintam só a declaração do homem para a Gazeta Esportiva.net
'Independente de quem vai estar no banco, quem vai jogar é o São Paulo', disse Ricardinho, enchendo a boca na hora de pronunciar o nome do time. 'Seja no futebol ou no pingue-pongue, o São Paulo é sempre o São Paulo', concluiu.
segunda-feira, maio 05, 2003
Mr. Boca goes to Washin... errr... Brasília, mesmo
Ah... mais um dia passado na capital do País (a cidade universitária superdimensionada)... tô só o pó!! Tô com várias idéias, várias coisas para escrever, mas não vai dar tão cedo... vou entrar num esquema louco aí no trampo, que vai tomar muito do meu tempo e - principalmente - da minha força.
Pelo jeito, nas duas próximas semanas, vão ser só textos curtos, reescritos ou coisas do gênero...
Mal aí, poucos, mas fiéis leitores. Vou tentar fazer o máximo de coisas novas possível.
------------------
Auto-ajuda para mim mesmo
Como lidar com o fracasso de não fazer quem você mais gosta feliz? E, pior ainda, fazer esta pessoa sofrer?
A falha não é algo com que as pessoas lidem bem. Há aqueles que se fecham, há outros que fazem do erro combustível para seguir em frente com mais força...
Mas não existe fórmula exata para a resolução desse problema. O lance é tentar ser o mais correto possível...
Porém, isso exige auto-conhecimento. E, muitas vezes, ao se confrontar consigo mesmo, percebe-se que o seu lado negro interior é muito maior do que você prórpio imaginava... que as máscaras criadas para o seu convívio em sociedade estão enfiadas em sua alma tão fortemente, que confundem-se com sua essência., chegando num ponto em que não se sabe mais o que é verdade e o que é apenas encenação.
Tenho um velho amigo que uma vez me disse que essa histórias de "máscaras" são meio que uma falácia... ninguém é "plano", possui apenas uma dimensão. Todos temos reações boas e ruins, podemos ser altruístas ou egoístas... ninguém é só uma coisa ou outra. Ele diz isso pq é um cara muito sábio... Para nós, pobres mortais perdidos nesse mundo sujo, lidar com as prórpias dicotomias ';e algo realmente complexo.
Imagina então quando resolvemos compartilhar da nossa vida com alguém? Mas vamos seguindo... pq quem fica parado é poste, como diz o outro.
Errando e aprendendo a cada dia...
Ah... mais um dia passado na capital do País (a cidade universitária superdimensionada)... tô só o pó!! Tô com várias idéias, várias coisas para escrever, mas não vai dar tão cedo... vou entrar num esquema louco aí no trampo, que vai tomar muito do meu tempo e - principalmente - da minha força.
Pelo jeito, nas duas próximas semanas, vão ser só textos curtos, reescritos ou coisas do gênero...
Mal aí, poucos, mas fiéis leitores. Vou tentar fazer o máximo de coisas novas possível.
------------------
Auto-ajuda para mim mesmo
Como lidar com o fracasso de não fazer quem você mais gosta feliz? E, pior ainda, fazer esta pessoa sofrer?
A falha não é algo com que as pessoas lidem bem. Há aqueles que se fecham, há outros que fazem do erro combustível para seguir em frente com mais força...
Mas não existe fórmula exata para a resolução desse problema. O lance é tentar ser o mais correto possível...
Porém, isso exige auto-conhecimento. E, muitas vezes, ao se confrontar consigo mesmo, percebe-se que o seu lado negro interior é muito maior do que você prórpio imaginava... que as máscaras criadas para o seu convívio em sociedade estão enfiadas em sua alma tão fortemente, que confundem-se com sua essência., chegando num ponto em que não se sabe mais o que é verdade e o que é apenas encenação.
Tenho um velho amigo que uma vez me disse que essa histórias de "máscaras" são meio que uma falácia... ninguém é "plano", possui apenas uma dimensão. Todos temos reações boas e ruins, podemos ser altruístas ou egoístas... ninguém é só uma coisa ou outra. Ele diz isso pq é um cara muito sábio... Para nós, pobres mortais perdidos nesse mundo sujo, lidar com as prórpias dicotomias ';e algo realmente complexo.
Imagina então quando resolvemos compartilhar da nossa vida com alguém? Mas vamos seguindo... pq quem fica parado é poste, como diz o outro.
Errando e aprendendo a cada dia...
domingo, maio 04, 2003
Ajudinhas
Por mais incrível que isso possa parecer (sem falsa modéstia), eu sou muito procurado pelas pessoas para dar conselhos. Sei lá...
eu acho que sou um bom ouvinte e que consigo manter um certo distanciamento, o que me ajuda a fazer análises mais apuradas. Isso, eu acredito, é fruto (é claro) dos anos na faculdade de jornalismo, do meu tempo estudando Judô (eu estudava, não lutava simplesmente... é bem diferente) e de uma característica pessoal mesmo, de ficar mais quieto e analisando tudo e todos ao meu redor.
Dessa forma, com o passar do tempo, eu acabei juntando algumas frases, pensamentos, que usei para tentar auxiliar meus amigos na caminhada da vida. Vou começar a colocá-los por aqui... pode ser que ajude mais gente... e quem sabe depois eu não junto todos eles e lanço um livro de auto-ajuda?? :-)
A realidade não depende exclusivamente das suas ações. Por isso, mesmo que você faça tudo certo, as coisas podem dar errado. E você tem que aprender a conviver com isso.
Por mais incrível que isso possa parecer (sem falsa modéstia), eu sou muito procurado pelas pessoas para dar conselhos. Sei lá...
eu acho que sou um bom ouvinte e que consigo manter um certo distanciamento, o que me ajuda a fazer análises mais apuradas. Isso, eu acredito, é fruto (é claro) dos anos na faculdade de jornalismo, do meu tempo estudando Judô (eu estudava, não lutava simplesmente... é bem diferente) e de uma característica pessoal mesmo, de ficar mais quieto e analisando tudo e todos ao meu redor.
Dessa forma, com o passar do tempo, eu acabei juntando algumas frases, pensamentos, que usei para tentar auxiliar meus amigos na caminhada da vida. Vou começar a colocá-los por aqui... pode ser que ajude mais gente... e quem sabe depois eu não junto todos eles e lanço um livro de auto-ajuda?? :-)
A realidade não depende exclusivamente das suas ações. Por isso, mesmo que você faça tudo certo, as coisas podem dar errado. E você tem que aprender a conviver com isso.
sábado, maio 03, 2003
X2: A Hora dos Mutantes
Escrevi uma crítica sobre o melhor filme que vi este ano (sem brincadeira!!), X2, a segunda película trazendo os mutantes da Marvel.
Cliquem aqui e vão lá ler. Vai, vai... Tão esperando o quê??
:-)
Escrevi uma crítica sobre o melhor filme que vi este ano (sem brincadeira!!), X2, a segunda película trazendo os mutantes da Marvel.
Cliquem aqui e vão lá ler. Vai, vai... Tão esperando o quê??
:-)
sexta-feira, maio 02, 2003
Dominando a Besta
Quando chegou, a visão de toda aquela gente e do mar de edifícios o assustou. Ele sabia que ali era seu lugar e que tinha que achar seu caminho. Sobreviver era necessário. Para que seus sonhos tornassem-se reais, seria preciso agüentar muito, de tudo e de todos.
E ele era um grande sonhador. Sempre foi. Era a sua válvula de escape. Nunca foi muito querido quando pequeno. Não pela família, que o amava loucamente . Mas pelos colegas. Crianças podem - e sabem - ser cruéis quando querem. Sofreu muito por ser diferente.
Isso é interessante de se dizer. Como o ambiente tem uma influência decisiva sobre as pessoas. Ele foi considerado diferente durante a maior parte de sua vida, mas teve uma reação positiva em relação a isso. A força para suportar os olhares tortos das outras crianças fez dele um homem preparado para enfrentar a maioria dos desafios que a vida traria com o passar do tempo. Essa força vinha de seus sonhos. Vinha da energia retirada de um mundo que era só seu.
Agora, o desafio era outro. A grande metrópole o tragava, e ameaçava dilacerá-lo. Chamava aquele lugar de “filial do inferno”. Não conseguia se sentir a vontade ali. Faltava-lhe algo sempre. Era muito difícil suportar a pressão. Mas ele, no fundo, sempre soube que tinha obrigação de estar ali. Que não havia escapatória. Era isso ou o limbo do obscurantismo e da mediocridade. E ele sempre foi um líder, não podia se rebaixar e não suportava errar.
Então decidiu parar com a frescura e chamar o monstro pra briga: “Um de nós vai cair aos pés do outro, e certamente não serei eu!”, disse do alto de um dos maiores edifícios, de onde podia ver quase toda a cidade.
Aos poucos foi se ambientando. Ia caminhando por dentro das veias daquele mamute de concreto e, como um vírus, espalhava-se rapidamente. Conquistava novos territórios a cada dia. Nada escapava de seus olhos e ouvidos atentos. Seu quintal crescia a cada dia.
Hoje, já se sente em casa em grande parte daquela, agora, vila. Mas percebeu que a apropriação de novos espaços é constante. Talvez quando estiver mais velho - bem mais velho - e a sede de conhecimento tiver diminuído, ou até mesmo acabado, ele sossegue. Talvez até volte para aquele rincão de onde saiu... E ao invés de buscar o saber, passe a compartilhá-lo.
Quando chegou, a visão de toda aquela gente e do mar de edifícios o assustou. Ele sabia que ali era seu lugar e que tinha que achar seu caminho. Sobreviver era necessário. Para que seus sonhos tornassem-se reais, seria preciso agüentar muito, de tudo e de todos.
E ele era um grande sonhador. Sempre foi. Era a sua válvula de escape. Nunca foi muito querido quando pequeno. Não pela família, que o amava loucamente . Mas pelos colegas. Crianças podem - e sabem - ser cruéis quando querem. Sofreu muito por ser diferente.
Isso é interessante de se dizer. Como o ambiente tem uma influência decisiva sobre as pessoas. Ele foi considerado diferente durante a maior parte de sua vida, mas teve uma reação positiva em relação a isso. A força para suportar os olhares tortos das outras crianças fez dele um homem preparado para enfrentar a maioria dos desafios que a vida traria com o passar do tempo. Essa força vinha de seus sonhos. Vinha da energia retirada de um mundo que era só seu.
Agora, o desafio era outro. A grande metrópole o tragava, e ameaçava dilacerá-lo. Chamava aquele lugar de “filial do inferno”. Não conseguia se sentir a vontade ali. Faltava-lhe algo sempre. Era muito difícil suportar a pressão. Mas ele, no fundo, sempre soube que tinha obrigação de estar ali. Que não havia escapatória. Era isso ou o limbo do obscurantismo e da mediocridade. E ele sempre foi um líder, não podia se rebaixar e não suportava errar.
Então decidiu parar com a frescura e chamar o monstro pra briga: “Um de nós vai cair aos pés do outro, e certamente não serei eu!”, disse do alto de um dos maiores edifícios, de onde podia ver quase toda a cidade.
Aos poucos foi se ambientando. Ia caminhando por dentro das veias daquele mamute de concreto e, como um vírus, espalhava-se rapidamente. Conquistava novos territórios a cada dia. Nada escapava de seus olhos e ouvidos atentos. Seu quintal crescia a cada dia.
Hoje, já se sente em casa em grande parte daquela, agora, vila. Mas percebeu que a apropriação de novos espaços é constante. Talvez quando estiver mais velho - bem mais velho - e a sede de conhecimento tiver diminuído, ou até mesmo acabado, ele sossegue. Talvez até volte para aquele rincão de onde saiu... E ao invés de buscar o saber, passe a compartilhá-lo.
quinta-feira, maio 01, 2003
Superman's Song
Crash Test Dummies
Tarzan wasn't a ladies' man
He'd just come along and scoop 'em up under his arm
Like that, quick as a cat in the jungle
But Clark Kent, now there was a real gent
He would not be caught sittin' around in no
Junglescape, dumb as an ape doing nothing
[CHORUS]
Superman never made any money
For saving the world from Solomon Grundy
And sometimes I despair the world will never see
Another man like him
Hey Bob, Supe had a straight job
Even though he could have smashed through any bank
In the United States, he had the strength, but he would now
Folks said his family were all dead
Their planet crumbled but Superman, he forced himself
To carry on, forget Krypton, and keep going
Tarzan was king of the jungle and Lord over all the apes
But he could hardly string together four words: "I Tarzan, You Jane."
Sometimes when Supe was stopping crimes
I'll bet that he was tempted to just quit and turn his back
On man, join Tarzan in the forest
But he stayed in the city, and kept on changing clothes
In dirty old phonebooths till his work was through
And nothing to do but go on home
Crash Test Dummies
Tarzan wasn't a ladies' man
He'd just come along and scoop 'em up under his arm
Like that, quick as a cat in the jungle
But Clark Kent, now there was a real gent
He would not be caught sittin' around in no
Junglescape, dumb as an ape doing nothing
[CHORUS]
Superman never made any money
For saving the world from Solomon Grundy
And sometimes I despair the world will never see
Another man like him
Hey Bob, Supe had a straight job
Even though he could have smashed through any bank
In the United States, he had the strength, but he would now
Folks said his family were all dead
Their planet crumbled but Superman, he forced himself
To carry on, forget Krypton, and keep going
Tarzan was king of the jungle and Lord over all the apes
But he could hardly string together four words: "I Tarzan, You Jane."
Sometimes when Supe was stopping crimes
I'll bet that he was tempted to just quit and turn his back
On man, join Tarzan in the forest
But he stayed in the city, and kept on changing clothes
In dirty old phonebooths till his work was through
And nothing to do but go on home
quarta-feira, abril 30, 2003
Somebody save me
Argh!! Vai... eu vou passar o feriadão inteiro em Sampa. Sexta tenho que trabalhar e segunda bem cedo tenho que ir pra Brasília.
Minha casa tá reformando e tá parecendo Bagdá.
A grana tá curta e por isso não tem muito como fugir.
Alguém me dá uma luz, pq tá bem foda? Vai, qquer coisa tá valendo... quem mais estiver preso aqui na capitarrrr, avisa e vamos combinar de fazer uma zoeira qquer... Sério mesmo, povo. Tô esperando os convites.
Argh!! Vai... eu vou passar o feriadão inteiro em Sampa. Sexta tenho que trabalhar e segunda bem cedo tenho que ir pra Brasília.
Minha casa tá reformando e tá parecendo Bagdá.
A grana tá curta e por isso não tem muito como fugir.
Alguém me dá uma luz, pq tá bem foda? Vai, qquer coisa tá valendo... quem mais estiver preso aqui na capitarrrr, avisa e vamos combinar de fazer uma zoeira qquer... Sério mesmo, povo. Tô esperando os convites.
A Caixa
Final
SALA
Ao sair da cozinha, Paulinha vê os dois truculentos se esforçando para abrir a caixa com o pé de cabra e Valda entrando pela porta com uma galinha morta numa mão e uma vela vermelha na outra.
Sheila, sua amiga, está no sofá com o cão Átila no colo.
No canto da sala, João olha, com a mão no queixo, tentando entender o que acontece em sua casa. Ela vai até ele e oferece o pouco de água que ainda resta no copo.
Ele agradece, mas recusa. Ela olha para ele com um sorriso tímido e ele faz o mesmo.
Sheila, olhando de canto, levanta-se e vai até a caixa.
SHEILA: Mas vocês são muito burros não? Olha aqui do lado. Está escrito “To open press the button”.
MINOTAURO: E que diabos quer dizer isso???
CARLÃO: E desde quando você fala inglês?
SHEILA: Não falo. Mas isso tava escrito na caixa do emagrecedor elétrico que eu comprei...
Nesse momento Chiquinho volta da cozinha, Juliana atrás dele arrumando a roupa.
CHIQUINHO: Então dá licença que isso é serviço pra profissional.
Chiquinho aperta o botão e a caixa se abre.
Ao abrir, o apito fica ainda mais alto.
Todos em volta olham e vêem um relógio digital com os números em vermelho: 3....2....1....
RUA MOSTRANDO A JANELA DO PRÉDIO
BUUUUUUUUUUMM!!!
Janela e todo o prédio explodem.
-Corte –
Televisão mostrando o telejornal.
Locutor: O Comando Vermelho assumiu a autoria do atentado na tarde de hoje no Edifício Casa Branca no Rio de Janeiro que destruiu 10 quarteirões em Copacabana.
BAGDÁ – IRAQUE – UM BUNKER SUBTERRÂNEO
Saddam e seus conselheiros estão na sala de reunião, ele dirige a palavra especialmente a um deles que está de pé.
SADDAM: Washington já era para estar em chamas. Se essa bomba não explodir, eu pessoalmente vou tirar o seu coração com uma colher.
Um secretário de Saddam entra na sala e entrega correspondência para o presidente.
É uma carta da FedEx e lê-se:
Obrigado por escolher a FedEx, por um problema nosso a sua correspondência foi extraviada mas estamos fazendo todos os esforços para encontrá-la. Desculpe pelo transtorno. Para mais informações ligue no SAC da FedEX pelo 0800.
Entra créditos tocando a música do Elvis: “Return to sender”
Final
SALA
Ao sair da cozinha, Paulinha vê os dois truculentos se esforçando para abrir a caixa com o pé de cabra e Valda entrando pela porta com uma galinha morta numa mão e uma vela vermelha na outra.
Sheila, sua amiga, está no sofá com o cão Átila no colo.
No canto da sala, João olha, com a mão no queixo, tentando entender o que acontece em sua casa. Ela vai até ele e oferece o pouco de água que ainda resta no copo.
Ele agradece, mas recusa. Ela olha para ele com um sorriso tímido e ele faz o mesmo.
Sheila, olhando de canto, levanta-se e vai até a caixa.
SHEILA: Mas vocês são muito burros não? Olha aqui do lado. Está escrito “To open press the button”.
MINOTAURO: E que diabos quer dizer isso???
CARLÃO: E desde quando você fala inglês?
SHEILA: Não falo. Mas isso tava escrito na caixa do emagrecedor elétrico que eu comprei...
Nesse momento Chiquinho volta da cozinha, Juliana atrás dele arrumando a roupa.
CHIQUINHO: Então dá licença que isso é serviço pra profissional.
Chiquinho aperta o botão e a caixa se abre.
Ao abrir, o apito fica ainda mais alto.
Todos em volta olham e vêem um relógio digital com os números em vermelho: 3....2....1....
RUA MOSTRANDO A JANELA DO PRÉDIO
BUUUUUUUUUUMM!!!
Janela e todo o prédio explodem.
-Corte –
Televisão mostrando o telejornal.
Locutor: O Comando Vermelho assumiu a autoria do atentado na tarde de hoje no Edifício Casa Branca no Rio de Janeiro que destruiu 10 quarteirões em Copacabana.
BAGDÁ – IRAQUE – UM BUNKER SUBTERRÂNEO
Saddam e seus conselheiros estão na sala de reunião, ele dirige a palavra especialmente a um deles que está de pé.
SADDAM: Washington já era para estar em chamas. Se essa bomba não explodir, eu pessoalmente vou tirar o seu coração com uma colher.
Um secretário de Saddam entra na sala e entrega correspondência para o presidente.
É uma carta da FedEx e lê-se:
Obrigado por escolher a FedEx, por um problema nosso a sua correspondência foi extraviada mas estamos fazendo todos os esforços para encontrá-la. Desculpe pelo transtorno. Para mais informações ligue no SAC da FedEX pelo 0800.
Entra créditos tocando a música do Elvis: “Return to sender”
Novos velhos amigos
Tem novidades ali do lado. A primeira é minha amiguinha Caroletas, uma mulher de Pés de Peixe.
A outra é uma pessoinha especial, que me fez rever muitos conceitos e acrescentou muito para mim... e continua acrescentando. É Anita... que adora fazer suas Confissões
Tem novidades ali do lado. A primeira é minha amiguinha Caroletas, uma mulher de Pés de Peixe.
A outra é uma pessoinha especial, que me fez rever muitos conceitos e acrescentou muito para mim... e continua acrescentando. É Anita... que adora fazer suas Confissões
terça-feira, abril 29, 2003
Mutunas!!!
É a semana mutante na Legião do Mal.
Homenagem ao X2 que estréia em 1º de maio. Vão lá ver que tá legal!
É a semana mutante na Legião do Mal.
Homenagem ao X2 que estréia em 1º de maio. Vão lá ver que tá legal!
A Caixa
Parte 3
SALA DO APARTAMENTO
Um cachorro da raça Pit Bull vem correndo no corredor e pula no peito de João, depois de atropelá-lo, vai em direção da caixa, fica cheirando e depois começar a latir.
O dono do cachorro chega correndo à porta de João. MINOTAURO é o seu nome, vinte e poucos anos, forte, truculento e viciado em anabolizantes.
Minotauro entra correndo no apartamento, atrás dele está CARLÃO, seu melhor amigo, vinte e poucos anos, forte, e que já teve um caso com Sheila.
MINOTAURO: (imperativo) Átila, junto, agora.
Minotauro se vira para João que está caído no chão, estende a mão falando:
MINOTAURO: Mal aí, meu velho. Esse cachorro é foda.
Nesse momento Sheila sai da cozinha e cruza seus olhares com Carlão.
CARLÃO: (furioso) Que putaria é essa e que porra você tá fazendo aqui??
Sheila ajeita os seios e os cabelos para provocar Carlão, dando a entender que tinha acabado de dar uns amassos com João.
SHEILA: Seu grosso, o que você tá fazendo aqui? Sai daqui.
Minotauro derruba João no chão com um golpe e prepara para socá-lo.
MINOTAURO: O que a mina do meu camarada tá fazendo na tua casa, rapá?
João fecha os olhos e quando Minotauro vai dar um soco nele, a caixa começa a apitar sem parar.
Todo mundo olha pra caixa.
MINOTAURO: Que porra é essa?
João abre os olhos.
JOÃO: Uma caixa.
MINOTAURO: Eu sei que é uma caixa, mas que apito infernal é esse? Desliga essa porra.
JOÃO: Eu não sei.
MINOTAURO: Não sabe o quê?
JOÃO: Desligar.
MINOTAURO: Abre a caixa porra.
JOÃO: Eu não sei.
MINOTAURO: Não sabe o que caralho?
JOÃO: Abrir.
CARLÃO: A caixa não é sua, abre ela e desliga essa merda.
JOÃO: Eu não sei.
CARLÃO: O que você não sabe?
JOÃO: Se essa caixa é minha.
MINOTAURO e CARLÃO: (furiosos) Você não sabe nada, porra!!
Os dois ficam olhando a caixa, analisando e tentam abrir. Fazem de tudo, socam, chutam, dão chaves de pernas e braços, tudo em vão.
Com a gritaria a empregada do apartamento vizinho aparece, VALDA, cinqüenta e poucos anos, negra e macumbeira.
VALDA: Ôxe! Cêis falam muito alto, dona patroa tá dormindo.
Ela olha a cena cômica dos dois marmanjos tentando abrir a caixa de metal.
VALDA: Cêis num querem um abridor não.
Minotauro e Carlão não respondem, nessa hora até o porteiro Chiquinho começa a ajudar os dois. O apito não pára de tocar e o cachorro de latir. Valda volta para casa.
PAULINHA, bonita, vinte e poucos anos, tímida, amiga de Sheila aparece de fininho na casa.
PAULINHA: O que tá acontecendo?
Sheila estava cuidando do assustado João e vê a amiga na porta.
SHEILA: Ai amiga, isso aqui tá uma loucura.
Valda volta e a sua filha JULIANA, morena de 18 anos, bonita, acompanha a mãe.
Valda se dirige aos rapazes na caixa.
VALDA: Ói isso aqui não ajuda não?
Valda mostra um abridor de lata.
Os três olham surpresos.
Chiquinho vê Juliana e fica encantado. Minotauro vira para Valda:
MINOTAURO: Aí véia, tá tirando? Eu não quero abrir lata de atum não. Se liga na idade dessa caixa.
VALDA: E que tal esse aqui seu muleque atrevido?
Valda mostra um pé de cabra que estava na outra mão escondida atrás das costas.
MINOTAURO: Agora a véia tá falando minha língua.
Minotauro pega o pé de cabra e tenta abrir a caixa.
Carlão olha para João que está no colo de Sheila.
CARLÃO: E você rapá, eu não esqueci de você não. Assim que eu abrir essa porra vou dar um jeito nessa sua cara.
PAULINHA: Viu, onde eu posso pegar uma água?
João acena com a cabeça e aponta a cozinha.
COZINHA
Paulinha procura um copo mas não acha. Ela vê Juliana na porta e pergunta:
PAULINHA: Cê sabe onde tem um copo?
Juliana entra na cozinha e demonstra grande familiaridade com a casa, abre o armário e pega um copo.
Paulinha acha estranho.
Seu Chiquinho entra na cozinha, de olho em Juliana.
CHIQUINHO: E aí minha gata como está?
JULIANA: Tudo bem, meu negô.
CHIQUINHO: To com uma saudade do teu cangote...
Chiquinho pega a mão de Juliana, ajoelha e dá um beijo.
Juliana levanta Chiquinho com um dedo no queixo e olha com olhar de safada.
Chiquinho tira uma caixa de fósforos do bolso e começa a tocar um samba. Juliana na hora começa a sambar.
CHIQUINHO: (cantando) ... esse teu decote me tira o sossego,
vem me dar um chamego se você quiser,
o seu remelexo é um caso sério,
esconde um mistério que eu vou desvendar,
mas você pitelzinho faz logo um charminho pra me maltratar.
Não faz assim que eu posso até me apaixonar,
Faz assim que eu posso até me apaixonar.
Não faz assim que eu posso até me apaixonar,
Faz assim que eu posso até me apaixonar.
JULIANA: Ai, você ainda tem a chave extra do viadinho que mora aqui?
CHIQUINHO: Claro... malandro é malandro, mané é mané... final de semana quando ele sair fora, a casa é toda nossa, princesa.
PAULINHA: Ele é viado? Tinha achado ele tão bonitinho...
Chiquinho e Juliana se espantam com a presença de Paulinha, como se tivessem se esquecido de que ela estava ali.
CHIQUINHO: Ah, sei não... nunca vi ele com mulé...
JULIANA: Eu já passei aqui voltando da praia várias vezes e ele nunca nem deu aquela conferida. Homem que não olha pra bunda de mulher quando ela passa de biquíni só pode ser boiola.
Paulinha olha para os dois pensativa, faz cara de nojo e volta pra sala, com um copo de água nas mãos.
Parte 3
SALA DO APARTAMENTO
Um cachorro da raça Pit Bull vem correndo no corredor e pula no peito de João, depois de atropelá-lo, vai em direção da caixa, fica cheirando e depois começar a latir.
O dono do cachorro chega correndo à porta de João. MINOTAURO é o seu nome, vinte e poucos anos, forte, truculento e viciado em anabolizantes.
Minotauro entra correndo no apartamento, atrás dele está CARLÃO, seu melhor amigo, vinte e poucos anos, forte, e que já teve um caso com Sheila.
MINOTAURO: (imperativo) Átila, junto, agora.
Minotauro se vira para João que está caído no chão, estende a mão falando:
MINOTAURO: Mal aí, meu velho. Esse cachorro é foda.
Nesse momento Sheila sai da cozinha e cruza seus olhares com Carlão.
CARLÃO: (furioso) Que putaria é essa e que porra você tá fazendo aqui??
Sheila ajeita os seios e os cabelos para provocar Carlão, dando a entender que tinha acabado de dar uns amassos com João.
SHEILA: Seu grosso, o que você tá fazendo aqui? Sai daqui.
Minotauro derruba João no chão com um golpe e prepara para socá-lo.
MINOTAURO: O que a mina do meu camarada tá fazendo na tua casa, rapá?
João fecha os olhos e quando Minotauro vai dar um soco nele, a caixa começa a apitar sem parar.
Todo mundo olha pra caixa.
MINOTAURO: Que porra é essa?
João abre os olhos.
JOÃO: Uma caixa.
MINOTAURO: Eu sei que é uma caixa, mas que apito infernal é esse? Desliga essa porra.
JOÃO: Eu não sei.
MINOTAURO: Não sabe o quê?
JOÃO: Desligar.
MINOTAURO: Abre a caixa porra.
JOÃO: Eu não sei.
MINOTAURO: Não sabe o que caralho?
JOÃO: Abrir.
CARLÃO: A caixa não é sua, abre ela e desliga essa merda.
JOÃO: Eu não sei.
CARLÃO: O que você não sabe?
JOÃO: Se essa caixa é minha.
MINOTAURO e CARLÃO: (furiosos) Você não sabe nada, porra!!
Os dois ficam olhando a caixa, analisando e tentam abrir. Fazem de tudo, socam, chutam, dão chaves de pernas e braços, tudo em vão.
Com a gritaria a empregada do apartamento vizinho aparece, VALDA, cinqüenta e poucos anos, negra e macumbeira.
VALDA: Ôxe! Cêis falam muito alto, dona patroa tá dormindo.
Ela olha a cena cômica dos dois marmanjos tentando abrir a caixa de metal.
VALDA: Cêis num querem um abridor não.
Minotauro e Carlão não respondem, nessa hora até o porteiro Chiquinho começa a ajudar os dois. O apito não pára de tocar e o cachorro de latir. Valda volta para casa.
PAULINHA, bonita, vinte e poucos anos, tímida, amiga de Sheila aparece de fininho na casa.
PAULINHA: O que tá acontecendo?
Sheila estava cuidando do assustado João e vê a amiga na porta.
SHEILA: Ai amiga, isso aqui tá uma loucura.
Valda volta e a sua filha JULIANA, morena de 18 anos, bonita, acompanha a mãe.
Valda se dirige aos rapazes na caixa.
VALDA: Ói isso aqui não ajuda não?
Valda mostra um abridor de lata.
Os três olham surpresos.
Chiquinho vê Juliana e fica encantado. Minotauro vira para Valda:
MINOTAURO: Aí véia, tá tirando? Eu não quero abrir lata de atum não. Se liga na idade dessa caixa.
VALDA: E que tal esse aqui seu muleque atrevido?
Valda mostra um pé de cabra que estava na outra mão escondida atrás das costas.
MINOTAURO: Agora a véia tá falando minha língua.
Minotauro pega o pé de cabra e tenta abrir a caixa.
Carlão olha para João que está no colo de Sheila.
CARLÃO: E você rapá, eu não esqueci de você não. Assim que eu abrir essa porra vou dar um jeito nessa sua cara.
PAULINHA: Viu, onde eu posso pegar uma água?
João acena com a cabeça e aponta a cozinha.
COZINHA
Paulinha procura um copo mas não acha. Ela vê Juliana na porta e pergunta:
PAULINHA: Cê sabe onde tem um copo?
Juliana entra na cozinha e demonstra grande familiaridade com a casa, abre o armário e pega um copo.
Paulinha acha estranho.
Seu Chiquinho entra na cozinha, de olho em Juliana.
CHIQUINHO: E aí minha gata como está?
JULIANA: Tudo bem, meu negô.
CHIQUINHO: To com uma saudade do teu cangote...
Chiquinho pega a mão de Juliana, ajoelha e dá um beijo.
Juliana levanta Chiquinho com um dedo no queixo e olha com olhar de safada.
Chiquinho tira uma caixa de fósforos do bolso e começa a tocar um samba. Juliana na hora começa a sambar.
CHIQUINHO: (cantando) ... esse teu decote me tira o sossego,
vem me dar um chamego se você quiser,
o seu remelexo é um caso sério,
esconde um mistério que eu vou desvendar,
mas você pitelzinho faz logo um charminho pra me maltratar.
Não faz assim que eu posso até me apaixonar,
Faz assim que eu posso até me apaixonar.
Não faz assim que eu posso até me apaixonar,
Faz assim que eu posso até me apaixonar.
JULIANA: Ai, você ainda tem a chave extra do viadinho que mora aqui?
CHIQUINHO: Claro... malandro é malandro, mané é mané... final de semana quando ele sair fora, a casa é toda nossa, princesa.
PAULINHA: Ele é viado? Tinha achado ele tão bonitinho...
Chiquinho e Juliana se espantam com a presença de Paulinha, como se tivessem se esquecido de que ela estava ali.
CHIQUINHO: Ah, sei não... nunca vi ele com mulé...
JULIANA: Eu já passei aqui voltando da praia várias vezes e ele nunca nem deu aquela conferida. Homem que não olha pra bunda de mulher quando ela passa de biquíni só pode ser boiola.
Paulinha olha para os dois pensativa, faz cara de nojo e volta pra sala, com um copo de água nas mãos.
segunda-feira, abril 28, 2003
A Caixa
Parte 2
SALA DO APARTAMENTO
Ao voltar para sala a campainha toca. Ele abre a porta e encontra SHEILA, trinta e poucos anos, vaidosa, sensual e bem perua.
SHEILA: (voz sensual) Oi vizinho.
JOÃO: Oi.
SHEILA: Nossa, que faca é essa? o que você tá aprontando?
JOÃO: (confuso) Não é que... (olha para caixa) ah.... eu...
SHEILA: Ai gatinho, não precisa se explicar. Posso te pedir um favorzinho, é que eu ia fazer um chazinho para mim e quando eu vi, tava sem açúcar. Será que você pode me arrumar uma colherinha?
JOÃO: Po... posso, pode entrar, por favor.
João vai para cozinha procurar o açúcar. Enquanto Sheila fica na sala olhando a casa e repara na caixa. Enquanto ela fica analisando o objeto prateado, João grita da cozinha.
JOÃO: Então, eu não tô achando o açúcar, não serve mel?
COZINHA
Sheila encosta-se ao batente da porta da cozinha e fala:
SHEILA: Eu adoro mel.
João, com o mel na mão, fica meio assustado. Sheila aproxima-se de João que começa andar de costas, com medo de Sheila. Até que bate com as costas na geladeira. Sheila pega os dois pulsos dele e prensa João contra a parede.
SHEILA: Mel é uma delícia.
Toca a campainha.
JOÃO: (ainda assustado) A porta... eu preciso atender, diz apontando para porta.
SHEILA: (brava) Ai, desencana de porta.
João se afasta enquanto Sheila segura a sua mão.
SALA DO APARTAMENTO
João atende a porta e está o porteiro CHIQUINHO, quarenta e poucos anos, mulato, vaidoso, sambista e extrovertido no corredor. Eles ficam conversando na porta.
JOÃO: Fala Chiquinho.
CHIQUINHO: Ô seu João que bela segundona hoje, não? Aliás a segunda virou o dia oficial do Parmera.
JOÃO: (bravo) Não converso mais sobre futebol. Meu negócio agora é tênis, Guga, Meligeni, Jaime Oncins, Cássio Mota.
CHIQUINHO: Pô seu João, tem cara aí que já tá no asilo.
JOÃO: Deixa pra lá...
CHIQUINHO: Ô, eu trouxe o condomínio do senhor.
Ouvem-se latidos de cachorro no corredor. Vozes de um cara gritando:
“Átila, Átila, volta aqui.”
Parte 2
SALA DO APARTAMENTO
Ao voltar para sala a campainha toca. Ele abre a porta e encontra SHEILA, trinta e poucos anos, vaidosa, sensual e bem perua.
SHEILA: (voz sensual) Oi vizinho.
JOÃO: Oi.
SHEILA: Nossa, que faca é essa? o que você tá aprontando?
JOÃO: (confuso) Não é que... (olha para caixa) ah.... eu...
SHEILA: Ai gatinho, não precisa se explicar. Posso te pedir um favorzinho, é que eu ia fazer um chazinho para mim e quando eu vi, tava sem açúcar. Será que você pode me arrumar uma colherinha?
JOÃO: Po... posso, pode entrar, por favor.
João vai para cozinha procurar o açúcar. Enquanto Sheila fica na sala olhando a casa e repara na caixa. Enquanto ela fica analisando o objeto prateado, João grita da cozinha.
JOÃO: Então, eu não tô achando o açúcar, não serve mel?
COZINHA
Sheila encosta-se ao batente da porta da cozinha e fala:
SHEILA: Eu adoro mel.
João, com o mel na mão, fica meio assustado. Sheila aproxima-se de João que começa andar de costas, com medo de Sheila. Até que bate com as costas na geladeira. Sheila pega os dois pulsos dele e prensa João contra a parede.
SHEILA: Mel é uma delícia.
Toca a campainha.
JOÃO: (ainda assustado) A porta... eu preciso atender, diz apontando para porta.
SHEILA: (brava) Ai, desencana de porta.
João se afasta enquanto Sheila segura a sua mão.
SALA DO APARTAMENTO
João atende a porta e está o porteiro CHIQUINHO, quarenta e poucos anos, mulato, vaidoso, sambista e extrovertido no corredor. Eles ficam conversando na porta.
JOÃO: Fala Chiquinho.
CHIQUINHO: Ô seu João que bela segundona hoje, não? Aliás a segunda virou o dia oficial do Parmera.
JOÃO: (bravo) Não converso mais sobre futebol. Meu negócio agora é tênis, Guga, Meligeni, Jaime Oncins, Cássio Mota.
CHIQUINHO: Pô seu João, tem cara aí que já tá no asilo.
JOÃO: Deixa pra lá...
CHIQUINHO: Ô, eu trouxe o condomínio do senhor.
Ouvem-se latidos de cachorro no corredor. Vozes de um cara gritando:
“Átila, Átila, volta aqui.”
domingo, abril 27, 2003
Crítica do dia
Mais um texto que escrevi em outros tempos... mas vi o livro em casa, me lembrei da história e de como tem uma certa relação com o momento. É bem diferente das outras críticas que escrevi. É uma resenha literária, mais longa e pensada. Lá vai:
As Cabeças Trocadas
Thomas Mann mostra como amar sempre é complicado
“As Cabeças Trocadas” (Nova Fronteira - 108 pág., tradução de Herbert Caro) não é um dos romances mais conhecidos e comentados de Thomas Mann. É difícil definir porque isso acontece. Afinal, trata-se de uma belíssima história de amor. E, como não poderia deixar de ser, ela é muito bem contada.
O que afasta os leitores talvez seja algum tipo de preconceito, pois “As Cabeças...” foi tirado do, já lendário, Kama-Sutra. É uma lenda indiana, portanto ali estão mitos e deuses indianos. Isto, para os menos abertos à novas idéias e formas de ver o mundo, pode causar um certo estranhamento. Mas a trajetória fantástica dos protagonistas - Sita, Nanda e Shridaman - pode ser transposta para qualquer época e lugar.
O escritor alemão, autor de clássicos como “A Montanha Mágica”, consegue aqui fazer a união perfeita entre ocidente e oriente. Quem pensa que esta obra, por ser tirada do já citado clássico do erotismo, seria carregada por uma dose extra de volúpia se engana. A linguagem é dura, concreta. Não há margem para interpretações dúbias, para a formação de imagens errôneas na mente do leitor. O máximo que se concede é a interpretação do que é contado.
Mesmo sendo carregado de uma forte temática mitológica e fantasiosa, tudo está dito, e de forma clara e concisa. As formações gramaticais chegam até a ser pedantes em alguns momentos, devido ao extremo cuidado e refinamento técnico. Mas mesmo assim, a narrativa possui uma fluidez notável. O único trabalho é retirar dali o melhor possível.
A ação se inicia quando os amigos Nanda e Shridaman saem em uma viagem de negócios. O primeiro é fazendeiro, tem o corpo forte e rijo, formado pelos rigores do trabalho duro. O outro é filho de mercador e segue a profissão do pai. É contemplativo e filosófico, e de nada se assemelha em vigor físico com o companheiro. No desenvolvimento da trama, estes detalhes sobre eles serão de profunda importância.
Ao passar por um templo ambos vêem um jovem banhar-se totalmente despida. É Sita. A visão daquela beldade acaba deixando Shridaman completamente apaixonado. O tempo passa e, depois dos arranjos necessários, ele acaba se casando com ela.
Até aí, não há nada de anormal. O romance é até um tanto quanto banal. O desenrolar da história é que faz com que o leitor se surpreenda e se encante com a narrativa. O desejo que Sita possui pelo melhor amigo de seu marido, a percepção deste de que sua esposa deseja outro e a culpa sentida pelo desejado, sem que nem mesmo tivesse sido consumado o ato da traição, tudo isso poderia ser contado de forma trivial, mas Mann consegue habilmente conduzir o leitor por um caminho onde filosofia, mitologia e fantasia se unem harmoniosamente.
O livro então passa a mostrar que possui mais do que uma história sobre amor, casamento ou amizade. Trata-se sim do dilema sempre presente sobre a maneira pela qual devemos tomar nossas decisões na vida. Para escolher um caminho, é melhor nos basearmos nas emoções ou na razão?
É neste ponto que a presença fortíssima do narrador impõe sua marca decisiva. Ele sempre dialoga com o leitor, instiga-o, convoca-o a refletir sobre os fatos, inquieta-o. Está o tempo todo tentando convencê-lo de que está sendo imparcial em seu relato, que sua função - e também a de quem está lendo - não é a de julgar. O narrador está ali só para contar o que aconteceu. E o leitor deve se utilizar do que está sendo contado para saber a melhor forma de conduzir sua própria existência.
Mas o caminho para tanto não é fácil. Afinal, o título não é “As Cabeças Trocadas” à toa. Os personagens realmente trocam as cabeças de corpo. Um assume o físico do outro, e as conseqüências disso para a esposa e para eles próprios são, no mínimo, assustadoras. Conseguir perceber que esta é uma forma fantástica de se mostrar as intensas - e eternas - contradições internas do homem quando está amando é complicado, e faz o romance merecer uma atenção redobrada.
Outra característica muito interessante que Mann imprime ao livro, é a forma pela qual os hábitos da cultura indiana são apresentados. Mostra-se tudo muito naturalmente, como algo corriqueiro. Não há nenhum tipo de demonstração de espanto em relação aos costumes daquele povo.
Acima de tudo, ao terminar “As Cabeças Trocadas”, fica-se com a impressão de que, mesmo tendo lido um relato extremamente fantasioso, a realidade está mais presente do que nunca e de que o amor pode assumir diversas formas, mas sempre será difícil lidar com ele.
Mais um texto que escrevi em outros tempos... mas vi o livro em casa, me lembrei da história e de como tem uma certa relação com o momento. É bem diferente das outras críticas que escrevi. É uma resenha literária, mais longa e pensada. Lá vai:
As Cabeças Trocadas
Thomas Mann mostra como amar sempre é complicado
“As Cabeças Trocadas” (Nova Fronteira - 108 pág., tradução de Herbert Caro) não é um dos romances mais conhecidos e comentados de Thomas Mann. É difícil definir porque isso acontece. Afinal, trata-se de uma belíssima história de amor. E, como não poderia deixar de ser, ela é muito bem contada.
O que afasta os leitores talvez seja algum tipo de preconceito, pois “As Cabeças...” foi tirado do, já lendário, Kama-Sutra. É uma lenda indiana, portanto ali estão mitos e deuses indianos. Isto, para os menos abertos à novas idéias e formas de ver o mundo, pode causar um certo estranhamento. Mas a trajetória fantástica dos protagonistas - Sita, Nanda e Shridaman - pode ser transposta para qualquer época e lugar.
O escritor alemão, autor de clássicos como “A Montanha Mágica”, consegue aqui fazer a união perfeita entre ocidente e oriente. Quem pensa que esta obra, por ser tirada do já citado clássico do erotismo, seria carregada por uma dose extra de volúpia se engana. A linguagem é dura, concreta. Não há margem para interpretações dúbias, para a formação de imagens errôneas na mente do leitor. O máximo que se concede é a interpretação do que é contado.
Mesmo sendo carregado de uma forte temática mitológica e fantasiosa, tudo está dito, e de forma clara e concisa. As formações gramaticais chegam até a ser pedantes em alguns momentos, devido ao extremo cuidado e refinamento técnico. Mas mesmo assim, a narrativa possui uma fluidez notável. O único trabalho é retirar dali o melhor possível.
A ação se inicia quando os amigos Nanda e Shridaman saem em uma viagem de negócios. O primeiro é fazendeiro, tem o corpo forte e rijo, formado pelos rigores do trabalho duro. O outro é filho de mercador e segue a profissão do pai. É contemplativo e filosófico, e de nada se assemelha em vigor físico com o companheiro. No desenvolvimento da trama, estes detalhes sobre eles serão de profunda importância.
Ao passar por um templo ambos vêem um jovem banhar-se totalmente despida. É Sita. A visão daquela beldade acaba deixando Shridaman completamente apaixonado. O tempo passa e, depois dos arranjos necessários, ele acaba se casando com ela.
Até aí, não há nada de anormal. O romance é até um tanto quanto banal. O desenrolar da história é que faz com que o leitor se surpreenda e se encante com a narrativa. O desejo que Sita possui pelo melhor amigo de seu marido, a percepção deste de que sua esposa deseja outro e a culpa sentida pelo desejado, sem que nem mesmo tivesse sido consumado o ato da traição, tudo isso poderia ser contado de forma trivial, mas Mann consegue habilmente conduzir o leitor por um caminho onde filosofia, mitologia e fantasia se unem harmoniosamente.
O livro então passa a mostrar que possui mais do que uma história sobre amor, casamento ou amizade. Trata-se sim do dilema sempre presente sobre a maneira pela qual devemos tomar nossas decisões na vida. Para escolher um caminho, é melhor nos basearmos nas emoções ou na razão?
É neste ponto que a presença fortíssima do narrador impõe sua marca decisiva. Ele sempre dialoga com o leitor, instiga-o, convoca-o a refletir sobre os fatos, inquieta-o. Está o tempo todo tentando convencê-lo de que está sendo imparcial em seu relato, que sua função - e também a de quem está lendo - não é a de julgar. O narrador está ali só para contar o que aconteceu. E o leitor deve se utilizar do que está sendo contado para saber a melhor forma de conduzir sua própria existência.
Mas o caminho para tanto não é fácil. Afinal, o título não é “As Cabeças Trocadas” à toa. Os personagens realmente trocam as cabeças de corpo. Um assume o físico do outro, e as conseqüências disso para a esposa e para eles próprios são, no mínimo, assustadoras. Conseguir perceber que esta é uma forma fantástica de se mostrar as intensas - e eternas - contradições internas do homem quando está amando é complicado, e faz o romance merecer uma atenção redobrada.
Outra característica muito interessante que Mann imprime ao livro, é a forma pela qual os hábitos da cultura indiana são apresentados. Mostra-se tudo muito naturalmente, como algo corriqueiro. Não há nenhum tipo de demonstração de espanto em relação aos costumes daquele povo.
Acima de tudo, ao terminar “As Cabeças Trocadas”, fica-se com a impressão de que, mesmo tendo lido um relato extremamente fantasioso, a realidade está mais presente do que nunca e de que o amor pode assumir diversas formas, mas sempre será difícil lidar com ele.
sábado, abril 26, 2003
Revisitando a dor
Tempos atrás excrevi este texto para uma garota que passou pela minha vida. Mais uma delas. Eu tinha acabado de tomar um pé. E como vcs bem sabem, escrever tem relação direta com os sentimentos extremos. Pra mim, é pura liberação de energia. Hoje decidi, sei lá pq, reler o que havia escrito. Gostei... retrata bem o que eu estava passando e sentindo. Segue o texto:
O que é o sofrimento? Como defini-lo? Não há palavras suficientes para expressar meu sentimento nesse momento. Vazio, nada, solidão... Nenhuma dessas e todas elas ao mesmo tempo. Ela não me quer. Fazer o quê? É a vida... Ao menos eu tentei. Mas não foi suficiente. Não foi o bastante... Podem até dizer que as coisas não são bem assim, que não depende só de mim, que ela também precisava querer. Mas é duro conseguir pensar dessa forma agora.
Moinhos de vento. Sinto-me enfrentando alguns deles. Dom Quixote moderno e passional. O duro vai ser conviver com ela sem poder me aproximar como antes, sem nada, nada. Oh, guerra inglória! É... realmente a História que se faz é sempre a dos vencedores. Afinal, vencidos querem apenas se esconder em suas tocas frias e imundas. Talvez lá eles encontrem algum conforto. (É obvio que não vão encontrar, mas não custa nada dizer) Agora percebo que "amor é fogo que arde sem se ver". Mas é ferida que dói e se sente muitíssimo. Ah, dor que fere e punge - isso sim!
Estou perdido e sozinho nesse caminho escuro. Tudo o que queria era alguém que eu não precisasse puxar, que corresse ao meu lado. Não é pedir muito. Tenho consciência de que sou chato e exigente, mas que não sou muita coisa.
Olho pela janela, buscando uma resposta no horizonte, mas a quietude da madrugada só me deixa mais melancólico. Saída, saída: é tudo o que eu quero... Por alguns instantes consigo sublimar toda aquela energia que queima dentro de mim, mas o nome dela vez por outra incendeia meus lábios... e arde em minha mente e em minha alma.
A verdade é uma só: Agora não. Me apego no "agora" da frase anterior, mesmo sabendo que isso é idiotice. Mas me apego somente nesse momento, em que teço estas ridículas linhas. Sei que as coisas não são assim. É realmente idiotice. Mas o grande idiota, sem dúvida nenhuma fui eu. Bem, deveria estar acostumado. Sempre fui... Ah! Penso nela brilhando, bailando à minha frente, por corredores frios que se iluminariam ante sua presença... E eu podendo só observar. Como dizia aquela velha canção, "que sorte ingrata longe de ti". A vida segue e eu tenho que me acostumar. É como se eu me jogasse contra paredes, uma atras da outra. Quebro uma (depois de muito esforço) e já vem outra...
De um jeito ou de outro vou sobreviver para ver outro dia, mas agora não mais para lutar. Tentarei não pensar mais, mesmo sabendo que não vou conseguir. O campo me chama e lá vou ver o que ele quer. Quem sabe ele me mostre um caminho, uma solução, para que eu ainda a consiga convencer... É claro que a vida não vai acabar mas... Ah!! Que dor! A dor da perda, da falta e da derrota. Mas o verdadeiro homem é aquele não perde, só deixa de ganhar. Então toca o barco... que eu vou tentar não perder nunca.
Tempos atrás excrevi este texto para uma garota que passou pela minha vida. Mais uma delas. Eu tinha acabado de tomar um pé. E como vcs bem sabem, escrever tem relação direta com os sentimentos extremos. Pra mim, é pura liberação de energia. Hoje decidi, sei lá pq, reler o que havia escrito. Gostei... retrata bem o que eu estava passando e sentindo. Segue o texto:
O que é o sofrimento? Como defini-lo? Não há palavras suficientes para expressar meu sentimento nesse momento. Vazio, nada, solidão... Nenhuma dessas e todas elas ao mesmo tempo. Ela não me quer. Fazer o quê? É a vida... Ao menos eu tentei. Mas não foi suficiente. Não foi o bastante... Podem até dizer que as coisas não são bem assim, que não depende só de mim, que ela também precisava querer. Mas é duro conseguir pensar dessa forma agora.
Moinhos de vento. Sinto-me enfrentando alguns deles. Dom Quixote moderno e passional. O duro vai ser conviver com ela sem poder me aproximar como antes, sem nada, nada. Oh, guerra inglória! É... realmente a História que se faz é sempre a dos vencedores. Afinal, vencidos querem apenas se esconder em suas tocas frias e imundas. Talvez lá eles encontrem algum conforto. (É obvio que não vão encontrar, mas não custa nada dizer) Agora percebo que "amor é fogo que arde sem se ver". Mas é ferida que dói e se sente muitíssimo. Ah, dor que fere e punge - isso sim!
Estou perdido e sozinho nesse caminho escuro. Tudo o que queria era alguém que eu não precisasse puxar, que corresse ao meu lado. Não é pedir muito. Tenho consciência de que sou chato e exigente, mas que não sou muita coisa.
Olho pela janela, buscando uma resposta no horizonte, mas a quietude da madrugada só me deixa mais melancólico. Saída, saída: é tudo o que eu quero... Por alguns instantes consigo sublimar toda aquela energia que queima dentro de mim, mas o nome dela vez por outra incendeia meus lábios... e arde em minha mente e em minha alma.
A verdade é uma só: Agora não. Me apego no "agora" da frase anterior, mesmo sabendo que isso é idiotice. Mas me apego somente nesse momento, em que teço estas ridículas linhas. Sei que as coisas não são assim. É realmente idiotice. Mas o grande idiota, sem dúvida nenhuma fui eu. Bem, deveria estar acostumado. Sempre fui... Ah! Penso nela brilhando, bailando à minha frente, por corredores frios que se iluminariam ante sua presença... E eu podendo só observar. Como dizia aquela velha canção, "que sorte ingrata longe de ti". A vida segue e eu tenho que me acostumar. É como se eu me jogasse contra paredes, uma atras da outra. Quebro uma (depois de muito esforço) e já vem outra...
De um jeito ou de outro vou sobreviver para ver outro dia, mas agora não mais para lutar. Tentarei não pensar mais, mesmo sabendo que não vou conseguir. O campo me chama e lá vou ver o que ele quer. Quem sabe ele me mostre um caminho, uma solução, para que eu ainda a consiga convencer... É claro que a vida não vai acabar mas... Ah!! Que dor! A dor da perda, da falta e da derrota. Mas o verdadeiro homem é aquele não perde, só deixa de ganhar. Então toca o barco... que eu vou tentar não perder nunca.
sexta-feira, abril 25, 2003
Recadinhos
- Várias coisas novas lá na Legião
- Tem gente do escritório lendo isso aqui... ai, ai, ai... será que teremos boas contribuições ou más interpretações?
- Acho que vou parar de beber, pq os vexames estão cada vez piores... (Porra, o povo vai achar que eu sou pinguço desse jeito... também não é assim, povo... é que andei exagerando um tempo desses aí atrás)
- Flá, se vc passar por aqui, saiba que estou com saudades e esperando o seu e-mail
- Várias coisas novas lá na Legião
- Tem gente do escritório lendo isso aqui... ai, ai, ai... será que teremos boas contribuições ou más interpretações?
- Acho que vou parar de beber, pq os vexames estão cada vez piores... (Porra, o povo vai achar que eu sou pinguço desse jeito... também não é assim, povo... é que andei exagerando um tempo desses aí atrás)
- Flá, se vc passar por aqui, saiba que estou com saudades e esperando o seu e-mail
A Caixa
Então, um tempo atrás aí, durante umas das aulas na gloriosa Pontifícia, eu e um camarada escrevemos um roteiro prum curta. Quem sabe uma hora dessas a gente não filma? Vou colocar aqui a primeira parte e depois as seguintes. Espero que vcs gostem. chama-se "A Caixa"® (Este roteiro está devidamente registrado e protegido contra plágio).
Parte 1
QUARTO DE JOÃO
JOÃO, vinte e poucos anos, acorda assustado com a campainha. Pula da cama com o coração saindo da boca, suando, como se tivesse sido acordado de um pesadelo.
CORREDOR DO PRÉDIO
De calça de pijama e sem camisa, João abre a porta, olha em volta e nada vê. Baixa então os olhos e vê uma encomenda da FedEx. Ele olha mais uma vez em volta, dá de ombros e decide levar a encomenda para dentro de casa.
SALA DO APARTAMENTO
João coça a cabeça pensativo, não parece entender do que se trata. Abaixa-se, abre a encomenda e vê uma caixa grande prateada, de metal. Em cima dela, um papel escrito "Especially for you".
Ele tenta abrir a caixa. Faz muita força e não consegue. Tenta em várias posições tirar a tampa, mas sempre sem sucesso. Dá então um chute na caixa e grita de dor. Olha para a porta da cozinha e sai.
COZINHA
João abre as gavetas do armário procurando algum utensílio que possa ajudá-lo. Tira de dentro da gaveta uma colher, um garfo, uma espada de brinquedo e uma calcinha. Parece não entender nada. Até que encontra uma faca, abre um sorriso e volta pra sala.
Então, um tempo atrás aí, durante umas das aulas na gloriosa Pontifícia, eu e um camarada escrevemos um roteiro prum curta. Quem sabe uma hora dessas a gente não filma? Vou colocar aqui a primeira parte e depois as seguintes. Espero que vcs gostem. chama-se "A Caixa"® (Este roteiro está devidamente registrado e protegido contra plágio).
Parte 1
QUARTO DE JOÃO
JOÃO, vinte e poucos anos, acorda assustado com a campainha. Pula da cama com o coração saindo da boca, suando, como se tivesse sido acordado de um pesadelo.
CORREDOR DO PRÉDIO
De calça de pijama e sem camisa, João abre a porta, olha em volta e nada vê. Baixa então os olhos e vê uma encomenda da FedEx. Ele olha mais uma vez em volta, dá de ombros e decide levar a encomenda para dentro de casa.
SALA DO APARTAMENTO
João coça a cabeça pensativo, não parece entender do que se trata. Abaixa-se, abre a encomenda e vê uma caixa grande prateada, de metal. Em cima dela, um papel escrito "Especially for you".
Ele tenta abrir a caixa. Faz muita força e não consegue. Tenta em várias posições tirar a tampa, mas sempre sem sucesso. Dá então um chute na caixa e grita de dor. Olha para a porta da cozinha e sai.
COZINHA
João abre as gavetas do armário procurando algum utensílio que possa ajudá-lo. Tira de dentro da gaveta uma colher, um garfo, uma espada de brinquedo e uma calcinha. Parece não entender nada. Até que encontra uma faca, abre um sorriso e volta pra sala.
quinta-feira, abril 24, 2003
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
Uma vez mais, a má interpretação. Escrever é realmente um exercício difícil. Eu acredito que todo escritor escreve para si mesmo e só depois pensa no que os outros vão achar. Pelo menos é o que eu faço (não que eu seja um escritor. Sou apenas um pretenso escritor).
Mas aí mora um perigo inominável. Pois não há nunca como previr o que pensarão aqueles que passarem os olhos por cima de suas palavras.
Tive experiências graves com este blog e a má interpertação. Trouxeram-me grandes, mas grande problemas mesmo.Cada um vê aquilo que acha que deve. Isso não é uma crítica, é só uma constatação. Todos fazemos isso o tempo todo. É natural, uma vez que cada um tem uma história de vida, uma maneira própria de reagir e interpretar os fatos. Mas enfim...
Tem quem leia e me ache normal.
Tem quem leia e me ache maluco.
Tem quem leia e me ache um cara sensível.
Tem quem leia e me ache um nojento.
Tem quem leia e me ache inteligente.
Tem quem leia e me ache pretensioso.
Tem quem leia e me ache um babaca.
Tem quem leia e me ache idiota.
Tem quem leia e me ache um gênio.
Tem quem leia e queira me bater.
Tem quem leia e queira me beijar.
Tem quem leia e queira me matar.
Tem quem leia e queira se casar comigo.
E no final... o que vai acontecer?
Uma vez mais, a má interpretação. Escrever é realmente um exercício difícil. Eu acredito que todo escritor escreve para si mesmo e só depois pensa no que os outros vão achar. Pelo menos é o que eu faço (não que eu seja um escritor. Sou apenas um pretenso escritor).
Mas aí mora um perigo inominável. Pois não há nunca como previr o que pensarão aqueles que passarem os olhos por cima de suas palavras.
Tive experiências graves com este blog e a má interpertação. Trouxeram-me grandes, mas grande problemas mesmo.Cada um vê aquilo que acha que deve. Isso não é uma crítica, é só uma constatação. Todos fazemos isso o tempo todo. É natural, uma vez que cada um tem uma história de vida, uma maneira própria de reagir e interpretar os fatos. Mas enfim...
Tem quem leia e me ache normal.
Tem quem leia e me ache maluco.
Tem quem leia e me ache um cara sensível.
Tem quem leia e me ache um nojento.
Tem quem leia e me ache inteligente.
Tem quem leia e me ache pretensioso.
Tem quem leia e me ache um babaca.
Tem quem leia e me ache idiota.
Tem quem leia e me ache um gênio.
Tem quem leia e queira me bater.
Tem quem leia e queira me beijar.
Tem quem leia e queira me matar.
Tem quem leia e queira se casar comigo.
E no final... o que vai acontecer?
terça-feira, abril 22, 2003
Crítica do dia
Antes dessa crítica, tenho que dizer que ando percebendo que nessa época, eu falava bem de praticamente tudo. Puta coisa sem graça! Eu não críticava mesmo... só analisava alguns pontos e acabava dizendo que era bom pra alguém. Que bobagem... ainda bem que eu cresci, viu...
Segue lá então:
Venom (Century Media)
Resurrection
O novo disco do Venom tem muita força. As letras satanistas continuam no repertório e só nomes como War Against Christ e Black Flame (of Satan) já dão uma idéia do que vem pela frente. A guitarra de Jeff Dunn, ou melhor dizendo Mantas (nome do deus Etrusco do Inferno) como ele prefere ser chamado, continua destruidora. Os destaques ficam por conta da música que abre e dá nome ao álbum, Ressurection, de Leviathan - sem dúvida a melhor faixa do CD - , e de Vengeance, que tem um solo bem legal.
O único problema é que ao ouvir todas as faixas fica uma impressão de que a banda está se repetindo, sem conseguir alcançar nada. Parece que Mantas só toca a guitarra de um jeito, sem nunca mudar. Sabemos que não é bem assim, mas é o que acontece. Apesar disso, Ressurection é indicado não só para aqueles que já conhecem e gostam do Venom, mas para quem quer ouvir algo pesado e com muita fúria, não só da guitarra, mas de toda a banda.
Antes dessa crítica, tenho que dizer que ando percebendo que nessa época, eu falava bem de praticamente tudo. Puta coisa sem graça! Eu não críticava mesmo... só analisava alguns pontos e acabava dizendo que era bom pra alguém. Que bobagem... ainda bem que eu cresci, viu...
Segue lá então:
Venom (Century Media)
Resurrection
O novo disco do Venom tem muita força. As letras satanistas continuam no repertório e só nomes como War Against Christ e Black Flame (of Satan) já dão uma idéia do que vem pela frente. A guitarra de Jeff Dunn, ou melhor dizendo Mantas (nome do deus Etrusco do Inferno) como ele prefere ser chamado, continua destruidora. Os destaques ficam por conta da música que abre e dá nome ao álbum, Ressurection, de Leviathan - sem dúvida a melhor faixa do CD - , e de Vengeance, que tem um solo bem legal.
O único problema é que ao ouvir todas as faixas fica uma impressão de que a banda está se repetindo, sem conseguir alcançar nada. Parece que Mantas só toca a guitarra de um jeito, sem nunca mudar. Sabemos que não é bem assim, mas é o que acontece. Apesar disso, Ressurection é indicado não só para aqueles que já conhecem e gostam do Venom, mas para quem quer ouvir algo pesado e com muita fúria, não só da guitarra, mas de toda a banda.
Perdido
O que diabos está acontecendo aqui? O que eu estou fazendo comigo?
Será que estou tão carente que nem percebo mais quem vale a pena e quem não vale? Qualquer meio sorriso já me faz sair em desabalada carreira?
Tanta dor, tanta confusão... tanto silêncio.
O pior é que estou quase certo de que os sentimentos vindos do passado, as dúvidas redescobertas e a saudade que anda batendo mais forte do que nunca são apenas sintomas duma solidão que eu havia me esquecido de como lidar.
Houve um tempo em que eu havia decidido (ou melhor, percebido) que o meu caminho seria seguido por mim apenas, sozinho. E essa idéia não parecia mais tão assombrosa.
Mas várias pessoas apareceram e fizeram com que eu mudasse de idéia. Só que não sei mais o que é certo e o que é errado. Sigo o coração ou a razão? Dou vazão aos meus sonhos ou encarno definitivamente que não sou quem eu penso que sou?
Tá difícil... difícil demais...
WILL MY SOUL EVER REST IN PEACE?
Stratovarius
(Music: Tolkki / Lyrics: Tolkki)
I've been searching for an oasis
In the desert for so long
To pretend I'm strong
In my weakness trying
I've been holding on
To things that I have left behind
I've been scared and lonely
I'm crippled inside.
Bathing my soul in the starlight
Healed my wounds in the sun
Screamed my pain to the forest
Asking the question why?
Will there come a time for me when I find peace of mind
Will I always have this feeling like I'm last in the line
I will climb up the mountain and light up a candle and ask:
"Will my soul ever rest in peace?"
I've been washed in pain
Haunted by the ghosts of years ago
They won't leave me be
They keep coming back for more
Will there come a time for me when I find peace of mind
Will I always have this feeling like I'm last in the line
I will climb up the mountain and light up a candle and ask:
"Will my soul ever rest in peace?"
My crippled soul is yearning to be free.
O que diabos está acontecendo aqui? O que eu estou fazendo comigo?
Será que estou tão carente que nem percebo mais quem vale a pena e quem não vale? Qualquer meio sorriso já me faz sair em desabalada carreira?
Tanta dor, tanta confusão... tanto silêncio.
O pior é que estou quase certo de que os sentimentos vindos do passado, as dúvidas redescobertas e a saudade que anda batendo mais forte do que nunca são apenas sintomas duma solidão que eu havia me esquecido de como lidar.
Houve um tempo em que eu havia decidido (ou melhor, percebido) que o meu caminho seria seguido por mim apenas, sozinho. E essa idéia não parecia mais tão assombrosa.
Mas várias pessoas apareceram e fizeram com que eu mudasse de idéia. Só que não sei mais o que é certo e o que é errado. Sigo o coração ou a razão? Dou vazão aos meus sonhos ou encarno definitivamente que não sou quem eu penso que sou?
Tá difícil... difícil demais...
WILL MY SOUL EVER REST IN PEACE?
Stratovarius
(Music: Tolkki / Lyrics: Tolkki)
I've been searching for an oasis
In the desert for so long
To pretend I'm strong
In my weakness trying
I've been holding on
To things that I have left behind
I've been scared and lonely
I'm crippled inside.
Bathing my soul in the starlight
Healed my wounds in the sun
Screamed my pain to the forest
Asking the question why?
Will there come a time for me when I find peace of mind
Will I always have this feeling like I'm last in the line
I will climb up the mountain and light up a candle and ask:
"Will my soul ever rest in peace?"
I've been washed in pain
Haunted by the ghosts of years ago
They won't leave me be
They keep coming back for more
Will there come a time for me when I find peace of mind
Will I always have this feeling like I'm last in the line
I will climb up the mountain and light up a candle and ask:
"Will my soul ever rest in peace?"
My crippled soul is yearning to be free.
quinta-feira, abril 17, 2003
Só pra que fiquem sabendo
Olha como é a vida... tem gente reclamando que isso aqui não é mais um “blog diarinho”. São pessoas que não vejo com muita freqüência e que, por isso, gostavam de saber o que andava rolando comigo. É povo... eu decidi parar de fazer aquilo pq fui acusado de brincar e distorcer a realidade a meu favor. Há pessoas que não conseguem entender que todo fato gera visões diferentes.
É aquela velha história da montanha. Eu subo por um lado e mais rápido, enquanto vc sobre pelo outro e lentamente. É a mesma montanha, mas o que eu vejo e sinto é muito diferente do que vc vê e sente.
Para evitar maiores problemas e desgastes optei para colocar outros textos... continua sendo um relato da minha vida. Mas agora com menos fatos e mais sentimentos. Estou tentando explorar outras idéias que estão bailando dentro da minha mente.
Mas, para alegrar e tranqüilizar a esses poucos, mas muito queridos amigos, faço aqui um resumo rápido do que está rolando:
- Sim, eu já me mudei e estou morando com o pessoal da terrinha. Tirando as loucuras do Cury (que até agora também estão aceitáveis), tá tudo muito legal. Nada a reclamar, só muito a agradecer.
- Continuo trabalhando igual maluco, mas como já estou acostumado, não faz diferença. Mas tô com o olho bem aberto pra novas coisas que podem surgir a qualquer momento.
- Não, eu não arrumei uma namorada. Tô sozinho, curtindo por aí, pensando muito (se vcs são meus leitores, perceberam isso). Lembram-se do post da musa? Pois então.... aquilo gerou muita coisa, acontecimentos bem legais, sentimentos maravilhosos, mas efetivamente não se tornou nada. Portanto ele continua valendo e se alguém quiser se candidatar, sinta-se à vontade.
Acho que é isso, povo. Informações adicionais podem ser dadas via e-mail ou telefone e ao vivo para os mais íntimos. Obrigado pela atenção, cuidado e carinho. Valeu mesmo!
Olha como é a vida... tem gente reclamando que isso aqui não é mais um “blog diarinho”. São pessoas que não vejo com muita freqüência e que, por isso, gostavam de saber o que andava rolando comigo. É povo... eu decidi parar de fazer aquilo pq fui acusado de brincar e distorcer a realidade a meu favor. Há pessoas que não conseguem entender que todo fato gera visões diferentes.
É aquela velha história da montanha. Eu subo por um lado e mais rápido, enquanto vc sobre pelo outro e lentamente. É a mesma montanha, mas o que eu vejo e sinto é muito diferente do que vc vê e sente.
Para evitar maiores problemas e desgastes optei para colocar outros textos... continua sendo um relato da minha vida. Mas agora com menos fatos e mais sentimentos. Estou tentando explorar outras idéias que estão bailando dentro da minha mente.
Mas, para alegrar e tranqüilizar a esses poucos, mas muito queridos amigos, faço aqui um resumo rápido do que está rolando:
- Sim, eu já me mudei e estou morando com o pessoal da terrinha. Tirando as loucuras do Cury (que até agora também estão aceitáveis), tá tudo muito legal. Nada a reclamar, só muito a agradecer.
- Continuo trabalhando igual maluco, mas como já estou acostumado, não faz diferença. Mas tô com o olho bem aberto pra novas coisas que podem surgir a qualquer momento.
- Não, eu não arrumei uma namorada. Tô sozinho, curtindo por aí, pensando muito (se vcs são meus leitores, perceberam isso). Lembram-se do post da musa? Pois então.... aquilo gerou muita coisa, acontecimentos bem legais, sentimentos maravilhosos, mas efetivamente não se tornou nada. Portanto ele continua valendo e se alguém quiser se candidatar, sinta-se à vontade.
Acho que é isso, povo. Informações adicionais podem ser dadas via e-mail ou telefone e ao vivo para os mais íntimos. Obrigado pela atenção, cuidado e carinho. Valeu mesmo!
quarta-feira, abril 16, 2003
Fúria
Eu não sou o que você imagina. Infelizmente (pra você), nas horas em que mais penso em alguém, esse alguém sou eu. Desculpe-me, mas não sou tão certinho assim. Eu também erro, sabia? Apesar de quase não demonstrar e de odiar quando isso acontece.
Por mais envolvido que eu pareça, na verdade estou alheio a tudo e todos. E mais ainda distante de você. O meu mundo é apenas meu. Nem meus amigos, a quem prezo tanto, conseguem conceber as insanidades que pairam aqui dentro. Estou realmente além. Além da redenção, além da proteção. Fora de sincronia contigo e com quem mais seja.
Pode me acusar do que quiser. Eu não vou desistir. Não entrego os pontos assim tão facilmente e você sabe muito bem disso. Eu corro demais e sofro demais. Mas mesmo assim não paro. Pois este é o meu caminho. O caminho que escolhi para mim. É meu e somente meu. Procure o seu próprio!
Eu nunca gostei de ter ninguém pendurado em mim. Mesmo sabendo que eu me agarro de maneiras bem piores. Minhas amarras são internas e dessas é dificílimo escapar. E se você pensar em sair correndo vai ser pior, pois sua mente ainda estará presa àquelas sensações que você não tinha há muito tempo.
Não vai ser do seu jeito e você tem total noção disso. Nem pense em reclamar depois. A hora é agora. Ou vive a vida com tudo que ela pode ter ou desiste e se fecha no teu quarto de sonhos, com sua posiçãozinha sonhada também.
Pra mim não dá. Ou arrisca tudo ou não ganha nada. Tem que ter emoção, tesão, fúria, correria. Se é pra ficar parado, que seja apenas para pensar e imaginar o próximo passo em busca do imprevisível.
P.S: Legião atualizada
Eu não sou o que você imagina. Infelizmente (pra você), nas horas em que mais penso em alguém, esse alguém sou eu. Desculpe-me, mas não sou tão certinho assim. Eu também erro, sabia? Apesar de quase não demonstrar e de odiar quando isso acontece.
Por mais envolvido que eu pareça, na verdade estou alheio a tudo e todos. E mais ainda distante de você. O meu mundo é apenas meu. Nem meus amigos, a quem prezo tanto, conseguem conceber as insanidades que pairam aqui dentro. Estou realmente além. Além da redenção, além da proteção. Fora de sincronia contigo e com quem mais seja.
Pode me acusar do que quiser. Eu não vou desistir. Não entrego os pontos assim tão facilmente e você sabe muito bem disso. Eu corro demais e sofro demais. Mas mesmo assim não paro. Pois este é o meu caminho. O caminho que escolhi para mim. É meu e somente meu. Procure o seu próprio!
Eu nunca gostei de ter ninguém pendurado em mim. Mesmo sabendo que eu me agarro de maneiras bem piores. Minhas amarras são internas e dessas é dificílimo escapar. E se você pensar em sair correndo vai ser pior, pois sua mente ainda estará presa àquelas sensações que você não tinha há muito tempo.
Não vai ser do seu jeito e você tem total noção disso. Nem pense em reclamar depois. A hora é agora. Ou vive a vida com tudo que ela pode ter ou desiste e se fecha no teu quarto de sonhos, com sua posiçãozinha sonhada também.
Pra mim não dá. Ou arrisca tudo ou não ganha nada. Tem que ter emoção, tesão, fúria, correria. Se é pra ficar parado, que seja apenas para pensar e imaginar o próximo passo em busca do imprevisível.
P.S: Legião atualizada
terça-feira, abril 15, 2003
Desejos
Acho que quero algo que não existe, que está vivo apenas em meus sonhos... alguém que partiu há tanto tempo que nem vale mais a pena ser lembrada. E que provavelmente nem se lembra de mim... mas que eu sofro a cada dia ao lembrar de sua passagem por aqui.
Mas eu era apenas um menino... e deixei a oportunidade passar... gostaria de senti-la novamente.... mesmo me perguntando se seria como antes, se sentiria o mesmo.
Ela está tão longe, nem imagina o que se passa em minha mente. Será possível... as palavras e as idéias correm incessantemente por mim. Planos, planejamentos... pensamentos perdidos, jogados ao vento, sem que aquela que os motiva nem sequer sonhe com o que acontece por aqui.
Um desejo forte, intenso... sem o mínimo medo ou receio. Energia pura, direcionada para a confirmação do que é belo, claro e bem definido. Amor em estado bruto.... daqueles que te fazem perdr a cabeça e tudo mais no caminho.
E hoje, com todo o aprendizado de ambos, seria perfeito. Mas quem disse que a vida é fácil e sequer próxima da perfeição?
Acho que quero algo que não existe, que está vivo apenas em meus sonhos... alguém que partiu há tanto tempo que nem vale mais a pena ser lembrada. E que provavelmente nem se lembra de mim... mas que eu sofro a cada dia ao lembrar de sua passagem por aqui.
Mas eu era apenas um menino... e deixei a oportunidade passar... gostaria de senti-la novamente.... mesmo me perguntando se seria como antes, se sentiria o mesmo.
Ela está tão longe, nem imagina o que se passa em minha mente. Será possível... as palavras e as idéias correm incessantemente por mim. Planos, planejamentos... pensamentos perdidos, jogados ao vento, sem que aquela que os motiva nem sequer sonhe com o que acontece por aqui.
Um desejo forte, intenso... sem o mínimo medo ou receio. Energia pura, direcionada para a confirmação do que é belo, claro e bem definido. Amor em estado bruto.... daqueles que te fazem perdr a cabeça e tudo mais no caminho.
E hoje, com todo o aprendizado de ambos, seria perfeito. Mas quem disse que a vida é fácil e sequer próxima da perfeição?
segunda-feira, abril 14, 2003
Good things
Sabe uma coisa muito legal?
É quando teu irmão europeu te liga num sabádo à noite e fica quase uma hora contigo no telefone. E isso pra acabar a semana em que a a tua irmãzinha argentina veio pro Brasil e vc saiu pra comer pizza e falar besteira c/ ela.
Eu amo esse povo, viu...
Só pra constar: Legião do Mal atualizada.
Sabe uma coisa muito legal?
É quando teu irmão europeu te liga num sabádo à noite e fica quase uma hora contigo no telefone. E isso pra acabar a semana em que a a tua irmãzinha argentina veio pro Brasil e vc saiu pra comer pizza e falar besteira c/ ela.
Eu amo esse povo, viu...
Só pra constar: Legião do Mal atualizada.
domingo, abril 13, 2003
Um novo começo
Novos conceitos estão se formando, novas pessoas entrando em minha vida e ganhando espaço. Sentimentos familiares, no sentido de família mesmo. Estou passando pelo momento de formação do meu futuro, posso sentir isso. Consigo, às vezes, ver quem eu serei daqui um tempo. Vejo pelo menos quem eu quero ser... e quando tenho esta visão sorrio satisfeito. O amanhã brilha no horizonte. Agora é só achar que vai estar ao meu lado no momento em que a fortuna chegar.
Novos conceitos estão se formando, novas pessoas entrando em minha vida e ganhando espaço. Sentimentos familiares, no sentido de família mesmo. Estou passando pelo momento de formação do meu futuro, posso sentir isso. Consigo, às vezes, ver quem eu serei daqui um tempo. Vejo pelo menos quem eu quero ser... e quando tenho esta visão sorrio satisfeito. O amanhã brilha no horizonte. Agora é só achar que vai estar ao meu lado no momento em que a fortuna chegar.
Flopada
E então eu convidei meus supostos amigos pruma balada que flopou completamente. Acho que eles tinham algo melhor pra fazer. Foda-se. Eu me diverti.
Deixo agora uma música que é muito fim de noite, mas que é muito linda. Essa não é do Rei, mas quase. É do Erasmo.
SENTADO À BEIRA DO CAMINHO
Erasmo
Eu não posso mais ficar aqui a esperar
Que um dia, de repente, você volte para mim
Vejo caminhões e carros apressados a passar por mim
Estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim
Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo
Meu olhar se perde na poeira dessa estrada triste
Onde a tristeza e a saudade de nós ainda existe
Esse sol que queima no meu rosto um resto de esperança
De ao menos ver de perto seu olhar que eu trago na lembrança
Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo
Vem a chuva e molha o meu rosto, então eu choro tanto
Minhas lágrimas e os pingos dessa chuva se confundem com meu pranto
Olho para mim mesmo e procuro, e não encontro nada
Só um pobre resto de esperança à beira de uma estrada
Preciso acabar, ohhh, logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo...
E então eu convidei meus supostos amigos pruma balada que flopou completamente. Acho que eles tinham algo melhor pra fazer. Foda-se. Eu me diverti.
Deixo agora uma música que é muito fim de noite, mas que é muito linda. Essa não é do Rei, mas quase. É do Erasmo.
SENTADO À BEIRA DO CAMINHO
Erasmo
Eu não posso mais ficar aqui a esperar
Que um dia, de repente, você volte para mim
Vejo caminhões e carros apressados a passar por mim
Estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim
Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo
Meu olhar se perde na poeira dessa estrada triste
Onde a tristeza e a saudade de nós ainda existe
Esse sol que queima no meu rosto um resto de esperança
De ao menos ver de perto seu olhar que eu trago na lembrança
Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo
Vem a chuva e molha o meu rosto, então eu choro tanto
Minhas lágrimas e os pingos dessa chuva se confundem com meu pranto
Olho para mim mesmo e procuro, e não encontro nada
Só um pobre resto de esperança à beira de uma estrada
Preciso acabar, ohhh, logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Eu existo, eu existo...
sexta-feira, abril 11, 2003
Força Oculta
O que pensar quando se está no meio de um turbilhão? Quando tudo parece um sonho, quando a realidade se dobra à sua frente, como reagir? Não é nada demais, além da vontade de não errar nunca.
Tenho em mãos uma liberdade que foi por muito tempo apenas imaginada. Não há mais amarras. O ir e vir tornou-se corriqueiro, inconstante e por isso mesmo leve. A verdade agora é mais presente do que nunca. Não há meias palavras e nem omissões. O que é, é e pronto.
Viver, amar... localizar-me num mundo sem fronteiras e de braços abertos. Tentar não me refugiar apenas na fantasia, trazer o que é supostamente real para perto de mim. Sem perder chances, sem titubear.
Sem pensar e nem olhar pra trás. Enfrentar sem medo e partir pro ataque. Venha mundo, que irás cair aos meu pés.
O que pensar quando se está no meio de um turbilhão? Quando tudo parece um sonho, quando a realidade se dobra à sua frente, como reagir? Não é nada demais, além da vontade de não errar nunca.
Tenho em mãos uma liberdade que foi por muito tempo apenas imaginada. Não há mais amarras. O ir e vir tornou-se corriqueiro, inconstante e por isso mesmo leve. A verdade agora é mais presente do que nunca. Não há meias palavras e nem omissões. O que é, é e pronto.
Viver, amar... localizar-me num mundo sem fronteiras e de braços abertos. Tentar não me refugiar apenas na fantasia, trazer o que é supostamente real para perto de mim. Sem perder chances, sem titubear.
Sem pensar e nem olhar pra trás. Enfrentar sem medo e partir pro ataque. Venha mundo, que irás cair aos meu pés.
quinta-feira, abril 10, 2003
Reconstruindo a defesa
Estou feliz com a vitória do Tricolor ontem sobre o Figueirense. Menos pelo futebol apresentado e mais pela vontade e raça demonstradas pelos jogadores. O São Paulo rachou todas as bolas, chutou pro mato sem dó nem piedade da redonda.
Mesmo assim, a defesa ainda mostrou algumas falhas. Por isso, mesmo costumando não fazer copy/paste aqui, vou mandar uma notícia que acabei de ler na Gazeta Esportiva. Fala sobre o novo zagueiro Tricolor, o uruguaio Lugano. Tá me lembrando muito o querido e saudoso Dom Dario Pereira. Vejam só:
Futebol/Mercado - (10/04/2003 11:30:15)
Tricolor apresenta uruguaio que não afrouxa
Raul Flávio Drewnick
São Paulo (SP) - Pelo menos no discurso, o zagueiro Diego Alfredo Lugano Moreno vai agradar aos torcedores são-paulinos. O uruguaio de 1,88m, 84kg e 22 anos foi apresentado nesta quinta-feira no CT do Tricolor e inspira confiança pelo porte e semblante decidido.
Contratado por três anos junto ao Nacional do Uruguai, Lugano teve 50% do seu passe comprado pelo São Paulo por aproximadamente US$ 200 mil. Ele teve passagens pelas seleções Sub-23 de seu país, além de ter jogado amistosos pela seleção principal.
Apontando como sua principal característica a potência física, Lugano parecia adivinhar que o presidente Marcelo Portugal Gouvêa dava simultaneamente entrevistas reclamando da falta de garra do Tricolor. Sem frescuras, o uruguaio confirmou ter chamado um jogador do Irã para uma briga de rua após a final do Torneio de Honk Kong, vencido pela seleção Sub-23 do Uruguai.
'Aquela foi uma partida ríspida. Sei que isso não é nenhum exemplo desportivo mas acredito que o homem não pode afrouxar nos momentos difíceis', disse Lugano, sem nenhum constrangimento.
Bastante confiante ao falar sobre seu futebol, Lugano mostrou que não veio para São Paulo para brincar. Ele recusou até o pedido dos fotógrafos para posar para as fotos sorrindo. 'Sou muito sério'.
Apesar de jovem, o zagueiro uruguaio vem para o Brasil para crescer na carreira e não corre riscos de se perder com a fama que possa adquirir. Lugano é casado e tem um filho de dois anos. Ele espera dar mais segurança para sua família, que em breve devem se mudar para São Paulo. No Uruguai, seu salário no Nacional chegava a atrasar cinco meses.
'O São Paulo é uma das maiores equipes brasileiras e o Brasil tem o melhor futebol do mundo. Será um grande desafio e espero que termine com um final feliz como outros jogadores do meu país: Dario Pereyra, Forlán e Pedro Rocha', disse Lugano, que não quer ser vítima de comparações.
Lugano recebeu a camisa número 3, que atualmente pertence ao criticado Jean, das mãos do presidente Marcelo Portugal Gouvêa e espera brigar em breve por uma vaga no time titular.
Estou feliz com a vitória do Tricolor ontem sobre o Figueirense. Menos pelo futebol apresentado e mais pela vontade e raça demonstradas pelos jogadores. O São Paulo rachou todas as bolas, chutou pro mato sem dó nem piedade da redonda.
Mesmo assim, a defesa ainda mostrou algumas falhas. Por isso, mesmo costumando não fazer copy/paste aqui, vou mandar uma notícia que acabei de ler na Gazeta Esportiva. Fala sobre o novo zagueiro Tricolor, o uruguaio Lugano. Tá me lembrando muito o querido e saudoso Dom Dario Pereira. Vejam só:
Futebol/Mercado - (10/04/2003 11:30:15)
Tricolor apresenta uruguaio que não afrouxa
Raul Flávio Drewnick
São Paulo (SP) - Pelo menos no discurso, o zagueiro Diego Alfredo Lugano Moreno vai agradar aos torcedores são-paulinos. O uruguaio de 1,88m, 84kg e 22 anos foi apresentado nesta quinta-feira no CT do Tricolor e inspira confiança pelo porte e semblante decidido.
Contratado por três anos junto ao Nacional do Uruguai, Lugano teve 50% do seu passe comprado pelo São Paulo por aproximadamente US$ 200 mil. Ele teve passagens pelas seleções Sub-23 de seu país, além de ter jogado amistosos pela seleção principal.
Apontando como sua principal característica a potência física, Lugano parecia adivinhar que o presidente Marcelo Portugal Gouvêa dava simultaneamente entrevistas reclamando da falta de garra do Tricolor. Sem frescuras, o uruguaio confirmou ter chamado um jogador do Irã para uma briga de rua após a final do Torneio de Honk Kong, vencido pela seleção Sub-23 do Uruguai.
'Aquela foi uma partida ríspida. Sei que isso não é nenhum exemplo desportivo mas acredito que o homem não pode afrouxar nos momentos difíceis', disse Lugano, sem nenhum constrangimento.
Bastante confiante ao falar sobre seu futebol, Lugano mostrou que não veio para São Paulo para brincar. Ele recusou até o pedido dos fotógrafos para posar para as fotos sorrindo. 'Sou muito sério'.
Apesar de jovem, o zagueiro uruguaio vem para o Brasil para crescer na carreira e não corre riscos de se perder com a fama que possa adquirir. Lugano é casado e tem um filho de dois anos. Ele espera dar mais segurança para sua família, que em breve devem se mudar para São Paulo. No Uruguai, seu salário no Nacional chegava a atrasar cinco meses.
'O São Paulo é uma das maiores equipes brasileiras e o Brasil tem o melhor futebol do mundo. Será um grande desafio e espero que termine com um final feliz como outros jogadores do meu país: Dario Pereyra, Forlán e Pedro Rocha', disse Lugano, que não quer ser vítima de comparações.
Lugano recebeu a camisa número 3, que atualmente pertence ao criticado Jean, das mãos do presidente Marcelo Portugal Gouvêa e espera brigar em breve por uma vaga no time titular.
Crítica do dia
Antes de colocar a Crítica do Dia, queria contar um pouco sobre o momento em que ela foi escrita.
Este foi o primeiro disco que resenhei. Fica claro que eu não tinha muitos recursos além do instinto para falar da música e do álbum todo. Foi logo na minha primeira semana no meu primeiro emprego.
É interessante pensar nesse tempo que passou, no quanto eu aprendi. Quando a escrevi, estava apenas no segundo ano da faculdade. Hoje já me formei e ainda por cima mudei completamente de ramo, caí na economia - algo que jamais havia pensado. Engraçadas as voltas que essa vida dá...
Segue a crítica:
Marillion (Abril Music / Castle)
Marillion.com
Este álbum do Marillion traz apenas 9 faixas e depois de ouvi-lo fica aquele gostinho de quero mais. Alguns fãs se assustaram com o nome do CD (Marilllion.com) e pensaram que a banda iria seguir a onda da música eletrônica. Nada disso. Eles passeiam por várias vertentes: Rock progressivo, Pop e até algumas levadas mais pesadas estão presentes, mas nada lembra o som eletrônico. Sem perder a mão na batera e na percussão, Ian Mosley manda muito bem, conduzindo de forma excepcional todas os estilos do Marillion. Nos teclados, o incansável Mark Kelly dá um show.
O baixo de Pete Trewaves não tem nada de muito especial, mas também não compromete, assim como a guitarra de Steve Rothery. Já os vocais de Steve Hogarth, esses sim merecem atenção e destaque.
No geral, é um excelente álbum e que deve ser conferido.
Antes de colocar a Crítica do Dia, queria contar um pouco sobre o momento em que ela foi escrita.
Este foi o primeiro disco que resenhei. Fica claro que eu não tinha muitos recursos além do instinto para falar da música e do álbum todo. Foi logo na minha primeira semana no meu primeiro emprego.
É interessante pensar nesse tempo que passou, no quanto eu aprendi. Quando a escrevi, estava apenas no segundo ano da faculdade. Hoje já me formei e ainda por cima mudei completamente de ramo, caí na economia - algo que jamais havia pensado. Engraçadas as voltas que essa vida dá...
Segue a crítica:
Marillion (Abril Music / Castle)
Marillion.com
Este álbum do Marillion traz apenas 9 faixas e depois de ouvi-lo fica aquele gostinho de quero mais. Alguns fãs se assustaram com o nome do CD (Marilllion.com) e pensaram que a banda iria seguir a onda da música eletrônica. Nada disso. Eles passeiam por várias vertentes: Rock progressivo, Pop e até algumas levadas mais pesadas estão presentes, mas nada lembra o som eletrônico. Sem perder a mão na batera e na percussão, Ian Mosley manda muito bem, conduzindo de forma excepcional todas os estilos do Marillion. Nos teclados, o incansável Mark Kelly dá um show.
O baixo de Pete Trewaves não tem nada de muito especial, mas também não compromete, assim como a guitarra de Steve Rothery. Já os vocais de Steve Hogarth, esses sim merecem atenção e destaque.
No geral, é um excelente álbum e que deve ser conferido.
quarta-feira, abril 09, 2003
Despedida
Não, eu não quero.
Não peça, pois vai doer e você sabe
Não queira, por favor não queira
Eu não sou assim e você sabe
Não, eu não quero.
Vá, saia logo.
Não me peça para voltar
Eu não sou mais aquela pessoa
Sou outro e não posso ser diferente
Vá, saia logo.
Você vai sofrer.
Não entrei como você
Não posso mentir
Não quero enganar
Você vai sofrer.
Fique bem
Darei-te um ombro, mas não mais que isso
Concedo-te um abraço, mas não mais que isso
Minha vida, você não terá
Fique bem.
Não, eu não quero.
Não peça, pois vai doer e você sabe
Não queira, por favor não queira
Eu não sou assim e você sabe
Não, eu não quero.
Vá, saia logo.
Não me peça para voltar
Eu não sou mais aquela pessoa
Sou outro e não posso ser diferente
Vá, saia logo.
Você vai sofrer.
Não entrei como você
Não posso mentir
Não quero enganar
Você vai sofrer.
Fique bem
Darei-te um ombro, mas não mais que isso
Concedo-te um abraço, mas não mais que isso
Minha vida, você não terá
Fique bem.
segunda-feira, abril 07, 2003
Mais uma do Rei
Então é o seguinte... tô c/ essa música na cabeça desde sábado à noite. O Rei é um cara muito foda. Podem me chamar de brega ou de qquer outro adjetivo que o valha, mas eu gosto mesmo do cara. Especialmente das coisas velhonas.
Essa música diz um pouco sobre o que está passando na minha cabeça atualmente. Pelo menos alguma das coisas que estão aqui dentro deste espaço tão tempestuoso.
Muita gente já regravou essa canção, tanto que muitos nem imaginam que ela seja do Rei. Espero que gostem (e se não gostarem tbém foda-se pq o blog é meu...:-P)
Amor Perfeito
Roberto Carlos
Fecho os olhos, pra não ver passar o tempo.
Sinto falta de você,
Anjo bom, amor perfeito no meu peito,
Sem você não sei viver.
Então vem,
Que eu conto os dias, conto as horas pra te ver.
E eu não consigo te esquecer,
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você...
Os minutos vão passando lentamente,
Não tem hora pra chegar.
Até quando te querendo e te amando,
Coração quer te encontrar.
Então vem, que nos meus braços esse amor é uma canção
E eu não consigo te esquecer.
Cada minuto é muito tempo sem você,
Sem você...
Eu não vou saber me acostumar
Sem suas mãos pra me acalmar,
Sem seu olhar pra me entender,
Sem seu carinho, amor sem você.
Vem me tirar da solidão,
Fazer feliz meu coração,
Já não importa quem errou,
O que passou, passou, então vem...
Que eu conto os dias, conto as horas pra te ver.
E eu não consigo te esquecer,
Cada minuto é muito tempo sem você,
Sem você...
Eu não vou saber me acostumar
Sem suas mãos pra me acalmar,
Sem seu olhar pra me entender,
Sem seu carinho, amor sem você.
Vem me tirar da solidão,
Fazer feliz meu coração,
Já não importa quem errou,
O que passou, passou, então vem, vem, vem...
Então é o seguinte... tô c/ essa música na cabeça desde sábado à noite. O Rei é um cara muito foda. Podem me chamar de brega ou de qquer outro adjetivo que o valha, mas eu gosto mesmo do cara. Especialmente das coisas velhonas.
Essa música diz um pouco sobre o que está passando na minha cabeça atualmente. Pelo menos alguma das coisas que estão aqui dentro deste espaço tão tempestuoso.
Muita gente já regravou essa canção, tanto que muitos nem imaginam que ela seja do Rei. Espero que gostem (e se não gostarem tbém foda-se pq o blog é meu...:-P)
Amor Perfeito
Roberto Carlos
Fecho os olhos, pra não ver passar o tempo.
Sinto falta de você,
Anjo bom, amor perfeito no meu peito,
Sem você não sei viver.
Então vem,
Que eu conto os dias, conto as horas pra te ver.
E eu não consigo te esquecer,
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você...
Os minutos vão passando lentamente,
Não tem hora pra chegar.
Até quando te querendo e te amando,
Coração quer te encontrar.
Então vem, que nos meus braços esse amor é uma canção
E eu não consigo te esquecer.
Cada minuto é muito tempo sem você,
Sem você...
Eu não vou saber me acostumar
Sem suas mãos pra me acalmar,
Sem seu olhar pra me entender,
Sem seu carinho, amor sem você.
Vem me tirar da solidão,
Fazer feliz meu coração,
Já não importa quem errou,
O que passou, passou, então vem...
Que eu conto os dias, conto as horas pra te ver.
E eu não consigo te esquecer,
Cada minuto é muito tempo sem você,
Sem você...
Eu não vou saber me acostumar
Sem suas mãos pra me acalmar,
Sem seu olhar pra me entender,
Sem seu carinho, amor sem você.
Vem me tirar da solidão,
Fazer feliz meu coração,
Já não importa quem errou,
O que passou, passou, então vem, vem, vem...
sexta-feira, abril 04, 2003
"Entre os grandes, és o primeiro"
Bom, aí o que aconteceu? O Tricolor ganhou de 5 a 1 do Gama. Resultado não mais do que o esperado, diante do que jogaram as equipes na partida de ida. Mas quem vê o placar não imagina que o jogo acabou o primeiro tempo com a equipe brasiliense na frente do placar e que o tricolor só conseguiu empatar e virar com um certo sacrifício e com Ricardinho cobrando um escanteio sensacional e o matador Luis Fabiano chegando junto forte de cabeça pra abrir o placar.
Mas isso não foi o que mais chamou a atenção no jogo, mas sim o que aconteceu depois. Os jogadores, liderados pelo capitão Rogério Ceni deram apoio total e irrestrito a Oswaldo de Oliveira – fato não muito comum de ser visto no meio futebolístico.
Em um exemplo de profissionalismo, amizade e respeito, os jogadores reuniram-se em volta de seu comandante e deram a ele o voto de confiança necessário para continuar a exercer (e bem) o seu trabalho.
Ao mesmo tempo, eles calaram a boca das partes dissonantes da diretoria, que não tem como ir contra um grupo de 22 jogadores. O fato, mais que tudo, serve para mostrar que os verdadeiros donos do espetáculo, quem efetivamente dá o show, têm muito mais poder do que eles próprios imaginam.
Revolução, meu povo! Camaradas, às armas, que nossa luta e justa e portanto não poderemos perder.
Sentimentos movidos por um ideal. É deus no céu e nóis na fita!
Tricolor no coração.
(e pau no cu das galinhas pretas)
Bom, aí o que aconteceu? O Tricolor ganhou de 5 a 1 do Gama. Resultado não mais do que o esperado, diante do que jogaram as equipes na partida de ida. Mas quem vê o placar não imagina que o jogo acabou o primeiro tempo com a equipe brasiliense na frente do placar e que o tricolor só conseguiu empatar e virar com um certo sacrifício e com Ricardinho cobrando um escanteio sensacional e o matador Luis Fabiano chegando junto forte de cabeça pra abrir o placar.
Mas isso não foi o que mais chamou a atenção no jogo, mas sim o que aconteceu depois. Os jogadores, liderados pelo capitão Rogério Ceni deram apoio total e irrestrito a Oswaldo de Oliveira – fato não muito comum de ser visto no meio futebolístico.
Em um exemplo de profissionalismo, amizade e respeito, os jogadores reuniram-se em volta de seu comandante e deram a ele o voto de confiança necessário para continuar a exercer (e bem) o seu trabalho.
Ao mesmo tempo, eles calaram a boca das partes dissonantes da diretoria, que não tem como ir contra um grupo de 22 jogadores. O fato, mais que tudo, serve para mostrar que os verdadeiros donos do espetáculo, quem efetivamente dá o show, têm muito mais poder do que eles próprios imaginam.
Revolução, meu povo! Camaradas, às armas, que nossa luta e justa e portanto não poderemos perder.
Sentimentos movidos por um ideal. É deus no céu e nóis na fita!
Tricolor no coração.
(e pau no cu das galinhas pretas)
Into the void
I've been here before
This place where the sun doesn't shine
where the kids doesn't smile
Where the eagles dare to land
Here, where everybody has her face
Yes, I've been here before
Where every room is made of mirrors
where the light can't brake through
Where I'm lost
Where I'm all alone
I've been here before
This place where the sun doesn't shine
where the kids doesn't smile
Where the eagles dare to land
Here, where everybody has her face
Yes, I've been here before
Where every room is made of mirrors
where the light can't brake through
Where I'm lost
Where I'm all alone
quinta-feira, abril 03, 2003
Tá no ar!!!
sim, o It's all about Insanity orgulhosamente convida a todos para conhecer o seu novo filhote: a Legião do Mal.
Sim, um blog inteiramente dedicado aos quadrinhos e artes adjacentes, como televisão e cinema. :-)
Vão lá ver que o menino tá ficando bonito!
sim, o It's all about Insanity orgulhosamente convida a todos para conhecer o seu novo filhote: a Legião do Mal.
Sim, um blog inteiramente dedicado aos quadrinhos e artes adjacentes, como televisão e cinema. :-)
Vão lá ver que o menino tá ficando bonito!
Lost in the realm of dreams
Os sonhos da infância encontraram seu fim. Não há mais o riso fácil, o desejo solto e a alegria simples. Uma pedra foi colocada no caminho, encerrando o assunto de uma maneira que parece ser definitiva. Não há mais o brilho nos olhos e o coração sobressaltado. O castelo de cartas se desfez.
Aquele amor, que parecia eterno, murchou. Ela vive outra vida, outra realidade. Cresceu, se modernizou. Tornou-se plena, senhora de sua vida. Não há mais espaço para divagações chorosas adolescentes. A hora é de ser adulta.
Enquanto isso, ele se perde no labirinto intrincado de sua mente perturbada. Acaba percebendo, no meio da tormenta, que baseou toda sua vida em devaneios sem nenhuma âncora em fatos concretos. O momento é de decisão. Ficará ele a combater moinhos de vento ou partirá em busca do totalmente novo?
Os sonhos da infância encontraram seu fim. Não há mais o riso fácil, o desejo solto e a alegria simples. Uma pedra foi colocada no caminho, encerrando o assunto de uma maneira que parece ser definitiva. Não há mais o brilho nos olhos e o coração sobressaltado. O castelo de cartas se desfez.
Aquele amor, que parecia eterno, murchou. Ela vive outra vida, outra realidade. Cresceu, se modernizou. Tornou-se plena, senhora de sua vida. Não há mais espaço para divagações chorosas adolescentes. A hora é de ser adulta.
Enquanto isso, ele se perde no labirinto intrincado de sua mente perturbada. Acaba percebendo, no meio da tormenta, que baseou toda sua vida em devaneios sem nenhuma âncora em fatos concretos. O momento é de decisão. Ficará ele a combater moinhos de vento ou partirá em busca do totalmente novo?
Quem é o figura?
Atendendo aos inúmeros pedidos, revelo a vocês quem é o Cury.
Bom, começo dizendo que ele é meu amigo há aproximadamente 8 anos. Sim, nos conhecemos desde os tempos da terrinha. Atualmente ele é uma das três pessoas com as quais divido um apartamento na região central de São Paulo. E, o cara com o qual divido o meu quarto. Notem que eu digo aqui DIVIDO, que signfica uma metade para cada, seperação. Que é bem diferente de compartilhar, coisa que definitivamente nós NÃO fazemos.
Como eu e outros frequentadores deste espaço (Marcel e Vitti, especificamente), ele é fã de quadrinhos. Porém, o menino está um passo além nessa loucura da qual compartilhamos. Ele é o que eu costumo chamar de fã xiita. Hardcore mesmo, sabe?
Mas isso não é, necessariamente, algo ruim. O Cury é hoje, muito provavelmente, um dos caras que mais entende do DC Comics Universe deste lado do Equador. No Brasil, digo sem medo de errar que ninguém manja mais do DCU do que ele. Um dia isso ainda vai render frutos outros que não comentários "espertos" aqui no blog. O cara é bem inteligente e escreve até que bem, como vcs já puderam perceber.
Então, se alguém quiser saber qquer coisa sobre quadrinhos de super-heróis (sem contar as bobagens da Image Comics), pode perguntar que o homem vai saber responder. Se for do Flash então, aí nem tem graça.
É isso!
Atendendo aos inúmeros pedidos, revelo a vocês quem é o Cury.
Bom, começo dizendo que ele é meu amigo há aproximadamente 8 anos. Sim, nos conhecemos desde os tempos da terrinha. Atualmente ele é uma das três pessoas com as quais divido um apartamento na região central de São Paulo. E, o cara com o qual divido o meu quarto. Notem que eu digo aqui DIVIDO, que signfica uma metade para cada, seperação. Que é bem diferente de compartilhar, coisa que definitivamente nós NÃO fazemos.
Como eu e outros frequentadores deste espaço (Marcel e Vitti, especificamente), ele é fã de quadrinhos. Porém, o menino está um passo além nessa loucura da qual compartilhamos. Ele é o que eu costumo chamar de fã xiita. Hardcore mesmo, sabe?
Mas isso não é, necessariamente, algo ruim. O Cury é hoje, muito provavelmente, um dos caras que mais entende do DC Comics Universe deste lado do Equador. No Brasil, digo sem medo de errar que ninguém manja mais do DCU do que ele. Um dia isso ainda vai render frutos outros que não comentários "espertos" aqui no blog. O cara é bem inteligente e escreve até que bem, como vcs já puderam perceber.
Então, se alguém quiser saber qquer coisa sobre quadrinhos de super-heróis (sem contar as bobagens da Image Comics), pode perguntar que o homem vai saber responder. Se for do Flash então, aí nem tem graça.
É isso!
quarta-feira, abril 02, 2003
Há retorno?
Quantas vezes podemos tentar? Há algum erro impossível de ser remediado? Há feridas impossíveis de serem curadas? Nos ciclos infinitos da vida é possível retomar algo do instante em que tudo parecia estar perdido?
Tudo pode acontecer. A vida é absolutamente plena de possibilidades. As respostas estão onde menos se imagina. É preciso apenas paciência e calma, para alcançar o estado desejado.
Quantas vezes podemos tentar? Há algum erro impossível de ser remediado? Há feridas impossíveis de serem curadas? Nos ciclos infinitos da vida é possível retomar algo do instante em que tudo parecia estar perdido?
Tudo pode acontecer. A vida é absolutamente plena de possibilidades. As respostas estão onde menos se imagina. É preciso apenas paciência e calma, para alcançar o estado desejado.
terça-feira, abril 01, 2003
Entrevista do dia
É, hoje não será uma crítica mas sim uma entrevista. Peço desculpas desde já pois não sou um grande entrevistador. Pra ser sincero, acho que sou péssimo entrevistando. Mas são ossos do ofício e então vamos lá.
No início de 2001 segui para o Rio de Janeiro acompanhado por um grupo de grandes amigos para curtir o Rock in RIo III. Além de assistir aos shows, eu estava realizando um sonho, estava ali como jornalista para cobrir o evento (na raça, pois minha credencial foi cancelada uma semana antes da viagem), falar com uma porrada de gente que eu só via pela TV e ouvia pelos discos.
Foi um período mágico, sem precedentes na história da minha vida.
A entrevista abaixo foi feita por mim e pelo meu brother jornalista e músico Diego Rodrigues com Josh Homme, guitarrista e vocalista que começou sua carreira na década de 80 no Kyuss, uma banda não muito conhecida no Brasil, mas que possui fãs ardorosos em todo o mundo. Hoje ele é o principal expoente do Queens of the Stone Age, banda que foi considerada a melhor do ano 2000 pela a imprensa especializada. Seu penúltimo disco, Rated-R, foi um dos mais vendidos nos EUA em 2000. Ela foi feita em seu quarto de hotel, um dia antes da apresentação no Rock in Rio III. Leiam e aproveitem!
It's All About Insanity - Por que o Kyuss se separou? Foi algum tipo de conflito musical?
Josh Homme - Não houve nenhum tipo de conflito na banda. Nós nos conhecíamos desde que éramos crianças. Fazíamos aquilo só pela música. Mas as coisas começaram a crescer e, eu acho, que nenhum de nós queria isso. Mas na minha perspectiva, foi tudo muito positivo. Nós conseguimos muito mais do que imaginávamos que seria possível conseguir. Tocamos em vários países, gravamos quatro discos. Eu nunca achei que nos conseguiríamos fazer 1 disco!. (risos) Paramos enquanto estávamos bem. Decidimos preservar aquilo, que era lindo, ao invés de destruir. Eu acho que foi bom termos feito isso. Não queria ver aquilo afundar e se perder. Mas todos nos diziam para não fazermos isso porque nós ainda seríamos muito grandes. Eu respondia ‘vocês não entendem!’ Acho que nós estávamos cercados de idiotas.
IAAI - Deve ter sido difícil para vocês fazerem sucesso tão jovens. Sempre havia alguém falando algo, querendo algo de vocês, certo?
J. H - Era exatamente isso. Era muito difícil mas eu acredito que todos nós sabíamos o que estava acontecendo, tínhamos bastante consciência. Só foi ruim porque às vezes acabávamos afastando gente muito boa, pois éramos muito fechados. Mas para mim, a banda em que estou tocando não importa muito, pois eu continuo tocando dentro dos meus ideais. Mesmo agora, no Queens, se a banda acabasse agora, eu ficaria numa boa.
IAAI - De lá pra cá seu estilo de tocar mudou muito. Sua guitarra está mais econômica. Por que isso aconteceu?
J.H - Para começar, eu não queria fazer um “Kyuss parte II”. Porque para mim isso seria como se eu plagiasse a mim mesmo. E depois, você cresce, se desenvolve e acaba mudando. No Kyuss nós, deliberadamente, fazíamos um som meio ‘tosco’. Não queríamos soar bem. E agora, depois de quase nove anos fazendo aquele tipo de som, que era quase que uma ‘jam session’ o tempo todo, fiquei de saco cheio. Não quero mais fazer ‘jams’, quero ouvir canções de verdade. É claro que eu ainda faço ‘jams’, mas não é mais a mesma coisa.
IAAI - Como é a experiência de tocar no Brasil?
IAAI - O público daqui parece ser muito receptivo. Do meu modo de ver, os brasileiros são o tipo de pessoas que largam o que estão fazendo e saem pulando quando ouvem uma música legal. Eu sempre quis vir para cá. Da primeira vez que fomos para a Europa com o Kyuss queríamos ter vindo para cá, mas nos disseram que era muito caro e difícil.
FE - Você tocava com o Screeming Trees. O que você trouxe deles para o QOTSA?
IAAI - Para mim, tocar com o Screeming Trees, foi como um treino para tocar com o Queens. Quando eles me convidaram eu estava escrevendo muita coisa, mas não estava mostrando para ninguém. E era tudo muito econômico e no Trees eu tocava a base, não tinha que ficar fazendo solos nem nada assim. Isso me agradou muito, pois era algo simples, como as minhas coisas na época.
J.H - Você tem uma clara preferência por sons mais simples. O que você pensa de guitarristas que tocam várias notas, como Malmsteen por exemplo? O que você pensa desse tipo de música?
IAAI - Eu, pessoalmente, prefiro quando você pode perceber o que está acontecendo, quando pode-se cantar junto. É claro que há momentos em que se faz uma levada mais rápida, mas quando eu vejo quinze notas passarem num piscar de olhos, eu paro e pergunto: ‘O que você acabou de tocar?’ Não dá para saber, você nem percebe. Prefiro uma nota a quinze.
J.H - Quais são seus guitarristas favoritos de todos os tempos?
IAAI - São os que considero mais ‘fáceis’, como Jimi Hendrix, que tinha uma levada muito fácil. Me agrada muito também um cara com quem eu trabalhei no “Desert Sessions”, chamado Mario Lalli. Ele é guitarrista de uma banda chamada Jetson. Seu estilo é muito estranho. É pesado, mas ao mesmo tempo jazz e rock. É bastante inovador e característico. Quando eu ouço algo, mesmo sem ver a imagem, já percebo que é ele. Para mim isso é algo importante. Quando alguém ouve a minha música, ele consegue me identificar? Eu busco isso e respeito quem consegue. Jimmy Page é um exemplo disso.
IAAI - Fale um pouco mais sobre o “Desert Sessions”
J.H - Basicamente, foi uma experiência musical. Colocar as pessoas juntas, a maioria que não se conhece, trocar de instrumentos, fazer um som... enfim, deixar a coisa rolar. Levar todos para fora daquele ritmo alucinante da cidade (as gravações são feitas no meio do deserto, por isso o nome “Desert Sessions”), para fazê-las lembrar do por quê fazem música. Eu estive sempre esperando alguém me convidar para fazer algo assim. Como isso não aconteceu, acabei fazendo isso eu mesmo.
IAAI - Falando agora sobre o “Rated-R”, ele é um disco que soa um tanto quanto vintage, uma sonoridade bastante analógica. Que tipo de equipamento foi usado na gravação?
J.H - Ele foi gravado em dois gravadores de analógicos de 16 pistas, com fitas de duas polegadas. Eu não o vejo como algo ‘retro’. É que eu simplesmente não consigo usar nada digital na minha música! (risos) Eu até usaria se estivesse fazendo techno ou Rap, ou algo assim. Mas o meu negócio é Rock n’ Roll! Eu tenho que star ali, ouvindo as coisas. Além disso, todos os meus discos favoritos foram feitos dessa maneira. Não é porque todo mundo está usando equipamentos digitais que eu também tenho que usar.
IAAI - Todo mundo anda endeusando o QOTSA, dizendo que vocês são “a banda do novo milênio”, o “novo Nirvana”. O que você pensa disso? Isso aumenta a responsabilidade para o próximo disco?
J.H - Bom, mesmo continuando a turnê, nós vamos começar a fazer a pré-produção do novo disco no próximo mês. Mesmo que todos esperem uma certa responsabilidade, eu não tenho nenhuma comigo mesmo (risos). Eu não estou aqui para salvar ninguém. Não sou o “novo Nirvana”. Eu acho que as pessoas têm uma necessidade de colocar um rótulo em tudo. Eu nunca me preocupei com isso e seria uma vergonha se eu começasse a me preocupar agora.. Eu acho que devo continuar a fazer tudo que sempre fiz, e parte disso e dizer: “Foda-se!”. Não há pressão se você faz o que gosta, se escreve suas músicas e toca as melhores. O único problema em tudo isso é que alguém pode ler algo em que está escrito que o nosso disco é o “novo Nevermind” e começar a pensar “Esses caras se acham o Nirvana, danem-se eles!”, mas sem nunca ter ouvido o disco. Mas espere um pouco. Eu nunca disse isso, foi o carinha ali que falou (risos).
IAAI - Você possui algum método de composição? Você pensa primeiro em uma coisa, depois em outra? Como é?
J.H - Não tenho nenhum tipo de hábito no que diz respeito à composição, e me esforço para nunca ter. Não quero sempre andar num mesma direção. Prefiro rodar por aí e esperar as coisas “trombarem” comigo. Às vezes é a melodia, às vezes uma base de guitarra. E qualquer coisa pode servir de inspiração.
É, hoje não será uma crítica mas sim uma entrevista. Peço desculpas desde já pois não sou um grande entrevistador. Pra ser sincero, acho que sou péssimo entrevistando. Mas são ossos do ofício e então vamos lá.
No início de 2001 segui para o Rio de Janeiro acompanhado por um grupo de grandes amigos para curtir o Rock in RIo III. Além de assistir aos shows, eu estava realizando um sonho, estava ali como jornalista para cobrir o evento (na raça, pois minha credencial foi cancelada uma semana antes da viagem), falar com uma porrada de gente que eu só via pela TV e ouvia pelos discos.
Foi um período mágico, sem precedentes na história da minha vida.
A entrevista abaixo foi feita por mim e pelo meu brother jornalista e músico Diego Rodrigues com Josh Homme, guitarrista e vocalista que começou sua carreira na década de 80 no Kyuss, uma banda não muito conhecida no Brasil, mas que possui fãs ardorosos em todo o mundo. Hoje ele é o principal expoente do Queens of the Stone Age, banda que foi considerada a melhor do ano 2000 pela a imprensa especializada. Seu penúltimo disco, Rated-R, foi um dos mais vendidos nos EUA em 2000. Ela foi feita em seu quarto de hotel, um dia antes da apresentação no Rock in Rio III. Leiam e aproveitem!
It's All About Insanity - Por que o Kyuss se separou? Foi algum tipo de conflito musical?
Josh Homme - Não houve nenhum tipo de conflito na banda. Nós nos conhecíamos desde que éramos crianças. Fazíamos aquilo só pela música. Mas as coisas começaram a crescer e, eu acho, que nenhum de nós queria isso. Mas na minha perspectiva, foi tudo muito positivo. Nós conseguimos muito mais do que imaginávamos que seria possível conseguir. Tocamos em vários países, gravamos quatro discos. Eu nunca achei que nos conseguiríamos fazer 1 disco!. (risos) Paramos enquanto estávamos bem. Decidimos preservar aquilo, que era lindo, ao invés de destruir. Eu acho que foi bom termos feito isso. Não queria ver aquilo afundar e se perder. Mas todos nos diziam para não fazermos isso porque nós ainda seríamos muito grandes. Eu respondia ‘vocês não entendem!’ Acho que nós estávamos cercados de idiotas.
IAAI - Deve ter sido difícil para vocês fazerem sucesso tão jovens. Sempre havia alguém falando algo, querendo algo de vocês, certo?
J. H - Era exatamente isso. Era muito difícil mas eu acredito que todos nós sabíamos o que estava acontecendo, tínhamos bastante consciência. Só foi ruim porque às vezes acabávamos afastando gente muito boa, pois éramos muito fechados. Mas para mim, a banda em que estou tocando não importa muito, pois eu continuo tocando dentro dos meus ideais. Mesmo agora, no Queens, se a banda acabasse agora, eu ficaria numa boa.
IAAI - De lá pra cá seu estilo de tocar mudou muito. Sua guitarra está mais econômica. Por que isso aconteceu?
J.H - Para começar, eu não queria fazer um “Kyuss parte II”. Porque para mim isso seria como se eu plagiasse a mim mesmo. E depois, você cresce, se desenvolve e acaba mudando. No Kyuss nós, deliberadamente, fazíamos um som meio ‘tosco’. Não queríamos soar bem. E agora, depois de quase nove anos fazendo aquele tipo de som, que era quase que uma ‘jam session’ o tempo todo, fiquei de saco cheio. Não quero mais fazer ‘jams’, quero ouvir canções de verdade. É claro que eu ainda faço ‘jams’, mas não é mais a mesma coisa.
IAAI - Como é a experiência de tocar no Brasil?
IAAI - O público daqui parece ser muito receptivo. Do meu modo de ver, os brasileiros são o tipo de pessoas que largam o que estão fazendo e saem pulando quando ouvem uma música legal. Eu sempre quis vir para cá. Da primeira vez que fomos para a Europa com o Kyuss queríamos ter vindo para cá, mas nos disseram que era muito caro e difícil.
FE - Você tocava com o Screeming Trees. O que você trouxe deles para o QOTSA?
IAAI - Para mim, tocar com o Screeming Trees, foi como um treino para tocar com o Queens. Quando eles me convidaram eu estava escrevendo muita coisa, mas não estava mostrando para ninguém. E era tudo muito econômico e no Trees eu tocava a base, não tinha que ficar fazendo solos nem nada assim. Isso me agradou muito, pois era algo simples, como as minhas coisas na época.
J.H - Você tem uma clara preferência por sons mais simples. O que você pensa de guitarristas que tocam várias notas, como Malmsteen por exemplo? O que você pensa desse tipo de música?
IAAI - Eu, pessoalmente, prefiro quando você pode perceber o que está acontecendo, quando pode-se cantar junto. É claro que há momentos em que se faz uma levada mais rápida, mas quando eu vejo quinze notas passarem num piscar de olhos, eu paro e pergunto: ‘O que você acabou de tocar?’ Não dá para saber, você nem percebe. Prefiro uma nota a quinze.
J.H - Quais são seus guitarristas favoritos de todos os tempos?
IAAI - São os que considero mais ‘fáceis’, como Jimi Hendrix, que tinha uma levada muito fácil. Me agrada muito também um cara com quem eu trabalhei no “Desert Sessions”, chamado Mario Lalli. Ele é guitarrista de uma banda chamada Jetson. Seu estilo é muito estranho. É pesado, mas ao mesmo tempo jazz e rock. É bastante inovador e característico. Quando eu ouço algo, mesmo sem ver a imagem, já percebo que é ele. Para mim isso é algo importante. Quando alguém ouve a minha música, ele consegue me identificar? Eu busco isso e respeito quem consegue. Jimmy Page é um exemplo disso.
IAAI - Fale um pouco mais sobre o “Desert Sessions”
J.H - Basicamente, foi uma experiência musical. Colocar as pessoas juntas, a maioria que não se conhece, trocar de instrumentos, fazer um som... enfim, deixar a coisa rolar. Levar todos para fora daquele ritmo alucinante da cidade (as gravações são feitas no meio do deserto, por isso o nome “Desert Sessions”), para fazê-las lembrar do por quê fazem música. Eu estive sempre esperando alguém me convidar para fazer algo assim. Como isso não aconteceu, acabei fazendo isso eu mesmo.
IAAI - Falando agora sobre o “Rated-R”, ele é um disco que soa um tanto quanto vintage, uma sonoridade bastante analógica. Que tipo de equipamento foi usado na gravação?
J.H - Ele foi gravado em dois gravadores de analógicos de 16 pistas, com fitas de duas polegadas. Eu não o vejo como algo ‘retro’. É que eu simplesmente não consigo usar nada digital na minha música! (risos) Eu até usaria se estivesse fazendo techno ou Rap, ou algo assim. Mas o meu negócio é Rock n’ Roll! Eu tenho que star ali, ouvindo as coisas. Além disso, todos os meus discos favoritos foram feitos dessa maneira. Não é porque todo mundo está usando equipamentos digitais que eu também tenho que usar.
IAAI - Todo mundo anda endeusando o QOTSA, dizendo que vocês são “a banda do novo milênio”, o “novo Nirvana”. O que você pensa disso? Isso aumenta a responsabilidade para o próximo disco?
J.H - Bom, mesmo continuando a turnê, nós vamos começar a fazer a pré-produção do novo disco no próximo mês. Mesmo que todos esperem uma certa responsabilidade, eu não tenho nenhuma comigo mesmo (risos). Eu não estou aqui para salvar ninguém. Não sou o “novo Nirvana”. Eu acho que as pessoas têm uma necessidade de colocar um rótulo em tudo. Eu nunca me preocupei com isso e seria uma vergonha se eu começasse a me preocupar agora.. Eu acho que devo continuar a fazer tudo que sempre fiz, e parte disso e dizer: “Foda-se!”. Não há pressão se você faz o que gosta, se escreve suas músicas e toca as melhores. O único problema em tudo isso é que alguém pode ler algo em que está escrito que o nosso disco é o “novo Nevermind” e começar a pensar “Esses caras se acham o Nirvana, danem-se eles!”, mas sem nunca ter ouvido o disco. Mas espere um pouco. Eu nunca disse isso, foi o carinha ali que falou (risos).
IAAI - Você possui algum método de composição? Você pensa primeiro em uma coisa, depois em outra? Como é?
J.H - Não tenho nenhum tipo de hábito no que diz respeito à composição, e me esforço para nunca ter. Não quero sempre andar num mesma direção. Prefiro rodar por aí e esperar as coisas “trombarem” comigo. Às vezes é a melodia, às vezes uma base de guitarra. E qualquer coisa pode servir de inspiração.
Crítica do Dia
King Diamond (Rock Brigade)
House of God
É pessoal, só uma palavra consegue definir este disco do nosso velho e bom amigo King Diamond: Porrada! Dentro de suas características, ele mostra que continua mandando muito bem. São álbuns como este que servem para calar a boca daqueles "modernos", que adoram dizer que o Metal está morto.
Glen Drover e Andy La Roque se revezam nos solos e ambos fazem um ótimo trabalho. Todas as músicas tem uma beleza épica, com muito peso sendo distribuído de forma extremamente harmônica e melódica. O baixo de David Harbour completa de forma precisa esse quadro. Conseguem exemplificar bem isso a faixa-título, além de "The Pact" e "Just a Shadow". Preste atenção também em "Upon the Cross", que inicia o CD - Mais sinistra impossível.
Se você é daqueles que já conhece o estilo, vá em frente sem medo. Se nunca ouviu nada nessa linha, aproveite que a hora é agora.
King Diamond (Rock Brigade)
House of God
É pessoal, só uma palavra consegue definir este disco do nosso velho e bom amigo King Diamond: Porrada! Dentro de suas características, ele mostra que continua mandando muito bem. São álbuns como este que servem para calar a boca daqueles "modernos", que adoram dizer que o Metal está morto.
Glen Drover e Andy La Roque se revezam nos solos e ambos fazem um ótimo trabalho. Todas as músicas tem uma beleza épica, com muito peso sendo distribuído de forma extremamente harmônica e melódica. O baixo de David Harbour completa de forma precisa esse quadro. Conseguem exemplificar bem isso a faixa-título, além de "The Pact" e "Just a Shadow". Preste atenção também em "Upon the Cross", que inicia o CD - Mais sinistra impossível.
Se você é daqueles que já conhece o estilo, vá em frente sem medo. Se nunca ouviu nada nessa linha, aproveite que a hora é agora.
segunda-feira, março 31, 2003
The king is back
Pois quando eu menos esperava o monstro voltou a rondar meu castelo. Dessa vez, deixou-se ver e fez um leve ataque. Mas, para minha surpresa, os consertos feitos em minha defesa foram mais do que suficientes. Meus arqueiros posicionaram-se muito bem e evitaram qualquer tentativa dele em escalar as minhas muradas.
O medo que invadia meu ser sempre que o monstro era avistado não se manifestou dessa vez. Sentei-me em meu trono e comandei minhas tropas com o rigor e a autoridade que elas esperavam de mim. Voltei ao meu local verdadeiro, de onde nunca deveria ter saído – e de onde me ausentei tempo demais.
Sim, sou novamente um rei pleno e completo. Meu reino curva-se diante do meu poder e de minha decisão. Apenas esperam que a atitude não se converta em maldade e soberba. Acredito que seus corações podem ficar tranqüilizados. A bondade vive aqui. Apenas a ingenuidade deixou este ser.
Pois quando eu menos esperava o monstro voltou a rondar meu castelo. Dessa vez, deixou-se ver e fez um leve ataque. Mas, para minha surpresa, os consertos feitos em minha defesa foram mais do que suficientes. Meus arqueiros posicionaram-se muito bem e evitaram qualquer tentativa dele em escalar as minhas muradas.
O medo que invadia meu ser sempre que o monstro era avistado não se manifestou dessa vez. Sentei-me em meu trono e comandei minhas tropas com o rigor e a autoridade que elas esperavam de mim. Voltei ao meu local verdadeiro, de onde nunca deveria ter saído – e de onde me ausentei tempo demais.
Sim, sou novamente um rei pleno e completo. Meu reino curva-se diante do meu poder e de minha decisão. Apenas esperam que a atitude não se converta em maldade e soberba. Acredito que seus corações podem ficar tranqüilizados. A bondade vive aqui. Apenas a ingenuidade deixou este ser.
domingo, março 30, 2003
Solaris
Assistam Solaris. Não achei que o George Clooney pudesse ser tão bom ator, nem que Soderbergh pudesse ser tão bom diretor.
Várias pessoas saíram do cinema antes da primeira meia hora. Não aguentaram o ritmo pesado e bem marcado do filme. É angustiante, mas belíssimo.
Ainda estou digerindo algumas idéias que ele passa, quando pensar melhor (se conseguir) escrevo mais sobre ele. Mas assistam, sério mesmo.
Assistam Solaris. Não achei que o George Clooney pudesse ser tão bom ator, nem que Soderbergh pudesse ser tão bom diretor.
Várias pessoas saíram do cinema antes da primeira meia hora. Não aguentaram o ritmo pesado e bem marcado do filme. É angustiante, mas belíssimo.
Ainda estou digerindo algumas idéias que ele passa, quando pensar melhor (se conseguir) escrevo mais sobre ele. Mas assistam, sério mesmo.
Perguntando ao vácuo
Sinto falta de alguém que se foi há tempos. Uma pessoa que as brumas da noite carregaram para o mar da saudade.
Ela partiu num barco construído com as lascas do meu coração e montado sobre as pedras que eu bobamente lhe atirei.
O passado não volta, mas será que existem outras chances para quem errou tanto?
Ainda há o que ser dito? O tempo passou, o futuro é agora e talvez não exista amanhã.
Que forças vão nos conduzir no momento em que nos decidirmos pelo caminho que mais nos apetecer?
Sinto falta de alguém que se foi há tempos. Uma pessoa que as brumas da noite carregaram para o mar da saudade.
Ela partiu num barco construído com as lascas do meu coração e montado sobre as pedras que eu bobamente lhe atirei.
O passado não volta, mas será que existem outras chances para quem errou tanto?
Ainda há o que ser dito? O tempo passou, o futuro é agora e talvez não exista amanhã.
Que forças vão nos conduzir no momento em que nos decidirmos pelo caminho que mais nos apetecer?
Limpezas e críticas
Estava eu fazendo aquela limpeza periódica na máquina, quando me deparei com alguns textos que escrevi na época em que trabalhava com música. São críticas de discos, algumas entrevistas... Decidi então que vou colocando essas coisas aqui aos poucos. Começo com algo que escrevi sobre o disco Mad Season do Matchbox Twenty. Confiram e comentem:
MATCHBOX TWENTY(Atlantic/WEA)
Mad Season
Depois do estrondoso sucesso ao lado de Carlos Santana, Rob Thomas tomou as rédeas de sua banda, o Matchbox Twenty, e lançou um álbum feito praticamente só por ele. Em Mad Season todas as canções são composições suas, apenas dividindo os créditos com o produtor do disco, Matt Serletic, em Bed of Lies e Last Beautiful Girl e com o batera Paul Doucette em Stop. Isso pode parecer pretensioso, mas o disco é gostoso de se escutar. É cheio daqueles músicas empolgantes e de baladas não tão melosas que com certeza vão tocar no rádio até cansar.
Os guitarristas Kyle Cook e Adam Gaynor fazem só básico, sem nenhum exagero. E ao fazer isso, eles dão uma identidade ao som do grupo, ou seja, ao ouvir qualquer coisa saída daqui, já se tem a certeza de que é deles de que se trata. E ainda tem Thomas mandando ver em um violão, como em Angry. Destacam-se as levadas legais da faixa que dá nome ao CD, Mad Session e de Black & White People. Para quem gosta desse tipo de Rock Pop, ou quer simplesmente ouvir um som cool, sem preocupação e "punhetagens intelectuais" é um prato cheio.
Estava eu fazendo aquela limpeza periódica na máquina, quando me deparei com alguns textos que escrevi na época em que trabalhava com música. São críticas de discos, algumas entrevistas... Decidi então que vou colocando essas coisas aqui aos poucos. Começo com algo que escrevi sobre o disco Mad Season do Matchbox Twenty. Confiram e comentem:
MATCHBOX TWENTY(Atlantic/WEA)
Mad Season
Depois do estrondoso sucesso ao lado de Carlos Santana, Rob Thomas tomou as rédeas de sua banda, o Matchbox Twenty, e lançou um álbum feito praticamente só por ele. Em Mad Season todas as canções são composições suas, apenas dividindo os créditos com o produtor do disco, Matt Serletic, em Bed of Lies e Last Beautiful Girl e com o batera Paul Doucette em Stop. Isso pode parecer pretensioso, mas o disco é gostoso de se escutar. É cheio daqueles músicas empolgantes e de baladas não tão melosas que com certeza vão tocar no rádio até cansar.
Os guitarristas Kyle Cook e Adam Gaynor fazem só básico, sem nenhum exagero. E ao fazer isso, eles dão uma identidade ao som do grupo, ou seja, ao ouvir qualquer coisa saída daqui, já se tem a certeza de que é deles de que se trata. E ainda tem Thomas mandando ver em um violão, como em Angry. Destacam-se as levadas legais da faixa que dá nome ao CD, Mad Session e de Black & White People. Para quem gosta desse tipo de Rock Pop, ou quer simplesmente ouvir um som cool, sem preocupação e "punhetagens intelectuais" é um prato cheio.
sexta-feira, março 28, 2003
More than words
Acredito que o pior pesadelo de um jornalista e pretenso escritor é ficar sem palavras. Tudo bem que em certos momentos elas são de fato inúteis. Mas não é dessas horas que estou falando, mas daquelas em que você quer dizer algo, até sabe o que gostaria e deveria dizer, mas as malditas não saem. Você fica perdido, as palavras enroscam e você acaba repedindo um monte de “bem...”, “enfim...”, “é...” etc.
Ridículo. Mas acontece. É pior é quando você sabe que o momento é de decisão, que é hora de dizer algo e, subitamente, é como se ar tivesse sido cortado e sua voz se perde num vácuo interno, um buraco negro entre sua voz e os ouvidos do interlocutor.
Ah, pára o mundo que eu quero descer!
;-P
Acredito que o pior pesadelo de um jornalista e pretenso escritor é ficar sem palavras. Tudo bem que em certos momentos elas são de fato inúteis. Mas não é dessas horas que estou falando, mas daquelas em que você quer dizer algo, até sabe o que gostaria e deveria dizer, mas as malditas não saem. Você fica perdido, as palavras enroscam e você acaba repedindo um monte de “bem...”, “enfim...”, “é...” etc.
Ridículo. Mas acontece. É pior é quando você sabe que o momento é de decisão, que é hora de dizer algo e, subitamente, é como se ar tivesse sido cortado e sua voz se perde num vácuo interno, um buraco negro entre sua voz e os ouvidos do interlocutor.
Ah, pára o mundo que eu quero descer!
;-P
quinta-feira, março 27, 2003
CREDO
Jack Kerouac, 1941
Remember above all things, Kid, that to write is not
Difficult, not painful, that it comes out of you
With ease, that you can whip up a little tale in no
time, that when you are sincere about it, that when
you want to impress a truth, it’s not difficult,
not painful, but easy, graceful, full of smooth
power, as if you were a writing machine with a store
of literature that is boundless, enormous, endless,
and rich. For it’s true; this is so. Do not forget
it in your gloomier moments. Make your stuff warm,
drive it home American-wise, don’t mind critics, don’t
mind the stuffy academic theses of scholars, they
don’t know what they’re talking about, they’re way
off the track, they’re cold; you’re warm, you’re
redhot, you can write all day, you know what you
know, like Halper; you remember that, Kid, and when
you feel as if you cannot write, as if it is no
use, as if life is no good, read this over and
realize that you can do a lot of good in this
world by turning out truths like these, by spreading
warmth, by trying to preach living for life’s sake,
not the intellectual way, but the warm way, the way
of love, the way which says: Brothers, I greet you
with open arms, I accept your frailties, I offer you
my frailties, let us gather and run the gamut of
rich human existence. Remember passion. Do not forget,
do not forsake, do not neglect. It is there, the
order and the purpose; there is chaos, but not in
you, not way down deep in your heart, no chaos,
only ease, grace, beauty, love greatness..... Kid,
you can whip up a little tale, a little truth, you can
mop up the floor with a little tale in no time; it is
a cinch, you are the flow of smooth thrumming power,
you are a writer, and you can turn out some mean
stuff, and you will turn out tons of it, because it
is you, and do not forget it, Kid, do not forget it;
please, please Kid, do not forget yourself; save
that, save that, preserve yourself; turn out those
mean little old tales by the dozens, it is easy,
it is grace, do it American-wise, drive it home,
sell truth, for it needs to be sold. Remember, Kid,
what I say to you tonight; never forget it, read
this over in your gloomier moments and never, never
forget.... never, never, never forget..... please,
please, Kid, please.....
(Valeu pela dica, Cury!!)
Jack Kerouac, 1941
Remember above all things, Kid, that to write is not
Difficult, not painful, that it comes out of you
With ease, that you can whip up a little tale in no
time, that when you are sincere about it, that when
you want to impress a truth, it’s not difficult,
not painful, but easy, graceful, full of smooth
power, as if you were a writing machine with a store
of literature that is boundless, enormous, endless,
and rich. For it’s true; this is so. Do not forget
it in your gloomier moments. Make your stuff warm,
drive it home American-wise, don’t mind critics, don’t
mind the stuffy academic theses of scholars, they
don’t know what they’re talking about, they’re way
off the track, they’re cold; you’re warm, you’re
redhot, you can write all day, you know what you
know, like Halper; you remember that, Kid, and when
you feel as if you cannot write, as if it is no
use, as if life is no good, read this over and
realize that you can do a lot of good in this
world by turning out truths like these, by spreading
warmth, by trying to preach living for life’s sake,
not the intellectual way, but the warm way, the way
of love, the way which says: Brothers, I greet you
with open arms, I accept your frailties, I offer you
my frailties, let us gather and run the gamut of
rich human existence. Remember passion. Do not forget,
do not forsake, do not neglect. It is there, the
order and the purpose; there is chaos, but not in
you, not way down deep in your heart, no chaos,
only ease, grace, beauty, love greatness..... Kid,
you can whip up a little tale, a little truth, you can
mop up the floor with a little tale in no time; it is
a cinch, you are the flow of smooth thrumming power,
you are a writer, and you can turn out some mean
stuff, and you will turn out tons of it, because it
is you, and do not forget it, Kid, do not forget it;
please, please Kid, do not forget yourself; save
that, save that, preserve yourself; turn out those
mean little old tales by the dozens, it is easy,
it is grace, do it American-wise, drive it home,
sell truth, for it needs to be sold. Remember, Kid,
what I say to you tonight; never forget it, read
this over in your gloomier moments and never, never
forget.... never, never, never forget..... please,
please, Kid, please.....
(Valeu pela dica, Cury!!)
terça-feira, março 25, 2003
Gone with the wind
Eu sabia... no fundo sempre soube...
Mas quis tentar. "Sonhar não custa nada", não é o que a música diz?
O choque foi médio, nada de muito forte. Mas também, o que eu esperava?
Ok, ok... não respondam. Todos sabemos o que eu esperava.
É obvio que tudo aquilo que sonhei não passou e - pelo menos no curto prazo - não passará nem perto da realidade
Conhecem a expressão "Muita areia pro meu caminhãozinho"? Pois é ela mesma que me vem à mente agora. E não sai de forma alguma.
Mas sabem o que é pior? Acho que ela é inocente. Não fazia idéia... ou se fazia, era polida o bastante para deixar minhas adagas vazarem seu coração sem atingi-la e sem me mandá-las de volta, mirando em minha cabeça.
É bom... assim aprendo a jogar na minha divisão, sem querer bater bola com os campeões na copa do mundo.
O momento é de ser sincero. Comigo mesmo. Estou me lamuriando por algo que não saiu de dentro da minha mente e que rendeu alguns poucos textos, que até dizem coisas bonitas, mas nos quais falta a paixão causada pela realidade.
Assim não dá, né?
Então é isso. A vida já está (como sempre - ainda bem!!!) abrindo novas frentes, que parecem bastante promissoras.
Deixa estar...
Eu sabia... no fundo sempre soube...
Mas quis tentar. "Sonhar não custa nada", não é o que a música diz?
O choque foi médio, nada de muito forte. Mas também, o que eu esperava?
Ok, ok... não respondam. Todos sabemos o que eu esperava.
É obvio que tudo aquilo que sonhei não passou e - pelo menos no curto prazo - não passará nem perto da realidade
Conhecem a expressão "Muita areia pro meu caminhãozinho"? Pois é ela mesma que me vem à mente agora. E não sai de forma alguma.
Mas sabem o que é pior? Acho que ela é inocente. Não fazia idéia... ou se fazia, era polida o bastante para deixar minhas adagas vazarem seu coração sem atingi-la e sem me mandá-las de volta, mirando em minha cabeça.
É bom... assim aprendo a jogar na minha divisão, sem querer bater bola com os campeões na copa do mundo.
O momento é de ser sincero. Comigo mesmo. Estou me lamuriando por algo que não saiu de dentro da minha mente e que rendeu alguns poucos textos, que até dizem coisas bonitas, mas nos quais falta a paixão causada pela realidade.
Assim não dá, né?
Então é isso. A vida já está (como sempre - ainda bem!!!) abrindo novas frentes, que parecem bastante promissoras.
Deixa estar...
Dream Team
Já perceberam como tem gente que simplesmente não suporta a competição? E pior do que isso, querem ver competição em tudo?
Isso é algo complicado de se lidar. Especialmente se isso ocorrer em um relacionamento dito amoroso. Entre irmãos é natural, até mesmo entre amigos. Mas quando a sua relação com a pessoa é outra...
Aí os sentimentos se misturam, fumaça e névoa fazem com que você se perca numa nuvem indiscriminada de sensações turvas. Caminhar junto com alguém não é algo fácil. Mesmo no trabalho, a equipe ideal é aquela que consegue aproveitar o que cada um sabe fazer de melhor. Assim deveria ser também no resto.
Mas quem disse que a vida era perfeita?
Já perceberam como tem gente que simplesmente não suporta a competição? E pior do que isso, querem ver competição em tudo?
Isso é algo complicado de se lidar. Especialmente se isso ocorrer em um relacionamento dito amoroso. Entre irmãos é natural, até mesmo entre amigos. Mas quando a sua relação com a pessoa é outra...
Aí os sentimentos se misturam, fumaça e névoa fazem com que você se perca numa nuvem indiscriminada de sensações turvas. Caminhar junto com alguém não é algo fácil. Mesmo no trabalho, a equipe ideal é aquela que consegue aproveitar o que cada um sabe fazer de melhor. Assim deveria ser também no resto.
Mas quem disse que a vida era perfeita?
segunda-feira, março 24, 2003
A Vida de João
Cap 2 - Anjos e Demônios
Atravessando por debaixo daquele gigante de concreto e aço, João nem tentava se desviar da sujeira. Ela estava tão impregnada nele que não valia a pena. Caminhando lentamente, ele avançou rumo a um local em que a imundice era muito maior aonde não se podia ver - dentro dos corações e mentes dos transeuntes. Ali era a Boca. A zona do meretrício. Portas coladas umas às outras revelavam luzes vermelhas falhas e mulheres de pouca roupa, muitas delas.
A sujeira estava em algumas delas, mas não na maioria. Mas estava sim na maior parte dos freqüentadores e na totalidade dos donos dos estabelecimentos. João observava tudo aquilo impassível e ninguém notava a sua presença.
Nos muitos anos de rua, ele já viu todo tipo de puta. Daquelas garotinhas enganadas do interior, às meninas de faculdade que estavam “na vida” para pagar a mensalidade, até mesmo àquelas que faziam por e com gosto o seu ofício.
Mas nada lhe cortava mais o coração do que ver uma garota se acabar por míseros trocados, tentando garantir cada dia o leite dos pequenos em casa e depois um desses arremedos de homem tomar-lhe tudo, sem o mínimo de consideração. Uma vez, num tempo em que a rua ainda não havia lhe calejado tanto, João tentou defender uma garota das garras do gavião sem alma.
Acabou com um talho na testa e uma cicatriz que dura até hoje. Feitos pela própria garota, morta de medo do cafetão. Ali ele viu que na noite não há lugar para heróis. E que a linha que separa os demônios dos anjos é muito mais tênue do que ele conseguia definir.
Cap 2 - Anjos e Demônios
Atravessando por debaixo daquele gigante de concreto e aço, João nem tentava se desviar da sujeira. Ela estava tão impregnada nele que não valia a pena. Caminhando lentamente, ele avançou rumo a um local em que a imundice era muito maior aonde não se podia ver - dentro dos corações e mentes dos transeuntes. Ali era a Boca. A zona do meretrício. Portas coladas umas às outras revelavam luzes vermelhas falhas e mulheres de pouca roupa, muitas delas.
A sujeira estava em algumas delas, mas não na maioria. Mas estava sim na maior parte dos freqüentadores e na totalidade dos donos dos estabelecimentos. João observava tudo aquilo impassível e ninguém notava a sua presença.
Nos muitos anos de rua, ele já viu todo tipo de puta. Daquelas garotinhas enganadas do interior, às meninas de faculdade que estavam “na vida” para pagar a mensalidade, até mesmo àquelas que faziam por e com gosto o seu ofício.
Mas nada lhe cortava mais o coração do que ver uma garota se acabar por míseros trocados, tentando garantir cada dia o leite dos pequenos em casa e depois um desses arremedos de homem tomar-lhe tudo, sem o mínimo de consideração. Uma vez, num tempo em que a rua ainda não havia lhe calejado tanto, João tentou defender uma garota das garras do gavião sem alma.
Acabou com um talho na testa e uma cicatriz que dura até hoje. Feitos pela própria garota, morta de medo do cafetão. Ali ele viu que na noite não há lugar para heróis. E que a linha que separa os demônios dos anjos é muito mais tênue do que ele conseguia definir.
Perguntas e Respostas
Não costumo fazer copy/paste por aqui, mas achei muito pertinente em função das últimas discussões aqui nos comentários do blog.
É extremamente didático.
da Caros Amigos
35 PERGUNTAS E 34 RESPOSTAS SOBRE A GUERRA CONTRA O IRAQUE.
por Cláudio Júlio Tognolli
1. Qual a porcentagem da população dos EUA na população mundial?
Resposta: 6%.
2. Qual a porcentagem do poder econômico dos EUA na riqueza mundial?
Resposta: 50%.
3. Qual país tem as maiores reservas de petróleo do mundo?
Resposta: A Arábia Saudita.
4. Qual país tem as segundas maiores reservas de petróleo do mundo?
Resposta: O Iraque.
5. Quanto somam os gastos militares por ano, em todo mundo?
Resposta: Aproximadamente US$ 900 bilhões.
6. Quanto gasta o Governo dos Estados Unidos, dentro desse total?
Resposta: 390 bilhões de dólares, aprovados pelo Congresso Nacional.
7. Quantas pessoas foram mortas nas guerras realizadas desde a 2ª Guerra Mundial até agora?
Resposta: 86 milhões de pessoas.
8. Quando apareceram armas químicas no Iraque na década de 80, durante a guerra contra o Irã e depois em 1991, essas armas foram desenvolvidas pelos Iraquianos?
Resposta: Não; as fábricas e a tecnologia foram montadas e fornecidos pelo governo dos EUA, em associação com a Grã-Bretanha e empresas particulares daqueles países.
9. O governo dos EUA condenou o uso de gás pelo Iraque na guerra contra o Irã, na década de 80?
Resposta: Não.
10. Quantas pessoas o Governo Saddam Hussein matou usando gás contra a cidade curda e Halabja em 1988, localizada no norte do Iraque?
Resposta: 5 mil pessoas, todos civis.
11. Quantos governos de países do Ocidente condenaram essa ação?
Resposta: Nenhum!!
12. Existem provas de ligação entre o Iraque e o ataque de 11de setembro?
Resposta: Nenhuma.
13. Qual foi o número estimado de mortes de pessoas civis na 1ª Guerra do Golfo em 1991?
Resposta: 35 mil.
14. Quantas baixas o exército iraquiano infligiu às tropas ocidentais durante a 1ª Guerra do Golfo?
Resposta: Insignificantes.
15. Quantos soldados iraquianos em retirada foram enterrados vivos pelos tanques dos EUA equipados com lâminas de terraplanagem?
Resposta: 6 mil soldados.
16. Quantas toneladas de urânio enriquecido foram utilizados na munição na 1ª Guerra do Golfo, m 1991?
Resposta: 40 toneladas.
17. Qual foi, segundo a ONU, o aumento dos casos de câncer no Iraque
entre 1991 e 1994?
Resposta: 700%.
18. O Exército dos EUA destruiu que porcentagem da capacidade militar do Iraque, na guerra de 1991?
Resposta: 80% das forças armadas iraquianas.
19. O Iraque representou uma ameaça à paz mundial nos últimos dez anos ou a soberania de algum país?
Resposta: Não.
20. Quantas mortes de civis o Pentágono prevê no caso de um ataque em 2003?
Resposta: 10 mil. Mas o responsável pela comissão de direitos humanos da ONU entregou recente relatório ao Governo Bush, prevendo 350.000 civis mortos, um milhão de desalojados, e dois milhões tenderiam a migrar para outros países.
21. Quantas dessas mortes serão de crianças?
Resposta: 175.000
22. Há quantos anos os EUA realizam ataques aéreos e bombardeios contra o Iraque?
Resposta: 11 anos. Inclusive usando armas químicas e biológicas, como denunciou no FSM- 2003, a Irmã Sherine, da congregação dos Dominicanos. Relatórios da ONU indicam que foram utilizados nesse período em torno de 9 mil toneladas de explosivos nos ataques ao Iraque.
23. Qual era a mortalidade infantil no Iraque em 1989?
Resposta: 38 para cada mil nascidos vivos.
24. Qual era a mortalidade infantil estimada em 1999?
Resposta: 131 por mil nascidos vivos, um aumento de 345%.
25. Qual a estimativa de iraquianos mortos entre 1991 até outubro de 1999 devido às sanções da ONU?
Resposta: 1,5 milhão e cerca de 50% eram crianças.
26. Quantas resoluções da ONU contra Israel os EUA vetaram desde 1992?
Resposta: 30.
27. Qual valor da ajuda anual do governo dos EUA para o governo de Israel?
Resposta: US$ 5 bilhões, como crédito para compra de armas nos Estados Unidos.
28. Quantos países do mundo possuem armas atômicas?
Resposta: Apenas 8: Estados Unidos, França, Rússia, China, Inglaterra, Índia, Paquistão, Israel.
29. Quantas ogivas nucleares o Iraque possui?
Resposta: Nenhuma.
30. Quantas ogivas nucleares os EUA possuem?
Resposta: Mais de 10 mil.
31. Quantas ogivas nucleares Israel possui?
Resposta: Mais de 400. O físico nuclear israelense Modechai Vanunu, que trabalhou nas plantas nucleares e denunciou pela primeira vez ao mundo na década de 80, foi seqüestrado pela policia israelense na Itália, conduzido aos tribunais e condenado a 30 anos de prisão, aonde se encontra até hoje. Por essa razão recebeu o Prêmio Nobel Alternativo de 1992.
32. Alguma vez Israel permitiu inspeções de armas pela ONU?
Resposta: Não.
33. Qual porcentagem dos territórios palestinos está sob controle de colônias de judeus implantadas depois de 1991 pelos governos direitistas de Israel?
Resposta: 42% do território palestino da Cisjordânia.
34. A invasão desse território por colonos trazidos pelo governo de Israel está respaldada em alguma convenção internacional?
Resposta: Não. São completamente ilegais, há inclusive resoluções da ONU para sua devolução. E há forte oposição dos partidos progressistas de Israel.
35. Qual país, na sua opinião, constitui a maior ameaça à paz mundial, o Iraque ou os Estados Unidos?
Essa pergunta fica para você refletir e responder!
Cláudio Júlio Tognolli é jornalista.
Não costumo fazer copy/paste por aqui, mas achei muito pertinente em função das últimas discussões aqui nos comentários do blog.
É extremamente didático.
da Caros Amigos
35 PERGUNTAS E 34 RESPOSTAS SOBRE A GUERRA CONTRA O IRAQUE.
por Cláudio Júlio Tognolli
1. Qual a porcentagem da população dos EUA na população mundial?
Resposta: 6%.
2. Qual a porcentagem do poder econômico dos EUA na riqueza mundial?
Resposta: 50%.
3. Qual país tem as maiores reservas de petróleo do mundo?
Resposta: A Arábia Saudita.
4. Qual país tem as segundas maiores reservas de petróleo do mundo?
Resposta: O Iraque.
5. Quanto somam os gastos militares por ano, em todo mundo?
Resposta: Aproximadamente US$ 900 bilhões.
6. Quanto gasta o Governo dos Estados Unidos, dentro desse total?
Resposta: 390 bilhões de dólares, aprovados pelo Congresso Nacional.
7. Quantas pessoas foram mortas nas guerras realizadas desde a 2ª Guerra Mundial até agora?
Resposta: 86 milhões de pessoas.
8. Quando apareceram armas químicas no Iraque na década de 80, durante a guerra contra o Irã e depois em 1991, essas armas foram desenvolvidas pelos Iraquianos?
Resposta: Não; as fábricas e a tecnologia foram montadas e fornecidos pelo governo dos EUA, em associação com a Grã-Bretanha e empresas particulares daqueles países.
9. O governo dos EUA condenou o uso de gás pelo Iraque na guerra contra o Irã, na década de 80?
Resposta: Não.
10. Quantas pessoas o Governo Saddam Hussein matou usando gás contra a cidade curda e Halabja em 1988, localizada no norte do Iraque?
Resposta: 5 mil pessoas, todos civis.
11. Quantos governos de países do Ocidente condenaram essa ação?
Resposta: Nenhum!!
12. Existem provas de ligação entre o Iraque e o ataque de 11de setembro?
Resposta: Nenhuma.
13. Qual foi o número estimado de mortes de pessoas civis na 1ª Guerra do Golfo em 1991?
Resposta: 35 mil.
14. Quantas baixas o exército iraquiano infligiu às tropas ocidentais durante a 1ª Guerra do Golfo?
Resposta: Insignificantes.
15. Quantos soldados iraquianos em retirada foram enterrados vivos pelos tanques dos EUA equipados com lâminas de terraplanagem?
Resposta: 6 mil soldados.
16. Quantas toneladas de urânio enriquecido foram utilizados na munição na 1ª Guerra do Golfo, m 1991?
Resposta: 40 toneladas.
17. Qual foi, segundo a ONU, o aumento dos casos de câncer no Iraque
entre 1991 e 1994?
Resposta: 700%.
18. O Exército dos EUA destruiu que porcentagem da capacidade militar do Iraque, na guerra de 1991?
Resposta: 80% das forças armadas iraquianas.
19. O Iraque representou uma ameaça à paz mundial nos últimos dez anos ou a soberania de algum país?
Resposta: Não.
20. Quantas mortes de civis o Pentágono prevê no caso de um ataque em 2003?
Resposta: 10 mil. Mas o responsável pela comissão de direitos humanos da ONU entregou recente relatório ao Governo Bush, prevendo 350.000 civis mortos, um milhão de desalojados, e dois milhões tenderiam a migrar para outros países.
21. Quantas dessas mortes serão de crianças?
Resposta: 175.000
22. Há quantos anos os EUA realizam ataques aéreos e bombardeios contra o Iraque?
Resposta: 11 anos. Inclusive usando armas químicas e biológicas, como denunciou no FSM- 2003, a Irmã Sherine, da congregação dos Dominicanos. Relatórios da ONU indicam que foram utilizados nesse período em torno de 9 mil toneladas de explosivos nos ataques ao Iraque.
23. Qual era a mortalidade infantil no Iraque em 1989?
Resposta: 38 para cada mil nascidos vivos.
24. Qual era a mortalidade infantil estimada em 1999?
Resposta: 131 por mil nascidos vivos, um aumento de 345%.
25. Qual a estimativa de iraquianos mortos entre 1991 até outubro de 1999 devido às sanções da ONU?
Resposta: 1,5 milhão e cerca de 50% eram crianças.
26. Quantas resoluções da ONU contra Israel os EUA vetaram desde 1992?
Resposta: 30.
27. Qual valor da ajuda anual do governo dos EUA para o governo de Israel?
Resposta: US$ 5 bilhões, como crédito para compra de armas nos Estados Unidos.
28. Quantos países do mundo possuem armas atômicas?
Resposta: Apenas 8: Estados Unidos, França, Rússia, China, Inglaterra, Índia, Paquistão, Israel.
29. Quantas ogivas nucleares o Iraque possui?
Resposta: Nenhuma.
30. Quantas ogivas nucleares os EUA possuem?
Resposta: Mais de 10 mil.
31. Quantas ogivas nucleares Israel possui?
Resposta: Mais de 400. O físico nuclear israelense Modechai Vanunu, que trabalhou nas plantas nucleares e denunciou pela primeira vez ao mundo na década de 80, foi seqüestrado pela policia israelense na Itália, conduzido aos tribunais e condenado a 30 anos de prisão, aonde se encontra até hoje. Por essa razão recebeu o Prêmio Nobel Alternativo de 1992.
32. Alguma vez Israel permitiu inspeções de armas pela ONU?
Resposta: Não.
33. Qual porcentagem dos territórios palestinos está sob controle de colônias de judeus implantadas depois de 1991 pelos governos direitistas de Israel?
Resposta: 42% do território palestino da Cisjordânia.
34. A invasão desse território por colonos trazidos pelo governo de Israel está respaldada em alguma convenção internacional?
Resposta: Não. São completamente ilegais, há inclusive resoluções da ONU para sua devolução. E há forte oposição dos partidos progressistas de Israel.
35. Qual país, na sua opinião, constitui a maior ameaça à paz mundial, o Iraque ou os Estados Unidos?
Essa pergunta fica para você refletir e responder!
Cláudio Júlio Tognolli é jornalista.
Dúvidas
É uma opção válida esperar por algo que não se está bem certo de que vá ocorrer? Depositar suas esperanças todas em um sonho, uma pequena chama de sua própria imaginação, sem que haja algum tipo de retorno válido da outra parte?
Num mundo tão complicado como esse nosso, verdade e mentira, ficção e realidade se misturam com uma tal frequência que fica difícil definir qual o caminho a seguir.
Estaria ela fugindo e arrumando desculpas, ou simplesmente o mundo dela virou de cabeça pra baixo e nada mais é passível de ser organizado?
Que sigam os dias, para que possamos descobrir ao menos um aspecto do que é real.
É uma opção válida esperar por algo que não se está bem certo de que vá ocorrer? Depositar suas esperanças todas em um sonho, uma pequena chama de sua própria imaginação, sem que haja algum tipo de retorno válido da outra parte?
Num mundo tão complicado como esse nosso, verdade e mentira, ficção e realidade se misturam com uma tal frequência que fica difícil definir qual o caminho a seguir.
Estaria ela fugindo e arrumando desculpas, ou simplesmente o mundo dela virou de cabeça pra baixo e nada mais é passível de ser organizado?
Que sigam os dias, para que possamos descobrir ao menos um aspecto do que é real.
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