sexta-feira, agosto 01, 2008

Fazendo as coisas ficaram mais animadas

Futebol é paixão, é emoção. Todo mundo diz isso. Mas isso apenas dentro de campo, porque, sejamos sinceros, entrevistas de jogadores, técnicos e dirigentes estão cada vez mais chatas.

Todo mundo fala sempre a mesma coisa, sem se comprometer, passando a culpa para a arbitragem e ninguém nunca dá “nome aos bois”.

Mas eis que surge, ainda, um lampejo de originalidade e coragem.

Edmundo, hoje no Vasco, detona companheiros de equipe sem o menor pudor na entrevista abaixo. Fala, com muita coragem, de dois outros jogadores que são “chinelinhos”. Gíria boleira para designar aqueles que se dizem machucados para não entrar em campo.

Num tempo em que o corporativismo floresce fortemente nos gramados, ver alguém que não tem receio de ser criticado (até mesmo porque não tem mais nada a perder) anima. Demonstra que a inteligência ainda tem espaço num mundo movido, total e inteiramente, pela grana.

Pois essa história de não falar mal dos outros ocorre porque os jogadores querem garantir suas “boquinhas” no próximo clube. Ficam receosos de um ex-companheiro o “queimar” num outro momento.

O futebol seria muito melhor se ainda tivéssemos outros Edmundos. Entre os técnicos, o único que se salva é Muricy Ramalho, com seu poder infinito de mal-humor ao rsponder jornalistas – causando, na maior parte das vezes, uma reação engraçadíssima com isso. Alegre, como o futebol deveria sempre ser.


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