sexta-feira, janeiro 04, 2013
Time to move on
Quando começou, eu era estudante de jornalismo e estagiário. Hoje sou professor e empresário, dono de agência.
Por aqui destilei minhas desilusões: amorosas, profissionais, esportivas e acadêmicas. Também comemorei - e muito - nesses mesmos temas.
Conheci pessoas muito bacanas por conta do que escrevi aqui, assim como afastei gente que ficou bem louca da vida com a minha visão sobre elas e sobre mim mesmo.
Fiz análises sobre filmes, gibis, livros, discos, programas de TV e o que mais me desse vontade.
E até por conta desse conteúdo todo, o blog continuará existindo - pelo menos até o Google não o destruir.
Quem ainda passar por aqui e tiver interesse, pode me encontrar em meu novo espaço:
Professor Thiago Costa
Lá pode ser encontrada minha produção acadêmica, os conteúdos que utilizo em sala de aula e mais textos com análises diversas do mundo da cultura pop. Nos vemos por aí.
Vida longa e próspera!
sexta-feira, junho 01, 2012
Out of the closet and into the world
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Cena de Earth 2 #2, com a confirmação da orientação sexual do Lanterna Verde |
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Capa da edição com o casamento do personagem Estrela Polar |
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Drogas, na capa de Green Lantern/Green Arrow #85 (1971) |
E esse espectador de hoje não é mais o mesmo do século passado. O mundo é outro e, mesmo que a fantasia seja a fundação sob a qual os quadrinhos são construídos, sem verossimilhança, narrativa contínua alguma consegue se manter.
Ou seja, ainda que de maneira capenga, colocando personagens secundários (Batwoman e Estrela Polar) ou por meio de subterfúgios (com um Lanterna de uma "Terra Paralela"), o fato é que os heróis estão saindo do armário. E entrando no mundo. Ao fazê-lo, continuam sua caminhada como uma das maiores referências da cultura pop contemporânea.
quarta-feira, junho 17, 2009
Na prática, isso significa que, a partir de agora, qualquer um pode se dizer jornalista. Os argumentos dos ministros do STF para a tomada de decisão foram, no mínimo, rasos. O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, disse: "Quando uma noticia não é verídica ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a coletividade. A profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade tais como medicina, engenharia, advocacia nesse sentido por não implicar tais riscos não poderia exigir um diploma para exercer a profissão. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão".
Ou seja, fomos, todos os jornalistas, comparados a motoristas. E eu quero saber qual é o perigo à vida que um advogado oferece à coletividade. Só consigo pensar que esse profissional mandaria para a cadeia alguém injustamente. Até aí, um mau jornalista, alguém despreparado, sem o menor conhecimento técnico de como escrever um texto jornalístico, pode muito bem acabar com a vida de uma pessoa, colocando sua reputação pessoal e profissional na lama. Alguém aí ainda se lembra do caso da Escola Base?
Já a advogada do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp), Tais Gasparian, que interpôs o recurso julgado hoje pelo STF, afirmou sobre o jornalismo que “a profissão não depende de um conhecimento técnico específico. A profissão de jornalista é desprovida de técnicas. É uma profissão intelectual ligada ao ramo do conhecimento humano, ligado ao domínio da linguagem, procedimentos vastos do campo do conhecimento humano, como o compromisso com a informação, a curiosidade. A obtenção dessas medidas não ocorre nos bancos de uma faculdade de Jornalismo”.
Vamos manter a comparação com a advocacia. Há uma técnica para ser advogado? Até onde se pode ver, a operação do Direito é bem como ela disse, uma “profissão intelectual ligada ao ramo do conhecimento humano, ligado ao domínio da linguagem, procedimentos vastos do campo do conhecimento humano, como o compromisso com a informação, a curiosidade”. Ou não?
Afinal, para ser advogado é preciso saber ler, escrever e falar muito bem (o tal domínio da linguagem), ter compromisso com as informações dos processos e curiosidade para descobrir as brechas da Lei. Em sendo assim, por que é preciso fazer faculdade de Direito para ser advogado? Vamos todos ler os códigos e nos tornar advogados, promotores, desembargadores e juízes, por que não?
O Sertesp tem seus motivos para não querer mais a obrigatoriedade do diploma. A partir de agora, as empresas poderão fazer verdadeiros leilões de salários – afinal, poderão contratar qualquer um, inclusive aqueles sem a menor qualificação, conhecimento ou preparo, e para esses pagar o quanto (menos) quiser.
Chego a questionar os motivos da decisão do STF. Será que os nobres ministros estão cansados de ter gente combativa em seus calcanhares, questionando, por exemplo, os gastos do Judiciário e o absurdo do nepotismo que assolou por anos esse poder?
Pois afirmo sem medo de errar: aqueles sem formação específica, sem uma base cultural sólida e focada nas características de ética, correção e limite ensinados pelas faculdades de Jornalismo, certamente não serão tão combativos.
Mas assim foi decidido. Agora qualquer blogueiro pode se dizer jornalista. E digo isso num blog. Pois este é um espaço pessoal, onde escrevo pelo meu prazer em lidar com as palavras. É entretenimento, não informação. É completamente diferente de um órgão regular de imprensa, que tem um compromisso público de informar, de estar sempre vigilante, fiscalizando idoneamente a sociedade.
Além de vergonhosa, a decisão do STF é um desrespeito com todos aqueles que estão e que já passaram pelos bancos das faculdades de Jornalismo. É também um desrespeito a todos os familiares dessas pessoas, que se esforçaram para que seus filhos, sobrinhos e netos conseguissem concluir um curso superior que, neste 17 de junho de 2009, tornou-se obsoleto.
Temo pelo futuro não só dos meios de comunicação brasileiros, mas pela própria democracia do País – que é recente, estava em fase de avanço e desenvolvimento, e sofre agora o risco de passar por um retrocesso, visto que a qualidade daqueles que deveriam cumprir o papel de vigilantes acaba de escorrer pelo ralo.
Estou de luto. Minha formação, a profissão que escolhi quando ainda era um menino, morreu hoje. E com ela, morre também uma parte de mim. Durmam bem, ministros. Fiquem tranquilos: ninguém estará olhando.
segunda-feira, junho 15, 2009
A maconha na PUC ou “a Revolta dos acéfalos”
Durante a semana passada, a Reitoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a famosa PUC-SP, decidiu finalmente deixar para trás a política do “finjo-que-não-vi” e divulgou um plano de combate ao uso de drogas dentro do campus, notadamente a maconha. Fato visto no Estadão e na Vejinha.
Falando com a experiência de quem passou cinco anos pelas salas do Prédio Velho, Prédio Novo e Corredor da Cardoso, nos cursos de História e Jornalismo (tidos como dois dos mais “maconheiros”), afirmo sem medo de errar que a medida chega em boa hora. Afinal, antes tarde do que nunca.
Na época em que fui membro da diretoria do Centro Acadêmico Benevides Paixão (Jornalismo, Publicidade, entre outros cursos), lá pelos idos do começo da década do ano 2000, chegamos ao absurdo de fazer um plebiscito para saber se deveria ou não ser liberado o uso de maconha dentro do espaço do CA - um misto de inocência, excesso de confiança na democracia e burrice, tudo motivado por aquele clima de “vamos mudar o mundo”, muito justo e necessário durante a faculdade.
Quem estuda ou estudou em outras universidades acha essa história toda muito estranha, pois não faz sentido uma instituição (ainda mais uma do gabarito que, supostamente, a PUC possui) ser um local em que se fuma maconha livremente. Mas sim, lá na PUC é assim mesmo. As pessoas fumam até mesmo em salas de aula durante os intervalos. Mais do que triste, é uma situação descabida, a qual o atual reitor faz muito bem em se opor.
Alunos brigam e esperneiam pela decisão. Mas vamos lá, qual é o motivo desse questionamento? Lutar porque a reitoria está empenhada em cumprir a lei? No mínimo ridículo.
Os contrários à determinação de apertar o cerco aos usuários da erva dizem que estão sendo cerceados em sua liberdade. Mas que liberdade é essa? A de fazer algo que é classificado como crime pela Lei Federal n.º 11.343? Não faz o menor sentido.
A universidade é, sem dúvida alguma, o espaço para a discussão de temas polêmicos da sociedade. E não há nenhum questionamento acerca de a descriminalização ou não da maconha é um desses temas. Mas não se pode confundir vanguardismo com baderna. O fato é: maconha é crime. Hoje é assim. Se amanhã não será, esse é outro ponto.
O que não se pode é macular um espaço criado para a ampliação e criação de alto conhecimento com a utilização fora de propósito, transformando o local num oásis da falta de lei.
Os defensores da maconha na PUC parecem esquecer (muito comodamente, diga-se de passagem) que a compra de drogas financia o tráfico. Uma atividade ligada diretamente ao que há de mais podre no crime organizado. Quem compra a menor quantidade que seja de droga está ajudando a aliciar crianças, a aumentar as estatísticas de mortes entre adolescentes e a entupir as cadeias de gente. Onde está a liberdade? Onde está o benefício? Onde está a vanguarda do movimento estudantil?
Só respeito alguém que diga que não é assim que funciona se essa pessoa plantar a própria erva. Mas, ainda assim, faço a ressalva de que continua sendo ilegal.
Enquanto isso, naquela mesma PUC, muitos professores fingem que dão aulas, os laboratórios estão sucateados, não há uma política consistente de bolsas de estudo, menos ainda de apoio a atividades culturais e esportivas. E os alunos ainda se dignam a brigar porque não podem mais fumar maconha. É de um egoísmo atroz.
Isso sem falar naquilo que deveria indignar ainda mais os dirigentes dos Centros Acadêmicos: a proposta de colocação de catracas, impedindo o livre trânsito da comunidade pelo campus. Isso sim uma afronta à tradição democrática da PUC.
A decisão do reitor de combater a maconha com empenho é sim digna de aplausos. Mas que não seja mais um factóide político. Além disso, os tais bedéis precisam estar atentos a toda universidade. Não somente nos cursos que já possuem a pecha de serem maconheiros. Porque não é só no CACS (Centro Acadêmico de Ciências Sócias), no Benevides e no CASS (Centro Acadêmico de Serviço Social) que se fuma. No C.A de Direito, menina dos olhos da direção da Universidade, de onde saem pessoas para grandes escritórios e tudo mais, também se fuma. O mesmo vale para o C.A da FEA (Administração e Economia).
Eu já pensava assim antes, quando ainda era estudante (e me posicionei dessa forma no tal plebiscito que falei anteriormente), e continuo com a mesma posição. Não se pode nunca confundir o debate saudável e enriquecedor – inclusive sobre a maconha – com bandalheira. É fundamental entender que, ao fazer algo que é contra a Lei e ainda por cima prejudica outros, qualquer possibilidade de ser levado a sério se esvai. Perde-se a capacidade de ter respeitada sua argumentação.
domingo, maio 03, 2009
Porém, esses exemplares do machismo não conseguem perceber as sucessivas perdas que tem ao ainda reproduzir comportamentos arcaicos, como acreditar que homens e mulheres possuem direitos diferentes: meninos podem sair e pegar várias, meninas simplesmente não.
Poucas coisas são tão ridículas como esse pensamento. Mas o que podem fazer esses caras, de trinta e poucos, quarenta anos, que viram a vida de seus pais serem passadas assim: cheias de desrespeitos às esposas, pensamentos não-igualitários e sistemas de domínio pela força e pelo medo? Pouco ou nada.
O que se vê, nesses casos, são seguidas separações, discussões e conflitos. E uma infinidade de pessoas infelizes. Como, então resolver essas situações?
Só há um caminho: o do real reconhecimento da igualdade entre os sexos. Homens e mulheres já são iguais em absolutamente tudo. Se falarmos no ambiente corporativo, isso é ainda mais claro. A quantidade de mulheres em postos de comando nas empresas é cada vez maior. E tem gente que é mandada por uma garota no trabalho e chega em casa e acha que é melhor que a esposa ou namorada. Parece até uma tentativa de se reafirmar.
Já é passada a hora da parceria. Ou, melhor dizendo, da identificação da parceria. Somente com a consciência de que apenas juntos é possível avançar, homens e mulheres conseguirão obter relacionamentos duradouros e verdadeiros.
Mas, para finalizar, é preciso lembrar: que as mães não sejam mais machistas que os próprios homens e parem de criar “pequenos príncipes”. Aí sim a vida dos homens poderá ser vivida plenamente.
segunda-feira, abril 13, 2009
Falta de ensino em duas rodas
Matéria de Veja São Paulo desta semana chama atenção para o trabalho dos bombeiros e conta que atualmente a maioria dos atendimentos é para acidentes de trânsito. Desses, mais de 80% envolve motociclistas.
São Paulo não existe sem os motoboys. Quem trabalha com documentos e com provas de materiais gráficos sabe muito bem disso. E estes são apenas dois exemplos entre muitos.
É muito simplista utilizar o velho argumento de que motoboys são irresponsáveis e que fazem loucuras o tempo todo. Mas alguém já parou para pensar na formação dessas pessoas? Não estou aqui falando de educação escolar formal. Quanto a isso, a discussão é outra e muito mais profunda. Falo é de ensinar a pilotar uma motocicleta.
No final de 2008 entrou em vigor uma nova diretriz do Conselho Nacional de Trânsito, aumentando o número de horas/aula para se conseguir tirar habilitação, seja de carros ou motos. Foi suficiente? Não. Nem de longe.
Recentemente, por conta de novos compromissos profissionais, precisei de um novo veículo. Depois de observar e comparar diversas alternativas, decidi que a melhor opção era uma scooter.
Para quem não sabe, scooter são as versões modernas das lambretas, como a clássica Vespa. São motos menores (na maioria dos casos) e que tem, como principal característica possuir câmbio automático.
Apesar de mais simples para guiar, scooters são motos e, portanto, necessitam de habilitação específica. Escolhi a scooter e não um modelo normal de moto justamente para me diferenciar do mar de motoboys da cidade e, assim, conseguir um pouquinho mais de respeito dos motoristas de carros, ônibus e caminhões.
Dando início ao processo, fui até uma auto-moto escola e me matriculei. Como já tinha habilitação de carro, fiz o que eles chamam de adição de categoria. O que me exigiu apenas a tal prova de conhecimentos de primeiros-socorros, mecânica básica e direção defensiva. Não precisei fazer nenhuma outra aula.
O problema começa na parte prática. O início tudo bem. O instrutor chega, prende o acelerador para que você não faça nenhuma bobagem, diz como engatar a marcha e vamos lá. Há um traçado padrão a ser feito: um oito, um labirinto e contornar alguns cones.
Dentro da minha imensa ignorância e ingenuidade, acreditei que depois dessa fase – a qual seria destinada ao meu ganho de equilíbrio – passaria às ruas, fazendo percursos, como nos carros.
Ledo engano. As aulas e o exame ficam SÓ nisso. 20 aulas em um espaço confinado, sem carros ao lado, sem caminhões. Vez ou outra uma moto de algum aluno que também está ali perdido.
Ou seja, para se ter habilitação de motocicleta no Brasil você não precisa nem mesmo saber como engatar a segunda marcha. Anda só em primeira e ponto final! Imagina então pegar corredores movimentados da metrópole paulistana. Ninguém passa nem perto de te ensinar isso.
Questionei se não seria necessário um treinamento melhor para meu instrutor. Aí fiquei ainda mais surpreso: ele me conta que é proibido o uso de motocicletas de ensino no tráfego da cidade.
Como então um cidadão deve aprender a andar de moto? Ora, exatamente como eu fiz. Andando. Pegando a moto e saindo por aí, aprendendo na prática.
Se é assim, não é de se admirar que os bombeiros tenham tanto trabalho com motociclistas. Eles não aprendem a, realmente, andar de moto. Ainda mais um cara que usa a moto para trabalhar, recebendo por entrega, o que significa que quanto mais, maior o pagamento.
Essa mesma pessoa sai de casa sem comer direito, muitas vezes quando o sol ainda nem nasceu e volta quando a lua já está alta. Debaixo de chuva e no frio (porque o que faz de frio em moto não é brincadeira...). Isso significa ainda menos atenção de alguém que nem tem tanto conhecimento assim sobre pilotar uma moto.
A história a ser contada é essa. Mas para isso ninguém olha. Da próxima vez que você ver um motoboy sendo socorrido depois de um acidente, lembre-se: ele tem habilitação. Só não sabe realmente como dirigir e ninguém cobrou, ou sequer ensinou, isso a ele.
quarta-feira, julho 30, 2008
Desrespeito
Porém, para essas empresas, parece que isso não existe. Para elas, nós, os consumidores, não estamos fazendo nada além de um “favor” contratando os serviços deles. É ridículo.
quinta-feira, julho 10, 2008
Beleza frutífera
segunda-feira, julho 07, 2008
A tal Lei Seca